Leon, restaurado física e emocionalmente, treinava diariamente com os Saqueadores. N?o pela guerra — mas pela prote??o. Sua rela??o com Barbara só se aprofundava, e os dois estavam mais unidos do que nunca. Theo e Luna também formavam agora um casal, um reflexo da esperan?a que havia surgido após tanto sangue derramado.
Mas uma sombra... permanecia.
Em uma noite tranquila, enquanto todos dormiam no acampamento dos Saqueadores, Leon come?ou a ouvir sussurros. N?o eram vozes comuns. Eram... memórias distorcidas, lembran?as de algo que nunca havia vivido.
Ele se levantou, suando frio, com o peito apertado e o cora??o acelerado. Ao sair da tenda, deparou-se com um céu roxo e estrelado, como se a própria atmosfera quisesse lhe contar um segredo.
— “Você também sente isso?” — disse Barbara, surgindo ao seu lado, segurando sua m?o.
Leon olhou nos olhos dela e respondeu:
— “A guerra acabou… mas o medo n?o foi embora.”
Barbara encostou sua cabe?a no ombro dele, e em silêncio, ambos sentiram a presen?a de algo se aproximando. Algo antigo. Algo que n?o pertencia àquele mundo.
Na manh? seguinte, um novo símbolo apareceu gravado no solo próximo ao acampamento: uma máscara cinza com uma lágrima escorrendo.
— “Isso… n?o é de nenhum dos Lordes.” — disse Yuki, séria, analisando o símbolo.
— “Ent?o o que é?” — perguntou Luna.
Yuki respondeu com um olhar sombrio:
— “Talvez... a verdadeira face do medo.”
Os dias seguintes ao aparecimento do símbolo foram estranhamente tranquilos. O acampamento dos Saqueadores estava sereno. O sol nascia e se punha com um calor confortável, os pássaros voltaram a cantar, e as crian?as da vila vizinha brincavam despreocupadas nas clareiras.
Mas… todos sabiam. Algo estava vindo. Só n?o sabiam o quê… Nem quando.
Yuki come?ou a pesquisar aquele símbolo silenciosamente. Passava horas em seus antigos grimórios e registros arcanos, comparando tra?os, estilos e significados. Barbara também sentia a diferen?a nas matérias-primas ao seu redor. A madeira n?o reagia mais da mesma forma, como se estivesse… com medo de ser moldada.
— “é como se o próprio mundo estivesse hesitante…” — disse ela para Leon, enquanto moldava pequenas esculturas flutuantes com o toque dos dedos. — “Tudo continua obedecendo, mas há resistência. Uma tens?o.”
Leon olhava para ela com cuidado. Ele também sentia. Mas era algo mais... familiar. Como se tivesse sonhado com aquilo antes.
Certa noite, enquanto todos estavam reunidos em volta da fogueira, tocando viol?o, rindo de piadas bobas e dividindo histórias antigas, uma névoa fina come?ou a descer silenciosamente do céu.
— “Ah n?o… vai chover?” — perguntou Theo.
— “N?o, isso n?o é chuva…” — disse Luna, erguendo a m?o, deixando a névoa escorrer por seus dedos. — “é como… pó mágico. Brilhando.”
A névoa era suave, fria como um toque de vidro, e cheirava a memória antiga. De repente, todos pararam de falar. Um silêncio reconfortante tomou conta do lugar.
No meio da névoa, palavras come?aram a surgir, escritas no ar com letras prateadas flutuando em espiral:
"Onde o medo dorme, o esquecimento vigia."
Yuki deu um passo à frente, observando as palavras sumirem lentamente na brisa.
— “Isso é um aviso… Mas um aviso calmo. Como se dissesse: 'Aproveitem a paz… enquanto ela ainda existe.'”
Leon se aproximou e olhou para todos ao redor. Seus amigos. Sua nova família. Barbara, ao seu lado, apertou sua m?o.
— “Se o medo está acordando…” — disse ela.
— “…ent?o nós também devemos estar prontos.” — completou Leon, encarando o horizonte.
Mas naquele instante, ninguém sacou uma arma, ninguém se preparou para a luta. Em vez disso, riram, comeram e dormiram sob a neblina. A paz ainda reinava. Mas todos sabiam, mesmo sem admitir:
Essa era a calmaria antes da verdadeira tempestade.
A tarde estava dourada. O céu pintado em tons de laranja e lilás, enquanto nuvens lentas passavam como algod?es pregui?osos sobre o campo onde Leon e Barbara estavam deitados, lado a lado, no topo de uma colina afastada do acampamento.
O silêncio era bom. N?o um silêncio pesado, mas um silêncio cheio de sentido. O tipo de silêncio que existe entre duas pessoas que se amam de verdade — onde nenhuma palavra é necessária, mas todas s?o bem-vindas.
Barbara desenhava círculos pequenos no peito de Leon com a ponta dos dedos, brincando com a textura da camisa dele.
— “Você acha que isso vai durar…?” — ela perguntou, olhando para o céu.
Leon virou o rosto devagar e a encarou, sorrindo de leve.
— “Essa paz?” — “é.” — “Eu n?o sei… mas mesmo que n?o dure, quero que a gente aproveite até o último segundo.”
Barbara sorriu de volta, mas havia algo a mais nos olhos dela. Uma dúvida que parecia brincar nas bordas do seu olhar.
— “E se a gente… criasse algo que dure?” — “Como assim?”
Ela se sentou devagar, as pernas cruzadas, olhando o horizonte. O vento balan?ava seus cabelos como ondas.
— “Nós sempre falamos sobre lutar. Sobre proteger. Sobre sobreviver. Mas e… viver de verdade? E se a gente pensasse em crescer… de outro jeito?”
Leon franziu a testa levemente. Ele sabia o que ela queria dizer. N?o precisava que ela completasse a frase.
— “Você tá falando de… um filho?” — “T?.” — ela disse, firme, mas com ternura. — “N?o agora. Mas talvez… pensar nisso. Sentir como seria. Construir uma família que continue mesmo depois que a gente se for.”
Leon respirou fundo, encarando o céu. Por um instante, imagens passaram pela mente dele: Uma crian?a com olhos curiosos correndo entre os campos, voando por entre nuvens de algod?o, sendo guiada pelos bra?os fortes dele e pelas m?os gentis dela.
Ele sorriu. E com um olhar calmo e apaixonado, respondeu:
— “Se for com você… ent?o eu n?o consigo imaginar nada mais bonito.”
Barbara deitou novamente sobre o peito dele, sorrindo com os olhos fechados, e ali ficaram… Apenas eles dois. Deitados sobre o mundo. Sonhando um futuro onde o amor deles pudesse florescer.
O céu agora era estrelado.
Leon e Barbara estavam sozinhos em uma clareira iluminada apenas pela luz suave das estrelas e o brilho roxo distante da base dos Saqueadores. A noite estava calma — e com o silêncio vinha a coragem.
Eles estavam sentados lado a lado, os dedos entrela?ados, as m?os aquecendo uma à outra.
Barbara olhava para o céu como se procurasse respostas nas constela??es.
— “Você se lembra quando tudo isso come?ou?” — ela sussurrou.
Leon sorriu, olhando para ela com carinho.
— “Lembro de cada detalhe... inclusive de como você me achava esquisito no come?o.”
Barbara riu baixinho.
— “E eu achava mesmo.”
Os dois se calaram por um tempo, curtindo o silêncio. Até que Barbara falou, desta vez sem hesitar:
— “Eu quero isso, Leon. Quero mesmo. Um filho. Uma vida com você. Nós dois... criando algo que seja só nosso.”
Leon ficou em silêncio por um instante, mas era um silêncio cheio de emo??o. Ele virou o rosto, encarando o dela. E ali, sob as estrelas, com o vento leve passando entre as árvores, ele assentiu.
— “Eu também quero.” — Ele pegou as m?os dela com firmeza. — “Quero tudo com você. N?o importa o que o mundo jogue na nossa dire??o. Nós vamos criar uma vida... uma família. E eu vou proteger isso com tudo que sou.”
Barbara sorriu, e lágrimas escorreram dos seus olhos — n?o de tristeza, mas de um alívio t?o profundo que doía.
Ela se aproximou e encostou a testa na dele. Cora??es sincronizados.
— “Ent?o vamos ter um filho, Leon.”
Ele sorriu como uma crian?a. Como alguém vendo o mundo pela primeira vez.
— “Vamos.”
E naquela noite, com o céu testemunhando, as estrelas celebrando, e o mundo momentaneamente em paz… Leon e Barbara selaram o nascimento de algo novo. Um novo capítulo. Uma nova vida.
Dois meses se passaram desde aquela noite sob as estrelas. A paz continuava reinando no acampamento dos Saqueadores. Os treinamentos eram leves, o clima era tranquilo, e mesmo o céu parecia mais gentil — como se o mundo tivesse, por fim, decidido respirar.
Leon estava em uma área aberta, sem camisa, suando após mais uma sess?o de treino intenso. Seus punhos estavam envoltos em faixas, o corpo marcado pelas cicatrizes de batalhas antigas — mas seus olhos estavam calmos.
Ele enxugou o suor da testa quando sentiu passos atrás de si. Era ela.
Barbara.
Ela vinha caminhando devagar, as m?os cruzadas sobre a barriga, os olhos brilhando com um misto de nervosismo e alegria. Leon percebeu a express?o diferente no rosto dela e parou imediatamente o que estava fazendo.
— “Barbara?” — ele perguntou, se aproximando. — “Aconteceu alguma coisa?”
Ela abriu um sorriso pequeno, contido, mas n?o conseguiu segurar por muito tempo.
— “Aconteceu sim... algo maravilhoso.”
Leon franziu a testa, curioso. Barbara respirou fundo, e ent?o, com a voz tremendo de emo??o, soltou as palavras que mudariam tudo:
— “Leon... eu t? grávida.”
O tempo pareceu parar.
O vento cessou. Os pássaros silenciaram. E o cora??o de Leon disparou.
— “Você... tá falando sério?” — ele perguntou, a voz engasgada.
Ela assentiu com um sorriso bobo.
Leon levou as m?os ao rosto por um instante, sem acreditar, depois as colocou sobre a barriga de Barbara, com cuidado, como se ela fosse feita de cristal.
— “Meu Deus...” — ele murmurou. — “A gente vai ter um filho... a gente vai ter um filho!”
Ele come?ou a rir, rindo de nervoso, rindo de felicidade, rindo por n?o saber o que fazer com tanta emo??o dentro do peito. Ent?o a puxou para um abra?o apertado, levantando-a do ch?o e girando no ar como uma crian?a.
Barbara ria também, emocionada, com os olhos cheios d’água.
— “Vai ser incrível, Leon. Eu sinto isso.”
— “Ele vai ser forte. Ou ela.” — Leon respondeu, encostando a testa na dela. — “Mas principalmente... vai ser amado.”
Ali, naquele momento, o universo parecia em equilíbrio. A guerra parecia distante. E a única coisa que existia era o amor deles e a nova vida que acabava de ser confirmada.
Era fim de tarde. O céu tingido de um roxo suave, as nuvens pintadas como pinceladas de um artista sonhador. Os Saqueadores estavam reunidos perto da fogueira, rindo, comendo, aproveitando a calmaria que há muito n?o sentiam. Theo e Luna estavam encostados um no outro, trocando piadas bobas, enquanto Davi tentava — sem sucesso — assar marshmallows sem queimar.
Barbara e Leon trocaram olhares.
Era o momento.
Leon limpou a garganta e se levantou, batendo as m?os para chamar a aten??o.
— “Pessoal... a gente tem uma coisa pra contar.”
Todos viraram os rostos com curiosidade. Yuki ergueu uma sobrancelha. Theo mordeu um peda?o de carne e murmurou com a boca cheia:
— “Se for outra miss?o, nem vem.”
Barbara riu, levantando-se ao lado de Leon e entrela?ando os dedos aos dele.
— “N?o é miss?o. é... vida.”
Axel, que estava ao lado de Luna, arregalou os olhos.
— “Espera... vocês v?o se casar?”
Barbara balan?ou a cabe?a com um sorriso contido.
— “N?o... ainda. Mas... vamos ter um filho.”
Por um segundo, o grupo ficou em silêncio. Como se ninguém tivesse entendido direito.
— “Um... o quê?” — Luna perguntou, piscando várias vezes.
— “Um bebê.” — Leon completou, sorrindo largo. — “A gente vai ser pai e m?e.”
O acampamento explodiu em rea??o.
Theo se levantou num pulo e correu até Leon, dando um tapa nas costas dele — forte demais.
— “VOCê VAI SER PAI, MANO?!”
— “T? tentando entender ainda!” — Leon riu, sendo abra?ado por ele.
Yuki se aproximou e abra?ou Barbara com cuidado, um brilho de orgulho nos olhos.
— “Parabéns... de verdade. Vai ser o bebê mais bem protegido do planeta.”
Axel chegou logo depois, com um sorriso emocionado, abra?ando os dois ao mesmo tempo.
— “Eu t? t?o feliz por vocês...”
Até Davi largou os marshmallows e correu até o grupo.
— “Já podemos pensar num nome? Eu voto em... Espartano. Nome forte.”
Todos riram, inclusive Barbara, com a m?o instintivamente sobre a barriga.
A noite seguiu com brincadeiras, brindes improvisados com suco de frutas e histórias engra?adas sendo contadas sobre como seria o bebê: se ia ter os olhos da m?e, a for?a do pai, ou a pregui?a nas manh?s de treino.
No fim, quando todos estavam deitados sob as estrelas, Leon e Barbara se afastaram um pouco, deitados na grama. Ele deitou com a cabe?a no colo dela, olhando pro céu.
— “Você acha que a gente consegue criar um filho em meio a tudo isso?”
— “Acho que... se a gente amar o bastante, sim. E n?o falta amor aqui.”
Leon fechou os olhos e sorriu.
Um novo capítulo se formava. E, dessa vez, era feito de paz... e esperan?a.
A brisa da manh? soprava suavemente pelas montanhas. O acampamento dos Saqueadores estava em silêncio — exceto por risos suaves vindos de uma colina próxima, onde Leon e Barbara observavam o nascer do sol.
Leon, de pé com os bra?os cruzados, olhava pro horizonte. Barbara estava sentada numa manta, com a barriga já levemente saliente, apesar dos poucos meses.
— “Você já percebeu como ele tá se desenvolvendo rápido?” — Barbara comentou, passando a m?o com carinho pela barriga. — “é como se... ele estivesse crescendo acelerado.”
Leon se agachou ao lado dela, curioso.
— “Você sentiu algo estranho?”
Ela balan?ou a cabe?a, sorrindo.
— “Nada de ruim. Só... forte. Como você. E ao mesmo tempo, calmo... como se o mundo aqui fora n?o fizesse tanto barulho lá dentro.”
Leon deu um riso de canto, e ent?o o narrador se manifestou suavemente, como uma voz de fundo envolta em mistério:
“Filho de dois seres com dons além da compreens?o humana, aquele bebê n?o seguia as leis naturais da evolu??o terrena. Herdou a for?a, a velocidade e a essência de Leon... mas também a alma sensível e os tra?os belos de Barbara — seus cabelos ondulados e olhos verdes vibrantes como o amanhecer.”
“Mas junto com esses dons, veio algo incomum: o tempo corria diferente para ele. Enquanto o mundo contava doze meses para um ano, seu corpo viveria esse mesmo ciclo em apenas dois. Uma anomalia natural. Um milagre. Um risco.”
Barbara olhou para Leon com suavidade.
— “Eu li uma coisa... num dos antigos arquivos da Torre dos Saqueadores. Alguns seres especiais, nascidos de humanos com muta??es despertas... n?o seguem a contagem normal do tempo.”
Leon arqueou uma sobrancelha.
— “Tipo... como se pra ele, um ano fosse... dois meses?”
— “Exato.” — Barbara confirmou, com os olhos fixos no céu. — “Ele vai crescer mais rápido. Vai andar, falar e... lutar antes do tempo.”
Leon engoliu seco, o olhar ficando sério por um momento.
— “Ent?o a gente tem menos tempo pra ensinar o que é ser humano, do que a gente pensava.”
Barbara sorriu com ternura e segurou a m?o dele.
— “Mas o tempo que tivermos... vai ser suficiente. Porque ele vai sentir. O amor. O cuidado. A for?a. Vai estar tudo nele.”
Leon a beijou suavemente na testa.
E pela primeira vez, o herói que enfrentou deuses e monstros... sentiu medo. N?o de perder. Mas de n?o ser o bastante.
Mesmo assim, ele se permitiu sorrir. Porque aquele era o início de uma nova guerra: n?o pela sobrevivência... mas pela cria??o de algo muito maior que o próprio poder.
Uma nova gera??o.
Era manh? no novo lar dos Saqueadores. O sol dourado se infiltrava pelas árvores, iluminando uma clareira onde uma mesa redonda improvisada de madeira estava cercada por rostos familiares. Canecas fumegantes de café, p?o fresco, frutas e risos preenchiam o ar.
Leon estava com um sorriso relaxado enquanto observava Barbara rindo com Luna e Theo — que, agora oficialmente juntos, mal conseguiam disfar?ar os olhares apaixonados.
— “Quem diria, hein?” — Davi brincou, mordendo uma fatia de ma??. — “De lutar contra dem?nios a virar casalzinho de conto de fadas.”
— “E você? Continua sendo o palha?o da equipe.” — respondeu Luna, jogando uma uva em dire??o à testa dele.
Risos. Um clima leve, quase mágico. Todos ali pareciam ter encontrado uma paz merecida.
Mas ent?o... o céu escureceu.
As nuvens se partiram em silêncio absoluto — como se o som tivesse sido arrancado do mundo — e uma figura envolta em um manto preto e prateado desceu lentamente do céu, flutuando como uma sombra viva.
A Morte.
Sua presen?a gelou o sangue de todos ali. O tempo pareceu parar.
— “N?o...” — Barbara sussurrou, instintivamente colocando a m?o sobre a barriga.
Os Saqueadores se levantaram, prontos, mas algo dizia que n?o havia como lutar com aquilo... apenas presenciar.
A Morte n?o disse nada. Apenas olhou diretamente para Barbara.
Leon se moveu como um raio. Num instante, estava entre os dois.
— “N?O!” — ele rugiu, seu punho atravessando o espa?o entre eles, desferindo um soco poderoso no peito encapuzado da entidade.
O impacto jogou A Morte para trás como uma bala, rasgando árvores e pedras pelo caminho.
Mas quando a poeira assentou… ela estava de pé.
Sem marcas.
Sem dor.
— “Fraco.” — A voz da Morte ecoou como mil ecos de dentro de um túmulo.
Leon avan?ou. Em um segundo, os dois estavam se chocando como tit?s: socos, chutes, explos?es de for?a e velocidade em níveis quase divinos. O ch?o tremia. O céu se abria. árvores eram arrancadas pela raiz.
Era uma luta equilibrada. Cada golpe de Leon era respondido com frieza pela Morte, como se estivesse apenas medindo, testando... como se aquilo fosse um prelúdio.
E ent?o, do nada, a entidade saltou para trás e parou. Seus olhos invisíveis fitaram Leon, que estava ofegante, olhos vermelhos de fúria.
A Morte ergueu o dedo, apontando para Barbara.
— “Ela está na minha lista.” — “Você... n?o é a exce??o. Nem ela.”
Leon deu um passo à frente, mas A Morte já estava se dissolvendo em cinzas, subindo de volta ao céu como fuma?a puxada por algo acima do tempo.
O silêncio se instaurou.
Barbara caiu de joelhos, chorando em silêncio. Leon correu até ela, a abra?ando com for?a.
— “Eu t? aqui. Ela n?o vai te tocar. Nunca.” — ele disse, com a voz tremendo.
Os Saqueadores se aproximaram devagar, formando um círculo em volta dos dois.
Davi quebrou o silêncio com a voz baixa:
— “Ent?o... acabou a paz.”
E todos sabiam que era verdade.
A guerra que achavam ter vencido… era apenas uma etapa.
Porque agora, A Morte os havia marcado.
Após a batalha contra A Morte, Leon sabia que a paz duraria pouco. A amea?a ainda estava à espreita e ele precisava de mais poder, mais controle, mais de tudo. O treinamento foi intenso, implacável. E Zeke, que sempre estivera ao seu lado, n?o permitiu que ele falhasse.
— “Você quer se tornar invencível, Leon?” — Zeke desafiou, com um sorriso enigmático. — “Ent?o, prove. Voe além dos limites. Voe entre as estrelas!”
Durante meses, Leon treinou de forma implacável. Voou para fora da atmosfera, cruzou sistemas solares, atravessou tempestades estelares e até passou por buracos de minhoca, desafiando a gravidade e a própria estrutura do universo. Ele se jogava no espa?o com a mesma fúria e determina??o que tinha nas batalhas mais épicas.
O corpo de Leon se transformava a cada dia. Seus músculos se tornaram mais densos, suas células mais eficientes. Seus sentidos se agu?aram a tal ponto que o tempo parecia desacelerar para ele. Ele agora podia perceber a acelera??o de partículas, a press?o de cada átomo ao seu redor. Ele estava se tornando algo além de humano, quase transcendendo.
Zeke o observava, com um olhar profundo e calculista, monitorando o progresso de Leon. No final de sete meses de treinamento, Leon se sentia mais forte do que nunca. Ele havia aumentado sua for?a em impressionantes 215%. N?o era mais apenas um ser humano extraordinário, mas alguém que, agora, dominava a própria gravidade, o tempo e a matéria ao seu redor.
Uma manh? tranquila, após mais uma jornada pelo espa?o, Leon estava em paz, flutuando sobre a Terra. Ele estava completamente restaurado, n?o apenas fisicamente, mas também emocionalmente, pronto para enfrentar qualquer coisa.
De repente, seu celular vibrou. Era uma mensagem de Barbara:
Barbara:
“Amor... chegou a hora.”
O cora??o de Leon disparou. Ele sabia que este momento havia chegado — o momento em que ele se tornaria pai.
Com uma velocidade impossível, ele desceu dos céus, atravessando as camadas da atmosfera e aterrissando no campo onde os Saqueadores estavam reunidos. A notícia estava prestes a se espalhar.
Leon se aproximou, respirando fundo, ainda com a adrenalina do treino. Ele olhou para seus amigos, com um sorriso que transmitia tanto alívio quanto excita??o.
— “Pessoal…” — sua voz saiu um pouco trêmula, mas cheia de emo??o. — “Barbara... tá indo pra sala médica. O bebê vai nascer.”
O silêncio tomou conta do grupo por um instante. Theo e Luna trocaram olhares surpresos e sorriram. Davi estava quase vibrando de alegria. Zeke, com seu semblante sério, deu um pequeno sorriso e bateu em Leon nas costas. “Parabéns, você conseguiu. Agora, um novo tipo de miss?o come?a.”
Sem perder tempo, todos correram para a ala médica, onde Barbara estava esperando, pronta para dar à luz. O corredor estava iluminado suavemente, e a tens?o no ar foi substituída por uma expectativa cheia de esperan?a.
Quando chegaram lá, Barbara estava calma, mas seus olhos verdes brilhavam com emo??o.
— “Amor, você está pronto para ser pai?”
Leon se ajoelhou ao lado dela, segurando sua m?o. Os outros, como uma verdadeira família, estavam ali para testemunhar o início de uma nova era.
O ambiente na ala médica estava sereno, com uma luz suave preenchendo a sala. Barbara estava deitada na cama, respirando de forma tranquila, mas Leon podia sentir a tens?o que a envolvia. Ele segurava sua m?o com for?a, seus olhos fixos nos dela, tentando ser a ancora que ela precisava nesse momento.
Ao fundo, os Saqueadores estavam em silêncio, aguardando o momento com ansiedade. Theo, Luna, Davi e Zeke estavam ali, mas todos respeitavam o espa?o, conscientes da magnitude do que estava acontecendo.
Leon olhou para Barbara e, por um instante, o tempo pareceu desacelerar. Ele sempre pensou que o maior desafio de sua vida seria lutar contra os maiores inimigos, mas naquele momento, ele sentia que o maior desafio era ser forte o suficiente para apoiar a mulher que amava enquanto ela trazia uma nova vida ao mundo.
— “Você está indo muito bem, Barbara. Eu t? aqui, ok?” — Leon murmurou, tentando ser um pilar de confian?a. — “Eu sei. Eu sei que você está aqui.” — ela respondeu com um sorriso suave, embora a dor fosse evidente.
A sala estava calma, mas ao mesmo tempo cheia de energia. O som da respira??o de Barbara e os batimentos cardíacos monitorados eram os únicos sons que se destacavam. Os Saqueadores estavam ali, mas o momento era de Leon e Barbara. Ninguém queria interromper o espa?o que a nova vida estava prestes a ocupar.
Barbara fez um último esfor?o, e com um grito suave de dor, a crian?a finalmente nasceu.
O primeiro choro do bebê encheu a sala, e Leon, que estava segurando a m?o de Barbara, sentiu um turbilh?o de emo??es tomar conta dele. Lágrimas vieram aos seus olhos, mas ele as conteve. Ele estava sendo testemunha de algo além de um simples nascimento — era o nascimento de um novo futuro.
A enfermeira passou o bebê nos bra?os de Barbara, e ela olhou para Leon com um sorriso radiante. Ele se aproximou, tocando a testa do filho, e ent?o olhou para Barbara.
— “é nosso... é nosso, amor.” — ele murmurou, os olhos brilhando com a intensidade do momento.
A crian?a tinha os mesmos olhos verdes que Barbara, mas, de algum modo, algo nela refletia a for?a que Leon tinha. Seus cabelos eram ondulados, como os de sua m?e, mas com um toque de algo único, talvez de Leon. O poder do gene, o potencial imenso, estava ali — e todos podiam sentir que aquela crian?a n?o seria comum.
Os Saqueadores, que estavam quietos e respeitosos, come?aram a aplaudir e sorrir. Zeke, normalmente impassível, deu um sorriso raro e bateu de leve nas costas de Leon.
— “Você fez bem, garoto. Isso é algo que vai mudar tudo.” — ele disse, com uma seriedade que só ele conseguia expressar.
Os outros também se aproximaram. Theo estava quase rindo de felicidade, enquanto Luna se aproximou de Barbara com um sorriso sincero.
— “Parabéns, Barbara. Vai ser uma m?e incrível.” — ela disse, acariciando suavemente o rosto da crian?a.
Davi, com sua natureza mais emotiva, quase estava chorando, mas se controlou para n?o parecer exagerado.
— “Eu... eu n?o sei o que dizer. é uma honra estar aqui com vocês, nesse momento.” — ele disse, com a voz trêmula.
Leon pegou a crian?a nos bra?os, sentindo seu pequeno corpo. Ele estava tremendo, mas de uma maneira diferente agora. N?o era medo ou dúvida, mas uma profunda emo??o. Ele olhou para Barbara, que estava sorrindo, seus olhos ainda cheios de cansa?o, mas agora com uma paz que ele nunca tinha visto antes.
— “Eu prometo, meu filho... vou fazer o mundo ser um lugar melhor para você.” — Leon disse em um sussurro, com a voz rouca.
Barbara olhou para ele, e ent?o olhou para o filho nos bra?os de Leon.
— “Eu sei que vai, Leon. Eu sei.” — ela respondeu com uma suavidade que só uma m?e poderia ter.
A sala ficou silenciosa por um momento, com todos os Saqueadores apenas observando a cena, sentindo a gravidade do que estava acontecendo. Uma nova gera??o havia chegado.
O bebê, ainda fraco, abriu os olhos, olhando para Leon e Barbara. Eles sabiam que aquela crian?a n?o seria apenas o símbolo do que eles estavam construindo, mas o futuro de tudo o que estavam protegendo.
E ent?o, enquanto o dia passava tranquilamente, todos ali sabiam que, agora, a batalha era por algo muito maior. N?o era apenas o fim de uma era de guerra, mas o come?o de uma nova jornada — uma jornada em que o legado de Leon, Barbara e seus amigos continuaria, agora com uma nova vida para proteger.
A paz havia chegado, mas, como sempre, o destino estava prestes a testar essa nova gera??o de heróis.
Os dias após o nascimento foram tranquilos, mas carregados de um peso silencioso. Leon e Barbara passaram os primeiros dias focados na crian?a, o pequeno que agora completava o vazio que antes existia entre eles. Todos os Saqueadores estavam em constante apoio, oferecendo ajuda em cada momento necessário. A vida na base estava calma, mas havia uma sensa??o de mudan?a no ar.
Barbara estava maravilhosamente calma, mas ao mesmo tempo, havia algo diferente nela, uma determina??o mais forte. Ela olhava para o filho com olhos de uma m?e que sabia que sua miss?o havia mudado. N?o era mais apenas sobre lutar contra os Lordes ou proteger o que restava. Agora, sua miss?o era mais pessoal — ela precisava garantir que aquele bebê crescesse em um mundo mais seguro, que ele fosse capaz de viver longe da violência que havia sido a realidade deles por tanto tempo.
Leon, por outro lado, se encontrava em um lugar de extrema reflex?o. Ele sabia que as batalhas n?o tinham acabado, e que o passado poderia se aproximar a qualquer momento. Mas agora, ele n?o lutava apenas para manter os Saqueadores a salvo ou para proteger a Terra — ele lutava por algo muito mais profundo e pessoal. Ele queria garantir que o filho tivesse uma infancia sem traumas, sem as cicatrizes da guerra. Ele sentia que uma nova fase estava come?ando para ele, e isso o assustava e o motivava de maneiras que ele n?o sabia explicar.
— "Você está bem?" — Zeke perguntou em um de seus raros momentos de empatia. Ele estava ao lado de Leon, que se afastara um pouco do grupo para olhar para o horizonte. O vento suave passava pela base, mas o silêncio de Leon falava mais alto.
— "Sim, Zeke. Só… pensando no futuro." — Leon respondeu com um suspiro, olhando para as estrelas. Ele sabia que os desafios ainda estavam por vir. Mas agora, com um filho, o peso de suas decis?es parecia ainda maior.
Zeke observou Leon com uma express?o séria, mas seus olhos mostravam compreens?o. Ele n?o sabia o que significava ser pai, mas sabia o que era carregar um peso maior do que qualquer um podia imaginar.
— "A miss?o n?o acabou, Leon. Mas agora… agora você tem algo mais a proteger. Algo mais importante do que qualquer luta."
Leon olhou para Zeke com um sorriso fraco.
— "é exatamente isso."
Conforme os meses passaram, o bebê foi crescendo a uma taxa alarmante, como uma crian?a com a heran?a de seus pais. Embora ele fosse ainda muito pequeno para entender o que estava acontecendo ao seu redor, seus poderes come?aram a se manifestar lentamente. Em um momento, quando estava com Barbara nos bra?os, ele quase derrubou uma xícara de café só com o poder de sua energia.
Isso fez todos na base se lembrarem do que significava ter uma crian?a com o sangue de Leon. N?o era mais uma quest?o de sobreviver. Agora, estava em jogo o futuro da gera??o seguinte. Eles precisavam garantir que o mundo fosse seguro o suficiente para que essa crian?a pudesse crescer e viver em paz.
Barbara passava mais tempo treinando, preparando-se para um futuro incerto. Ela sabia que n?o seria fácil manter seu filho seguro, especialmente quando muitos inimigos ainda estavam à solta, planejando a destrui??o do que restava da humanidade. Seus treinos eram intensos, mas ela nunca deixava o filho fora de vista, seu sorriso constantemente direcionado para ele enquanto ela o embalava.
Enquanto isso, Leon estava come?ando a experimentar uma nova sensa??o. Treinava com mais intensidade do que nunca, seu foco agora dividido entre proteger sua família e continuar a evolu??o de seus poderes. Ele havia ficado mais forte após os treinos com Zeke, mas isso n?o parecia suficiente. Ele precisava fazer mais. Sua vis?o do que era ser um herói mudou com a chegada do filho. Ele n?o queria ser apenas o guerreiro que derrotaria os vil?es; ele queria ser o pai que oferecia ao filho um mundo melhor.
Ele passava horas treinando voos mais rápidos, buscando novos limites. A ideia de voar entre galáxias já n?o o assustava tanto. Ele estava come?ando a entender como manipular a velocidade com mais precis?o. N?o era mais apenas uma corrida contra o tempo; era uma dan?a com o infinito. E isso o motivava. Ele queria ser mais forte n?o por si mesmo, mas por seu filho.
Um dia, depois de mais uma sess?o de treinamento intenso, Leon se viu novamente sozinho, caminhando pelo campo de treinamento, refletindo. O vento soprava mais forte agora, e o céu estava tingido de vermelho e dourado pela luz do p?r do sol.
A aproxima??o de um novo ciclo estava em curso. Ele sabia que a vida dele n?o voltaria a ser como era antes. Agora, ele estava sendo desafiado a equilibrar a violência do mundo em que vivia com o amor pela nova vida que trazia. N?o seria fácil.
A chegada do filho também significava a chegada de um novo propósito para ele e para Barbara. N?o mais apenas sobreviver, mas criar, nutrir e, quando necessário, lutar para defender o que eles haviam construído.
Barbara, que o observava à distancia, se aproximou de Leon enquanto ele se perdia em pensamentos.
— "Está preocupado?" — ela perguntou suavemente, seus olhos refletindo a compreens?o que ela também tinha. Sabia o quanto ele estava carregando.
Leon olhou para ela, com os olhos cheios de ternura, mas também com um toque de cansa?o.
— "Sim… mas n?o é um medo. é mais como… uma responsabilidade."
Barbara sorriu, tocando seu rosto com carinho.
— "Vamos fazer isso juntos, Leon. Sempre juntos."
E nesse momento, com a luz suave do p?r do sol iluminando seus rostos, eles sabiam que estavam prontos para enfrentar o futuro — n?o como heróis, mas como uma família.
Dois anos haviam se passado desde o nascimento de Rony. O tempo, embora parecesse ter fluído rapidamente, trouxe grandes mudan?as para todos na base dos Saqueadores. O bebê que antes mal conseguia abrir os olhos agora era um garoto de 10 anos, já com um entendimento básico do mundo ao seu redor, mas com uma aura incomum que o diferenciava dos outros. Ele herdara a for?a dos pais, mas também possuía algo mais. Algo que ele ainda estava come?ando a entender.
Leon, agora com 24 anos, se tornara um homem completamente diferente de quem era antes. Seu corpo, moldado pelos treinos incessantes, estava ainda mais forte e mais preparado. Seus poderes, que antes pareciam incontroláveis, agora eram parte de sua rotina diária. Ele n?o era apenas o líder dos Saqueadores — ele era agora uma figura central em uma nova gera??o de heróis, alguém que precisava guiar n?o apenas os Saqueadores, mas também o filho que se aproximava da puberdade com uma velocidade alarmante.
Barbara, por sua vez, se tornara uma m?e completamente dedicada, mas sem perder o foco. Ela também continuava seus treinos com for?a total, embora seu amor e cuidado por Rony a tornassem mais protetora. Ela sabia que o mundo em que viviam n?o seria fácil para o filho deles. Ela havia vivido essa realidade, e ela sabia que as batalhas e os desafios estariam longe de acabar.
Rony, com seus 10 anos, já demonstrava sinais claros dos poderes que herdara de seus pais. Sua for?a era impressionante, e sua velocidade de crescimento, além de tudo, surpreendia. Mas havia algo mais em Rony — uma determina??o silenciosa, uma capacidade de aprender que ia além do físico. Ele n?o entendia completamente o peso do legado que carregava, mas sentia a responsabilidade, mesmo que de maneira inconsciente.
Em uma manh? típica, Leon estava no campo de treinamento com os Saqueadores, supervisionando os mais novos em seu treinamento. A rotina deles havia mudado um pouco. A guerra contra os Lordes, apesar de n?o ter acabado, estava agora em um ponto de relativa calma. Os Saqueadores haviam se tornado mais do que apenas um grupo de resistência. Eles eram agora uma for?a capaz de realizar mais do que apenas combater vil?es — estavam criando um futuro.
Foi nesse momento que Leon percebeu Rony observando de longe. O garoto estava em silêncio, seus olhos verdes observando com uma concentra??o quase adulta. Ele sabia que o filho estava crescendo rápido, mas isso parecia ser mais do que um simples reflexo físico. Rony estava come?ando a entender o que significava ser parte de uma linhagem de heróis.
— "Rony!" — Leon chamou, seu tom firme, mas afetuoso. O garoto se aproximou, seus passos rápidos e certeiros.
— "Pai!" — Rony sorriu, mas havia um brilho curioso em seus olhos. Ele ainda n?o havia falado muito sobre o que estava aprendendo. Havia uma timidez em sua postura, uma hesita??o que Leon ainda n?o conseguia entender completamente.
Leon se agachou na frente de Rony, colocando uma m?o em seu ombro.
— "Está pronto para o treino de hoje?" — perguntou ele, dando um sorriso encorajador.
Rony olhou para ele com uma express?o intensa, mas hesitou.
— "Eu… posso tentar voar como você?"
Leon se surpreendeu por um momento, mas seu sorriso se alargou.
— "Você pode, filho. Mas só se estiver pronto para aprender a controlar a velocidade. Voar n?o é apenas sobre ir rápido. é sobre saber onde ir e como se manter no controle."
Rony acenou com a cabe?a. Ele estava determinado a seguir os passos de Leon, embora ainda n?o soubesse o qu?o longe ele iria. A miss?o de proteger o mundo — e a sua família — ainda estava longe de terminar.
Os próximos dias foram intensos. Leon estava mais focado do que nunca, dedicando tempo para ensinar a Rony n?o só a controlar seus poderes, mas também a responsabilidade que vinha com eles. Ele sabia que o filho estava crescendo rápido demais, e que as batalhas que ele enfrentaria n?o seriam fáceis.
Barbara também ajudava, mas de maneira mais cuidadosa. Enquanto Leon se concentrava no treinamento físico e no controle de poder, Barbara orientava Rony sobre o valor da sabedoria e da mente. Ela sabia que o equilíbrio entre for?a e inteligência seria crucial para o futuro de Rony.
Os primeiros dias de treino foram complicados, com Rony tentando entender os limites de seus poderes. Seu corpo crescia t?o rápido quanto seus poderes se expandiam. Ele poderia correr mais rápido do que qualquer ser humano, mas o controle ainda era um desafio. Durante uma de suas tentativas de voar, ele quase perdeu o controle, indo a uma velocidade t?o alta que parecia ultrapassar o limite do que ele poderia suportar.
— "Acho que você já está come?ando a voar mais rápido do que a velocidade da luz." — Leon brincou com ele, rindo enquanto Rony caía suavemente no ch?o, um pouco desorientado.
Rony sorriu timidamente, levantando-se e tentando novamente.
— "Eu só… preciso tentar de novo."
E assim eles continuaram, dia após dia, os treinos intensificando-se. Cada passo de Rony era um reflexo do que Leon e Barbara haviam sido, e cada vez que ele caía, havia uma nova li??o, uma nova maneira de se levantar.
No entanto, enquanto o mundo parecia mais pacífico, Leon sabia que os problemas n?o desapareceriam. Ele sentia uma mudan?a no ar, uma tens?o crescente, como se algo estivesse prestes a acontecer. E quando uma noite o céu foi rasgado por uma onda de energia que quase os fez perder o equilíbrio, ele soube que o equilíbrio estava prestes a ser quebrado.
O passado sempre voltaria.
Mas, por enquanto, ele observava o filho treinar. Observava Barbara com um sorriso, sabendo que n?o importava o que o futuro reservasse, ele sempre teria sua família ao lado dele.
O treino estava intenso como sempre. Leon e Rony estavam no campo de treinamento, uma área ampla que se estendia até onde os olhos podiam ver. Rony estava tentando, com toda a for?a de sua tenaz determina??o, controlar sua velocidade, algo que estava ficando cada vez mais difícil conforme seus poderes se expandiam. A cada passo, ele sentia seu corpo mais forte, mais rápido, mais potente. Ele estava ficando cada vez mais próximo de alcan?ar o nível de seu pai. Mas ele n?o estava apenas tentando ser forte. Ele estava tentando ser algo mais.
Leon observava com paciência enquanto Rony tentava mais uma vez disparar com toda sua velocidade, mas dessa vez controlando seu curso.
— "Isso está melhor, filho!" — Leon exclamou com um sorriso encorajador.
Rony, um pouco ofegante, parou e se virou para Leon, a express?o de cansa?o no rosto, mas os olhos brilhando de uma convic??o nova. Ele estava com um brilho diferente hoje, como se algo tivesse finalmente se encaixado em sua mente.
— "Pai…" — Rony come?ou, hesitando por um momento. — "Eu quero ser um super-herói como você."
Leon franziu a testa, surpreso pela afirma??o do filho. Ele n?o esperava ouvir isso t?o cedo. Rony já estava come?ando a entender o peso do que isso significava, mas Leon n?o sabia se ele realmente compreendia tudo o que isso envolvia.
— "Você quer ser um super-herói?" — Leon repetiu a pergunta, se aproximando de Rony. Ele se agachou na frente dele, seus olhos se suavizando. — "Você sabe o que isso significa?"
Rony assentiu com firmeza, os olhos brilhando com uma mistura de orgulho e admira??o.
— "Eu sei, pai. Eu vejo o que você faz, vejo o que você já passou, e eu quero ser como você. Eu quero ajudar as pessoas, ser forte, ser alguém que faz a diferen?a."
O cora??o de Leon se aqueceu ao ouvir isso, um sorriso sincero aparecendo em seu rosto. Ele sentia o peso dessa decis?o, mas também sabia que isso era uma parte natural do crescimento de Rony. Ele queria que o filho entendesse, antes de tudo, que ser um herói n?o era apenas sobre for?a física, mas sobre coragem, sacrifício e responsabilidade.
— "Eu entendo, filho." — Leon falou com seriedade, mas com uma leveza no tom. — "Mas ser um super-herói n?o é fácil. Eu… eu precisei aprender de formas difíceis o que significa ser alguém que protege outros. N?o é só sobre poder. Você precisa ter sabedoria e o cora??o certo para isso."
Rony olhou para Leon, seus olhos cheios de respeito, mas também de um brilho de determina??o. Ele n?o estava apenas buscando poder — ele queria entender o que significava ser aquele tipo de pessoa.
— "Eu quero aprender, pai. Eu sei que vou precisar de muito mais do que só for?a. Eu sei que posso aprender a ser forte, mas também preciso aprender a ser sábio."
Leon sorriu amplamente, tocando o ombro de Rony com uma m?o firme e confiante.
— "Você já tem uma parte disso dentro de você, filho. O mais importante é querer aprender. E eu vou te ensinar tudo o que eu sei. Vamos come?ar do come?o, e vamos dar o primeiro passo."
Rony assentiu, o sorriso em seu rosto se alargando. Ele estava determinado. Ele sabia que o caminho seria longo, mas estava pronto para seguir as pegadas do pai, da forma que ele mais respeitava.
Enquanto Leon come?ava a guiar Rony em seu treino, Barbara estava um pouco distante, observando de longe. Ela tinha um sorriso suave no rosto, mas seus olhos estavam cheios de emo??o. Ela n?o conseguia deixar de sentir uma onda de felicidade e gratid?o por ver sua família crescendo dessa forma. O filho dela, t?o forte e com um cora??o t?o puro, estava agora seguindo os passos de Leon. Ela via os dois treinando juntos, Rony com sua energia e Leon com sua paciência, como um verdadeiro mestre.
Barbara sentia um enorme orgulho de Leon, de tudo o que ele havia conquistado, e mais ainda de como ele estava criando seu filho. Ela sabia que ser um super-herói era algo que n?o era apenas conquistado com poder, mas com caráter, e ela via isso em Rony. Ele estava crescendo para ser alguém especial, e, mais importante ainda, alguém que tinha o apoio incondicional de seus pais.
Ela se aproximou um pouco mais, e quando Leon percebeu sua presen?a, ele virou o rosto para ela, sorrindo amplamente.
— "Você está vendo isso?" — Leon perguntou, os olhos cheios de orgulho enquanto observava Rony tentar fazer mais um movimento com seus poderes.
— "Eu vejo." — Barbara respondeu, seu sorriso aumentando. — "Está ficando cada vez mais forte. Eu sabia que ele tinha isso dentro dele."
Leon olhou para sua esposa, sua express?o suave. Ele sentiu uma imensa satisfa??o ao vê-la t?o feliz, e soube que esse era o início de um novo capítulo para sua família.
— "Nós vamos ensiná-lo do jeito certo. E ele será muito mais forte do que nós, porque ele terá tudo o que precisamos para ser heróis."
Barbara o olhou com um carinho imenso. Ela sabia que, com Leon ao lado de Rony, o futuro deles seria brilhante.
— "Eu sei." — ela respondeu, com um sorriso afetuoso. — "E ele será incrível, como você."
Eles se encararam por um momento, ambos sentindo o peso e a beleza desse momento. A família estava crescendo, e juntos, com muito amor e apoio, eles estavam prontos para enfrentar tudo o que o futuro trouxesse.
O céu estava claro, a tranquilidade reinava no campo de treinamento onde Leon, Barbara e Rony estavam. O som das batidas rápidas de Rony tentando dominar sua velocidade ecoava pelo ar, mas ent?o, sem aviso, o ambiente de paz foi quebrado.
Uma grande sombra obscureceu o céu, e um estrondo estridente ecoou por todo o campo. O ar pareceu ficar pesado, como se algo maligno estivesse se aproximando. Rony parou de treinar imediatamente, sentindo uma mudan?a no ambiente. Leon e Barbara olharam para cima, onde uma figura aterrissava com uma presen?a aterradora.
O Lorde da Morte desceu, flutuando no ar com uma aura de desespero e poder. Seus olhos brilhavam com uma luz sinistra, e sua voz, quando falou, parecia ecoar nas mentes de todos ao redor.
— "Leon… e família." — A voz dele era grave, como um presságio de calamidade. — "Eu vim pessoalmente para dar um aviso."
Leon se p?s imediatamente na frente de Barbara e Rony, protegendo-os. Sua express?o era séria e fria, mas dentro dele uma chama de raiva come?ava a se acender.
— "O que você quer, Lorde da Morte?" — Leon falou com firmeza, sem demonstrar medo.
O Lorde sorriu, um sorriso frio que mais parecia uma amea?a. Seus olhos se focaram em Rony e Barbara, observando-os com um prazer doentio.
— "Eu vim para mostrar a vocês que ninguém está a salvo, nem mesmo suas preciosas vidas. Se Leon acha que está seguro, está profundamente enganado. Tudo que ele ama será destruído."
Leon apertou os punhos, seu ódio crescendo. Mas antes que ele pudesse falar, Rony, com a coragem que lhe era peculiar, se posicionou ao lado de seu pai.
— "Eu n?o tenho medo de você!" — Rony gritou, levantando a cabe?a com firmeza. — "Eu vou enfrentar você, como meu pai faria!"
Barbara olhou para Rony, preocupada, e tentou segurá-lo pelos ombros, mas ele se afastou, ainda determinado.
— "Rony, n?o!" — Barbara disse, tentando impedir o filho de se colocar em perigo. — "Você n?o sabe o que está fazendo!"
Rony n?o ouviu, ele olhou para o Lorde da Morte com determina??o nos olhos. Sua energia aumentava, e ele estava preparado para lutar ao lado de seu pai, sem qualquer hesita??o. Ele sabia que seria difícil, mas ele queria provar a si mesmo, queria ser forte.
O Lorde da Morte olhou para Rony com desdém, rindo de maneira cruel.
— "Você, uma crian?a, quer me enfrentar? Eu posso esmagá-lo com um simples olhar." — Ele zombou, sua voz cheia de desdém.
Rony n?o recuou. Ele fechou os punhos com toda a for?a que sua pequena estrutura podia reunir, e se preparou para a luta. Ele liberou sua velocidade de uma vez, tentando acertar o Lorde da Morte com toda a sua for?a.
Em um instante, Rony disparou para frente, t?o rápido que Leon quase perdeu o movimento. Ele estava indo t?o rápido que parecia ultrapassar a velocidade de Leon em seu estado atual.
— "Rony, n?o!" — Leon gritou, mas foi tarde demais.
Rony avan?ou, sua velocidade parecia ser imbatível. Ele estava prestes a atingir o Lorde da Morte com um soco devastador, mas o Lorde, com uma calma aterradora, levantou a m?o e, com um movimento brusco, deu um soco direto no peito de Rony.
O impacto foi t?o forte que Rony foi lan?ado para trás, seu corpo caindo pesadamente no ch?o. Ele vomitou um pouco de sangue, sua boca sangrando, o impacto da for?a sendo mais do que ele poderia suportar.
— "Rony!" — Barbara gritou, correndo até o filho, seu cora??o despeda?ado ao ver o filho caído no ch?o.
Leon se moveu em um flash, colocando-se entre a Morte e sua família, um brilho de raiva nos olhos. Ele sabia que a luta estava apenas come?ando. O Lorde da Morte observava Rony no ch?o, seu sorriso ampliando.
— "Ele n?o é nada, Leon. Como todos os outros. Eu n?o o matei, porque eu só vim para dar um aviso." — O Lorde falou calmamente, seus olhos frios e impassíveis. — "Barbara, Rony... nenhum de vocês está a salvo."
A raiva dentro de Leon explodiu como uma tempestade. Seus olhos brilharam com uma fúria imensa, e ele se virou para os Saqueadores, que estavam se reunindo ao redor, preparados para agir.
— "Reúnam-se, agora!" — Leon ordenou, sua voz fria e cheia de determina??o. — "Esse filho da puta vai pagar!"
A batalha estava prestes a come?ar. Leon, com seus Saqueadores ao seu lado, estava pronto para enfrentar o Lorde da Morte, custasse o que custasse. Ele n?o permitiria que sua família fosse amea?ada mais uma vez.
Ele olhou para Barbara e Rony por um momento, garantindo que estavam seguros, e ent?o, com um grito de fúria, voou na dire??o do Lorde da Morte. A luta entre os dois come?ou, uma batalha de for?a e ódio, com o destino da família de Leon em jogo.
A batalha estava em seu ápice, e a fúria do Lorde da Morte parecia infinita. Leon e os Saqueadores lutavam com tudo o que tinham, mas estavam claramente sobrepujados. Cada soco do Lorde reverberava como um trov?o, cada movimento seu deixava um rastro de destrui??o. O campo de batalha estava coberto de corpos, e o sangue de Leon e seus amigos manchava a terra, se misturando com a poeira.
Zeke foi o primeiro a cair. Um soco direto de energia pura fez com que o corpo dele fosse lan?ado a vários metros de distancia, quebrando árvores e pedras enquanto ele se arrastava para o ch?o, inconsciente, com a mandíbula partida. Theo e Davi n?o estavam em muito melhor situa??o. Theo tentou um ataque rápido, mas o Lorde o bloqueou com um golpe no peito, fazendo com que o ar se escapasse de seus pulm?es. Davi tentou usar sua agilidade para se esquivar, mas foi atingido por uma onda de energia negra, rasgando seu corpo e lan?ando-o de volta ao ch?o com um impacto devastador.
Luna estava caída, com o corpo quase irreconhecível, ferimentos profundos a deixavam sem for?as para se levantar. O Lorde da Morte se divertia com a agonia de todos. Cada golpe que desferia, cada golpe que ele dava, apenas alimentava sua arrogancia, enquanto ele se preparava para acabar com todos.
Leon, debilitado, estava se esfor?ando ao máximo para ficar de pé, mas seu corpo estava esfacelado. Seus músculos estavam doloridos e seus ossos quebrados, mas a vontade de proteger seus amigos e sua família o mantinha em pé. Ele tentou um ataque, voando em dire??o ao Lorde da Morte com uma velocidade impressionante, mas foi rapidamente nocauteado com uma única palma de m?o. O impacto fez com que seu corpo fosse jogado para o outro lado, deixando um rastro de sangue por onde passava.
O Lorde da Morte se aproximou dele, que estava caído no ch?o, ofegante e incapaz de reagir. O Lorde olhou para Leon com um sorriso cruel, observando-o com desdém.
— "T?o fraco, Leon... Você sempre foi fraco." — O Lorde zombou, se aproximando de Leon. — "é assim que os heróis acabam... derrotados, insignificantes. Você poderia ser t?o mais forte se n?o fosse t?o atado a essa humanidade patética."
Leon tentou se levantar, mas mal conseguia mover os bra?os. O Lorde da Morte n?o estava mais se divertindo. Ele já havia cumprido sua promessa de destrui??o.
— "Eu vou acabar com isso, agora. Vou acabar com todos vocês." — Ele disse, se aproximando de Barbara e Rony, que estavam a alguns metros de distancia, tentando se proteger.
Barbara, sem seus poderes e com a mente completamente sobrecarregada, olhou para Leon, desesperada, enquanto Rony, ainda com a respira??o pesada, tentava se levantar. O garoto, mesmo ferido, n?o tinha medo. Ele queria ajudar, queria lutar ao lado do pai, mas o poder do Lorde da Morte era esmagador demais.
— "Você acha que pode lutar comigo, garoto?" — O Lorde da Morte zombou ao ver Rony se aproximar. — "Você é só uma crian?a. Está me dando pena."
Rony n?o respondeu. Ele correu em dire??o ao Lorde com uma fúria incontrolável. Mas, como se fosse um inseto a ser esmagado, o Lorde apenas levantou a m?o e, com um soco brutal, atingiu Rony no peito. O impacto foi t?o forte que o garoto foi lan?ado para trás, batendo no ch?o e sangrando pela boca. Seu corpo ficou inerte, e seus olhos estavam vidrados, em choque.
Barbara gritou, desesperada, enquanto tentava correr em dire??o ao filho, mas o Lorde da Morte já estava a poucos passos dela. Ele a pegou pelo pesco?o com uma m?o, erguendo-a do ch?o com facilidade, como se fosse uma boneca. A dor em seus olhos era palpável, mas n?o havia nada que ela pudesse fazer. Ela estava completamente indefesa.
— "Vamos acabar logo com isso." — O Lorde sussurrou, olhando para Leon. — "Você vai ver o que acontece quando se apega a sua humanidade. Eles v?o morrer, e você será a raz?o disso. Afinal, você nunca deveria ter sido mais do que o homem comum que você é."
Leon, vendo sua família à mercê do Lorde da Morte, sentiu sua raiva tomar conta. Mas sua dor era insuportável. Seu corpo n?o respondia. A luta parecia perdida.
"N?o..." — Pensou Leon, enquanto o Lorde se aproximava para acabar com sua esposa e seu filho. "Eu... n?o posso deixar isso acontecer."
Foi quando ele lembrou das memórias. De tudo o que ele passou para chegar até ali. De todos os momentos, desde os mais simples até os mais perigosos. Ele lembrou de Isabelle, de sua amizade com os Saqueadores, do amor por sua família, de tudo o que ele lutou para proteger. Ele n?o podia deixar que isso acabasse agora.
Com um grito de pura dor e raiva, Leon usou o pouco de energia que lhe restava. Ele se levantou e voou em dire??o ao Lorde da Morte com uma for?a inimaginável. Suas asas cortaram o ar com velocidade, e seu corpo foi impulsionado por uma fúria que ele n?o sabia que ainda possuía.
"Eu protejo minha família... eu vou proteger minha família..."
O Lorde da Morte n?o esperava que Leon ainda tivesse for?as para lutar. Ele olhou surpreso, mas estava pronto para o confronto final. A batalha, agora, estava em seus momentos mais críticos, e Leon n?o estava mais disposto a ser derrotado.
A luta come?ou com um choque de tit?s, onde Leon, repleto de raiva e desespero, finalmente encontrou a for?a para enfrentar o Lorde da Morte.
A luta entre Leon e o Lorde da Morte se estendeu por vários minutos, uma batalha feroz e visceral que parecia sem fim. O céu estava escuro, coberto por nuvens densas que se formaram como resultado do impacto das energias colidindo. O ar ao redor deles estava carregado de uma eletricidade amea?adora, como se a própria atmosfera estivesse reagindo à for?a da luta.
Primeiro Impacto
O primeiro golpe foi um soco direto do Lorde da Morte, um impacto devastador que fez o solo tremer. Leon, ainda com o corpo exausto e dolorido, conseguiu se esquivar por milímetros, mas sentiu o impacto da onda de energia que o seguia. Ele balan?ou para o lado, seus músculos queimando, enquanto o Lorde aproveitava a oportunidade e estendia o bra?o em dire??o a ele. Com um movimento rápido, Leon se impulsionou para o alto, evitando o golpe.
“Você ainda é fraco, Leon,” o Lorde zombou, sua voz ressoando como um trov?o. “Por mais que tente, você nunca será mais forte do que eu. Eu sou a Morte!”
Leon n?o respondeu. Seu rosto estava cheio de ódio, mas também de foco. Ele sabia que precisava resistir, que n?o poderia ceder agora, n?o diante de sua família. Sua única chance era usar toda a sua experiência, todo o seu aprendizado, para finalmente derrotar o Lorde.
Ele n?o era mais um homem comum. Ele tinha passado por testes terríveis, resistido a combates brutais. Sua for?a vinha n?o apenas do físico, mas de algo mais profundo. Ele tinha um propósito: proteger os seus, destruir a Morte.
Confronto Direto
A batalha se intensificou. Leon avan?ou com velocidade, suas asas cortando o ar enquanto ele desferia um soco na dire??o do Lorde. O golpe foi rápido e preciso, mas o Lorde da Morte foi igualmente rápido, se desviando e batendo suas m?os no peito de Leon com uma for?a esmagadora. A colis?o fez Leon ser arremessado para o ch?o com um estrondo, deixando uma cratera no solo.
Leon se levantou com dificuldade, sangue escorrendo de seus lábios, mas n?o havia cansa?o em seus olhos. O Lorde riu, uma risada fria e cruel.
“Você nunca vai me derrotar, Leon. Eu sou eterno. Eu sou a própria morte que acaba com todos. Você e todos os que ama… vocês s?o apenas... carne para minha colheita.”
Leon mordeu os lábios, seu olhar fixo no Lorde da Morte. N?o era a primeira vez que ele ouvia essas palavras. Mas havia algo que o fazia continuar. Ele sabia que a vida, mesmo com toda a dor, era preciosa. Cada segundo ao lado de sua família, cada momento de alegria, era uma raz?o para lutar. Ele n?o cederia. N?o agora. N?o nunca.
O Jogo de For?as
Ele se preparou para atacar novamente, saltando para o céu, a for?a de seu voo cortando o vento. O Lorde da Morte foi atrás dele, sua presen?a amea?adora se espalhando pelo campo. Com um movimento calculado, Leon desceu em dire??o ao Lorde, tentando pegá-lo de surpresa. Mas o Lorde estava preparado. Ele estendeu as m?os, e uma onda de energia negra surgiu, bloqueando o ataque de Leon e empurrando-o para trás.
A energia do Lorde da Morte era como um rio imenso, incontrolável. A cada golpe, a cada movimento, ele aumentava a press?o, fazendo Leon sentir como se o ar estivesse sendo retirado de seus pulm?es. Mas Leon se manteve firme. Ele tinha uma vantagem. Ele n?o era só poder físico. Ele tinha inteligência e resistência. E enquanto o Lorde da Morte acreditava que poderia esmagá-lo com sua for?a bruta, Leon come?ou a usar suas habilidades de maneira mais estratégica.
Em um movimento rápido, ele se lan?ou em dire??o ao Lorde, fazendo um desvio repentino para o lado e acertando-o com um soco em seu flanco. A surpresa fez o Lorde cambalear para trás, mas ele se recuperou rapidamente e disparou uma rajada de energia na dire??o de Leon. O impacto fez Leon ser lan?ado para longe, mas ele usou o próprio impacto para se impulsionar de volta, voltando ao combate.
A Resposta da Morte
O Lorde da Morte olhou com fúria. Ele n?o gostava de ser subestimado. “Você está come?ando a me irritar, Leon,” ele gritou, sua voz grave e cheia de raiva. “Você n?o entende! Eu sou a morte em pessoa. Você n?o pode vencer a Morte!”
Mas Leon, com seu olhar feroz, apenas disse: “Eu sou a raz?o pela qual você vai perder. Porque a Morte n?o conhece o amor. A Morte n?o entende o que é lutar por algo maior do que você mesmo. Eu tenho algo que você nunca terá: raz?o para viver!”
Com isso, Leon avan?ou com ainda mais velocidade. Ele atacou novamente, seus punhos criando fissuras no ar com a for?a de seus golpes. Ele acertou o Lorde da Morte, mas o golpe foi interrompido pela explos?o de energia que o Lorde gerou, lan?ando Leon para trás.
Os dois estavam exaustos, seus corpos cobertos de feridas e sangue. Mas a determina??o de Leon estava mais forte do que nunca. Ele sabia que n?o poderia parar. Ele sabia que a luta só terminaria quando a Morte fosse derrotada.
O Sacrifício de Leon
Após mais uma troca de golpes, Leon sentiu seu corpo ceder. Ele estava ferido, sem for?as, mas havia algo dentro dele que n?o o deixava desistir. O Lorde da Morte, percebendo sua fraqueza, preparou um golpe fatal. Ele reuniu toda a sua energia em uma esfera negra e disparou, mirando diretamente no peito de Leon.
Leon, em um último esfor?o, ativou suas últimas reservas de poder, voando em dire??o à esfera com velocidade absurda, tomando a for?a total do golpe com o corpo. A explos?o foi t?o forte que o impacto iluminou o campo com uma luz negra ofuscante. O corpo de Leon foi projetado para trás com a for?a da onda, caindo pesadamente no ch?o, sangrando profusamente.
O último Suspiro
Leon estava deitado, ofegante e quase sem vida. Seu corpo estava queimado, coberto por cicatrizes profundas e peda?os de carne dilacerados. A dor era insuportável. Mas ele estava vivo. Ele sabia que tinha sobrevivido por um motivo. A luta n?o estava perdida ainda. Mas o Lorde da Morte já se aproximava, com um sorriso cruel no rosto.
Ele olhou para Leon, que mal conseguia se mover. “Eu ganhei, Leon. Você nunca teve chance.”
Mas, naquele momento, Leon levantou a cabe?a, olhando com olhos cheios de raiva e determina??o. Ele respirou fundo, sentindo o sangue escorrer de sua boca. Ele sabia que esse poderia ser seu último momento.
Ele murmurou, quase com um sorriso, mas com a voz cheia de dor: “Eu n?o vou deixar você destruir tudo o que amo.”
Com um esfor?o impossível, Leon se ergueu, n?o mais com o corpo, mas com a alma. Ele sabia que a luta n?o estava acabada. Ele tinha mais uma chance.
O choque de energias, o grito final de Leon e o último esfor?o de sua família para protegê-lo se uniram em uma explos?o. A luta estava apenas come?ando.
A luta entre Leon e o Lorde da Morte continuava, implacável e sem piedade, como um furac?o que arrasta tudo em seu caminho. O cenário já n?o era mais o mesmo. O campo de batalha, que antes estava intocado, agora estava cheio de crateras, marcas de impacto e destrui??o. O próprio céu parecia refletir a intensidade da batalha, com raios de energia e nuvens escuras se formando como um reflexo da fúria que emanava dos dois combatentes.
O Golpe Final de Leon
O corpo de Leon estava exausto, suas for?as estavam no limite, mas ele n?o podia parar. N?o podia deixar a Morte destruir o que ele mais amava. O Lorde da Morte, com sua express?o fria e calculista, viu que Leon estava quase fora de combate. Ele avan?ou com uma velocidade aterrorizante, formando uma esfera negra de pura energia na m?o, pronto para esmagar Leon de uma vez por todas.
“Você ainda n?o entendeu, n?o é, Leon?” O Lorde da Morte disse, sua voz sombria reverberando pelo campo. “Nada do que você fa?a será o suficiente. Eu sou eterno. Você n?o pode me derrotar.”
Leon estava de joelhos, sentindo o peso da batalha e a dor em seu corpo. O sangue escorria de seu rosto, e ele mal conseguia manter os olhos abertos. Mas em seu cora??o havia uma chama, uma vontade inquebrantável de proteger sua família, de proteger Barbara e Rony, mesmo que isso significasse sua própria morte.
Com uma for?a que parecia vir do fundo de sua alma, Leon se ergueu, um grito de raiva e dor saindo de seus pulm?es. Ele sabia que esse seria o momento final. O último esfor?o. Ele n?o tinha mais energia, mas algo dentro dele estava crescendo, uma for?a de vontade pura. Ele n?o podia deixar que o Lorde da Morte vencesse.
Com um grito, Leon avan?ou, seus punhos se revestindo de uma aura brilhante, sua for?a finalmente retornando em um impulso desesperado. O Lorde da Morte disparou sua esfera de energia, uma explos?o negra que poderia destruir tudo ao seu redor. Mas Leon, com um último f?lego, desviou com uma velocidade sobrenatural, desviando da esfera e atingindo o Lorde com um soco direto no peito.
O Impacto
O golpe foi devastador. O impacto do soco de Leon fez o Lorde da Morte ser arremessado para trás, caindo no ch?o com uma for?a t?o intensa que o terreno ao seu redor se estilha?ou. Por um momento, o campo de batalha ficou em silêncio, como se até o próprio universo tivesse se contido.
Mas o Lorde n?o estava derrotado. Ele se levantou lentamente, seu corpo envolto em uma aura escura, seu olhar frio fixado em Leon. O sorriso cruel n?o saiu de seu rosto, mas havia algo diferente em seus olhos. Algo que Leon n?o havia visto antes. O Lorde da Morte estava come?ando a perceber que havia algo mais em Leon do que ele imaginava.
"Eu te subestimei, Leon," o Lorde disse, sua voz carregada de um veneno sutil. "Mas isso n?o mudará nada. Eu sou a Morte. Eu sou o fim de tudo. Você n?o pode vencer isso."
Leon estava ofegante, seu corpo sangrando por todo lado. Mas ele ainda estava de pé, sua mente focada, sua alma imbuída de um desejo profundo de lutar até o fim. Ele n?o iria desistir.
A Conquista do Desejo
Enquanto a luta continuava, Barbara e Rony estavam a uma distancia, assistindo, impotentes, mas com os olhos cheios de esperan?a. Rony, apesar de ter sido incapaz de lutar, ainda estava lá, com o cora??o batendo forte. Ele sabia que seu pai era mais do que capaz. Mas o medo, a ansiedade e a preocupa??o com a seguran?a de todos, incluindo sua m?e, estavam o consumindo.
Barbara, mesmo sem seus poderes, ainda estava ao lado de seu filho, segurando sua m?o com for?a. Ela observava Leon com a intensidade de um amor imensurável, desejando que tudo aquilo acabasse logo, mas com a certeza de que seu marido era mais forte do que qualquer adversário.
"Ele vai vencer," Rony disse com uma confian?a silenciosa, olhando para Leon. "Eu sei que ele vai."
Barbara olhou para o filho, com um sorriso triste no rosto. "Ele sempre vence, n?o é?"
A Luta se Intensifica
O Lorde da Morte avan?ou novamente, com uma velocidade ainda mais impressionante. Ele n?o estava mais brincando. A batalha estava em seu auge, e a intensidade do confronto come?ava a afetar até mesmo o ambiente ao redor. O ar estava pesado, saturado de energia escura, e a luta entre os dois parecia atravessar o próprio tempo.
O Lorde da Morte estendeu as m?os, criando laminas de pura energia negra que cortavam o ar. Ele avan?ou com elas em dire??o a Leon, que, com reflexos agu?ados, se esquivou para o lado e disparou para frente, desferindo uma série de socos e chutes rápidos e implacáveis. Mas o Lorde estava pronto. Ele usava a escurid?o ao seu redor, moldando-a e controlando-a, como se estivesse jogando com a própria realidade.
Os golpes trocados entre eles eram como explos?es de energia, fazendo a terra tremer e rachaduras surgirem no ch?o. Cada soco de Leon parecia ter a for?a de um terremoto, mas o Lorde da Morte parecia absorver cada impacto, sem se abalar. Leon, por outro lado, estava se tornando cada vez mais cansado. Seus músculos queimavam, sua vis?o estava turva, mas ele continuava lutando, sabendo que n?o poderia falhar.
A Virada
Em um momento de distra??o, o Lorde da Morte aproveitou a oportunidade e disparou um feixe de energia direta para o peito de Leon. A explos?o foi t?o intensa que Leon foi jogado para trás, caindo pesadamente no ch?o. Seu corpo estava completamente marcado, suas for?as estavam exauridas, mas ele n?o cedeu. Ele se levantou com dificuldade, seus olhos fixados no Lorde.
"Você n?o vai vencer," o Lorde da Morte disse com um sorriso desdenhoso. "Eu sou a Morte. Eu sou a eternidade."
Leon olhou para sua família, para Barbara e Rony, e lembrou-se de tudo o que eles haviam passado juntos. Ele sabia que n?o podia falhar agora. Ele usou suas últimas for?as para se erguer, e, com um grito de pura determina??o, se lan?ou para frente, com a for?a de um homem que n?o iria perder. N?o importa o qu?o forte fosse a Morte, ele iria lutar até o fim.
A luta entre Leon e o Lorde da Morte estava no auge. O ar ao redor deles estava carregado de tens?o, e a terra tremeu sob os passos dos dois combatentes, enquanto o som das trocas de socos e explos?es de poder ecoavam pela regi?o. Leon estava com o corpo dilacerado, suas roupas rasgadas e cobertas de sangue, mas ele n?o cedia. O Lorde da Morte, por outro lado, parecia imune a tudo o que Leon lan?ava contra ele, sua pele escura e envolta em sombras, como se estivesse imperturbável pela dor.
Leon, já sem for?as, se lan?ou novamente contra o Lorde da Morte, sua raiva cegando-o. Mas o Lorde o recebeu com um golpe direto no est?mago, que fez Leon cair de joelhos, cuspindo sangue. Cada respira??o de Leon era um esfor?o imenso. Ele sentia seus pulm?es queimando, seu corpo quase quebrando, mas o desejo de proteger sua família o mantinha em pé.
O Lorde da Morte n?o perdeu tempo. Com um movimento brutal, ele ergueu Leon pela garganta e o jogou contra o ch?o com um impacto t?o forte que o solo rachou sob o peso. O som de ossos quebrando preencheu o ambiente, e o sangue de Leon se espalhou por toda a área. O corpo de Leon se arrastou até a borda de um penhasco, e ele mal conseguia se mover. Mas o Lorde n?o estava satisfeito.
“Você está t?o próximo de morrer, Leon... Por que ainda insiste?” O Lorde zombou, aproximando-se do corpo de Leon. O olhar de desprezo em seus olhos era evidente. Ele se ajoelhou ao lado de Leon, suas m?os se estendendo para agarrar sua cabe?a. “Você nunca será mais forte do que eu. Você se afasta da escurid?o, se apega a esses seres insignificantes, e isso é o que te torna fraco.”
Com uma risada macabra, ele pressionou os dedos contra a testa de Leon. No momento em que o fez, uma explos?o de energia negra emanou de suas m?os. A energia parecia consumir Leon por dentro, seu corpo se contorcendo como se estivesse sendo desintegrado. A dor era indescritível, e Leon sentiu sua carne sendo corroída. Seu rosto estava pálido, e os olhos come?avam a perder a lucidez enquanto ele lutava para se manter consciente. Mas o que mais o assustava era o silêncio ao redor. Ele sabia que, no fundo, n?o tinha mais for?as para continuar.
O Lorde da Morte, vendo Leon quase inconsciente, come?ou a rir. Ele recuou um pouco, deixando o corpo de Leon estirado no ch?o. “Patético. Se você apenas aceitasse a verdadeira natureza do poder... Mas você prefere essa ilus?o de humanidade, essa fraqueza que te limita.”
Ele ent?o se afastou, caminhando de forma calma enquanto observava Leon, mas logo seu olhar se voltou para a família de Leon. Barbara e Rony estavam de longe, os olhos arregalados, mas impotentes. O Lorde da Morte sorriu com crueldade.
“Vocês n?o têm mais para onde correr. Vou destruir todos vocês.” Ele se virou para Barbara e Rony, seu olhar atravessando-os como se já estivesse os condenando.
Leon, ainda tremendo e com o corpo quebrado, tentou se erguer, mas n?o conseguia. Sua vis?o estava emba?ada, e o único som que ele conseguia ouvir era o som de seus próprios batimentos cardíacos, fracos e espa?ados. Ele sabia que estava à beira da morte, mas algo em seu interior o impedia de desistir.
O Lorde da Morte, porém, n?o mostrou piedade. Ele se aproximou de Barbara e Rony, com suas m?os brilhando com uma energia sombria, e, com um movimento rápido, estendeu um bra?o em dire??o a Barbara, como se fosse estrangulá-la. Mas foi nesse momento que Leon, com um grito abafado, conseguiu se levantar novamente, dando um passo vacilante em dire??o ao Lorde.
Com um rugido de pura fúria, Leon se lan?ou contra o Lorde da Morte mais uma vez. Ele usou o que restava de suas for?as para dar um soco devastador. No entanto, o Lorde da Morte estava preparado, e ele desferiu um golpe no peito de Leon, quebrando várias costelas e enviando-o para o ch?o, novamente sem for?as.
“Você ainda n?o entendeu, n?o é? N?o há mais esperan?a para você... Nenhuma for?a de vontade ou emo??o pode me derrotar, Leon.” O Lorde da Morte disse, sorrindo cruelmente. Ele se aproximou de Leon novamente, levantando-o pelo pesco?o. Com uma gargalhada sinistra, ele apertou sua m?o, quebrando a traqueia de Leon, e o sangue jorrou de sua boca. O corpo de Leon estava completamente derrotado.
O sangue de Leon escorria por todo o campo de batalha, seu corpo agora apenas uma casca do que já foi. Cada respira??o que ele tomava parecia ser uma luta, e ele sabia que estava prestes a sucumbir à escurid?o que se aproximava. A dor era insuportável, mas ele ainda se lembrava das palavras de sua esposa, das promessas que fez, da família que lutou para proteger. E em sua mente, uma última ideia surgiu: se ele fosse morrer ali, ent?o pelo menos ele faria com que valesse a pena.
Mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, o Lorde da Morte o desferiu um golpe final, um soco direto no est?mago, que fez Leon se dobrar sobre si mesmo. O som do impacto foi horrível, e Leon sentiu suas entranhas se revirando. Ele tossiu sangue, sentindo que seus órg?os estavam sendo esmagados. Sua vis?o ficou turva, e o mundo ao seu redor desmoronava. Ele estava à beira de desmaiar, mas ainda havia algo dentro de si que o fazia lutar.
"Você foi um bom brinquedo, Leon," o Lorde disse, em um tom de desprezo. Ele olhou para o corpo de Leon com satisfa??o, como se tivesse derrotado finalmente um inimigo digno. “Mas você n?o passa de uma ilus?o, uma piada de poder. Olhe para você. Nada mais do que um peda?o de carne quebrado.”
Com um sorriso maligno, ele se afastou de Leon, e ent?o se virou para Barbara e Rony. O Lorde da Morte estava prestes a atacar novamente, quando um som distante ecoou. Uma explos?o. A terra tremeu, mas ele n?o deu aten??o. Tudo estava terminado. Ele havia vencido.
O Lorde da Morte se aproximava lentamente de Barbara e Rony. Seus passos esmagavam os destro?os ensanguentados do campo de batalha, seus olhos brilhando com sede de morte. Barbara abra?ava o filho, tremendo — n?o de medo, mas de impotência. Rony, mesmo machucado, mantinha o olhar firme, como se confiasse que seu pai ainda voltaria.
Foi nesse instante que um som estranho ecoou pelo ar — como o estalar de ossos se realinhando, músculos se contorcendo, e uma energia oculta sendo for?ada a emergir.
O ch?o tremeu violentamente.
O corpo de Leon, ensanguentado e desfigurado, come?ou a levitar, puxado por uma energia intensa que jorrava de dentro dele como uma explos?o de um vulc?o cósmico. As veias em seu corpo brilharam com um tom roxo profundo, pulsando como lava viva. Seu peito, anteriormente afundado e rachado, se reconstruiu lentamente com estalos grotescos. A pele, rasgada em vários pontos, se regenerava com velocidade anormal, mas deixava cicatrizes expostas, como se marcas de batalha fossem tatuagens da alma.
Seus olhos se abriram — negros, cortados por fendas incandescentes que pareciam laminas de energia. Um rugido ecoou do fundo de sua garganta. Um rugido que n?o era humano.
— Terceiro Núcleo… Ativado.
Em um instante, Leon já estava em pé. Seu corpo vibrava de poder, e as faixas de energia escura come?aram a girar em volta de seus bra?os. Como se fossem laminas etéreas, seus cortes come?aram a se materializar no ar — cada movimento que ele fazia, o espa?o ao redor era rasgado, como se o universo fosse uma folha de papel.
O Lorde da Morte parou. Surpreso? N?o. Mas agora atento. Ele viu quando Leon desapareceu em um piscar de olhos — e no instante seguinte, uma fina linha surgiu em seu bra?o. O corte era quase invisível… até o bra?o inteiro dele cair no ch?o, com um jorro de sangue negro espesso, espirrando como uma cachoeira podre.
— Você… ainda consegue levantar? — zombou o Lorde, pegando o bra?o caído e o grudando novamente ao corpo. Um som viscoso e nojento preencheu o ambiente, como carne sendo colada com sangue fervente.
Leon voou com uma velocidade impossível, suas m?os dan?ando no ar, deixando rastros cortantes que rachavam a terra e fatiavam as montanhas ao redor como manteiga. O Lorde da Morte desviava, mas come?ou a receber cortes por todo o corpo — cortes que ardiam com a energia dos núcleos, queimando a carne da criatura como ácido.
O Lorde reagiu, e com um chute, partiu a mandíbula de Leon ao meio. O maxilar pendia grotescamente, sangue pingando em torrentes. Leon, em vez de recuar, empurrou a própria mandíbula de volta com um estalo ensurdecedor, e num movimento veloz, girou o corpo com uma lamina de corte e arrancou metade do rosto do Lorde.
Meio rosto do Lorde caiu no ch?o, expondo o cranio negro e as presas ósseas da criatura. Ele grunhiu e socou Leon no peito com tanta for?a que a pele de Leon se rasgou como papel, expondo os músculos vibrantes e até parte de suas costelas.
— VOCê N?O PODE ME VENCER, LEON! — o Lorde berrava, cuspindo peda?os de carne e sangue.
— EU Já VENCI... POR N?O SER IGUAL A VOCê! — Leon respondeu, cuspindo sangue, com um sorriso psicótico no rosto.
O embate virou pura selvageria. Leon agarrava o Lorde e o arrastava pelo ch?o, criando uma trilha de sangue e carne dilacerada. Ele o jogou para o alto e, com os cortes dimensionais, abriu uma fenda no céu e atravessou o Lorde nela. A explos?o que seguiu partiu nuvens ao meio e iluminou o mundo como um novo sol.
Mas o Lorde voltou — regenerado parcialmente, mas mais brutal do que nunca.
Com as unhas, ele perfurou o ombro de Leon, atravessando até as costas. Ent?o, com o outro bra?o, esmagou a perna de Leon, partindo os ossos e torcendo como galhos secos.
Leon gritou, mas n?o caiu.
Ao contrário, segurou o rosto do Lorde e usou seus cortes diretamente contra o cérebro da criatura, perfurando o cranio e arrancando parte da massa cinzenta em uma explos?o de sangue negro e fragmentos ósseos.
Ambos agora sangravam como dois monstros lutando pela sobrevivência.
O rosto do Lorde estava metade exposto, e seu bra?o direito estava pendurado por um fio de músculo. Leon, por outro lado, tinha o olho esquerdo pendurado por um nervo e metade do abd?men aberto, mostrando as entranhas pulsantes, mas mesmo assim continuava em pé, respirando como um animal.
Eles se encararam, arfando.
Ambos sabiam… a luta ainda n?o havia acabado.
O campo de batalha já n?o existia mais. Crateras gigantescas cobriam o solo, e os céus estavam rasgados por fendas dimensionais que vibravam como relampagos eternos. Os dois tit?s permaneciam de pé. Um de frente para o outro. Ambos deformados, mutilados… e sedentos.
Leon apertou os punhos. Seu olho pendurado se regenerava lentamente, pulsando com energia do núcleo recém-ativado. Seu corpo sangrava em várias partes, mas ele parecia mais vivo do que nunca.
O Lorde da Morte respirava fundo, arfando como uma criatura ancestral. Sua mandíbula estava partida, e sua carne caía aos peda?os, revelando músculos escuros e veias pulsantes de energia pútrida. Mas ele ainda sorria.
— Você é mais resistente do que imaginei, Leon... — disse, cuspindo sangue viscoso — Mas no final… vai morrer como todos os outros.
Leon n?o respondeu com palavras. Em vez disso, explodiu em velocidade, criando dezenas de cópias cortantes de si mesmo com seu poder. Cada imagem era um rastro dimensional afiado. O Lorde tentou se defender, mas n?o conseguiu acompanhar. Os cortes come?aram a vir de todos os lados, fatiando sua carne como um animal sendo esfolado vivo.
Partes de seu corpo voavam como lixo, bra?os, peda?os da barriga, metade do rosto. O sangue negro jorrava como cachoeiras. O ch?o se transformava em um pantano de carne e ossos.
Mas o Lorde n?o caía.
Ele gritava. E com um rugido de puro desespero e ódio, reuniu energia em seu punho, criando uma esfera de matéria corrompida, compactada em milh?es de almas gritando. Ele lan?ou a esfera diretamente no peito de Leon.
BOOOOM!
A explos?o partiu montanhas ao meio. O ch?o virou poeira. O corpo de Leon foi arremessado a quil?metros de distancia, deixando um rastro sangrento pelo solo. Quando parou, estava coberto de cinzas e sua armadura havia se despeda?ado. Seu cora??o quase parava.
Mas mesmo caído, ele come?ou a rir.
— Você... n?o entendeu ainda? Eu já morri uma vez. Agora… eu só luto. — disse Leon, cuspindo sangue.
Ele se levantou. Seu corpo queimava. Seu núcleo girava como um motor no inferno. Com os dedos, ele desenhou um símbolo no ar — uma combina??o de suas emo??es, lembran?as, raiva, amor, dor e for?a.
Uma lamina dimensional nasceu do nada, negra como a morte, com bordas que tremiam o espa?o ao redor.
— Esse é o meu limite… e também o seu, Lorde. — sussurrou.
Ele atravessou o ar em um só corte.
O tempo parou.
O espa?o partiu.
O corpo do Lorde da Morte foi cortado de cima a baixo, da cabe?a até os pés, como se o universo tivesse desenhado uma linha reta por ele. Por um segundo, nada aconteceu. Depois… tudo desabou.
O Lorde explodiu em mil peda?os.
Sangue, ossos, gritos e carne voaram em todas as dire??es. Os céus se abriram, e a press?o foi tanta que a gravidade do planeta quase colapsou.
Leon caiu de joelhos. Sujo, coberto de sangue — o dele e do inimigo —, mas vivo.
Barbara correu até ele, com Rony ao lado, ambos chorando. Leon sorriu. N?o era um sorriso de vitória. Era um sorriso de alívio.
Os Saqueadores, mesmo ainda feridos e destruídos, olharam de longe. O monstro foi derrotado.
Mas o pre?o foi alto.
E o pior… ainda estava por vir.
Silêncio.
Após o colapso do Lorde da Morte, o mundo finalmente respirava. Mas o ar ainda estava denso… pesado com o cheiro do sangue que foi derramado. As cicatrizes no solo n?o haviam sido apagadas — enormes vales destruídos, cidades fantasmas, e florestas calcinadas eram tudo o que restava em várias regi?es.
Os Saqueadores, agora reduzidos e com corpos remendados por meses de recupera??o, viviam no que restou da base, reconstruída com dificuldade.
A vitória… custou mais do que todos imaginavam.
A sala dos saqueadores estava silenciosa. Uma mesa comprida, cercada por cadeiras, abrigava os rostos dos que sobreviveram.
Zeke estava com o bra?o esquerdo mecanico, criado com tecnologia alienígena. Seu rosto mantinha as cicatrizes da explos?o que quase o matou.
Theo mancava, com uma perna que n?o se regenerava totalmente. Luna cuidava dele, o olhar mais maduro, mais sombrio.
Davi, agora com o lado direito do rosto marcado por uma queimadura dimensional, olhava fixamente para o vazio.
Todos estavam mudados.
Rony, agora com pouco mais de 12 anos em desenvolvimento acelerado, entrava na sala correndo. Tinha um sorriso no rosto — o único naquela base que ainda carregava esperan?a verdadeira.
— Bom dia, pessoal! — disse ele, empolgado, jogando uma mochila no canto.
— Esse garoto… — murmurou Zeke com um leve sorriso. — é o único que faz a gente lembrar por que ainda lutamos.
Leon estava em pé no topo da colina, observando o horizonte. Seus olhos estavam mais pesados, mais escuros. As veias em seu bra?o ainda pulsavam com os resquícios do poder do último núcleo ativado. Ele n?o era mais o mesmo — em poder, em mente, em alma.
Barbara se aproximou com um copo de chá.
— Você está pensativo de novo… — ela disse, colocando a m?o no ombro dele.
— Estou lembrando. Da luta. Das palavras dele. Do quanto a gente chegou perto de perder tudo. — respondeu Leon, a voz firme, mas ferida.
— Mas você protegeu a gente. Mesmo com tudo… você ficou de pé. — disse ela, sorrindo.
Leon virou para ela e segurou sua m?o.
— Eu só fiquei de pé… porque vocês estavam ali. Porque Rony estava ali.
Eles se abra?aram.
Ao fundo, Rony treinava sozinho. Seus movimentos ainda desajeitados, mas rápidos, determinados. Seus olhos — os mesmos olhos verdes da m?e — brilhavam com vontade de proteger. De ser como o pai.
Barbara observou os dois com o cora??o cheio. Apesar de tudo, eles ainda estavam juntos.
Naquela noite, todos estavam reunidos em volta de uma fogueira.
— Sabem… às vezes eu ainda escuto a voz dele na minha cabe?a. — disse Luna, olhando para o fogo. — Dizendo que éramos fracos, que íamos perder…
— E mesmo assim vencemos. — completou Davi. — Por pouco, mas vencemos.
Theo olhou para Leon.
— Qual o plano agora, chefe?
Leon respirou fundo. Observou cada rosto ali. Cada amigo que quase perdeu. Seu filho ao lado de Barbara, dormindo sobre o colo dela.
— Agora? — ele respondeu. — Agora a gente vive.
— Só isso? — questionou Zeke.
— Por enquanto… é tudo o que a gente precisa. — Leon respondeu, com um olhar profundo.
O mundo ainda estava ferido.
Mas existia uma paz tênue.
As crian?as voltaram a correr nas cidades. Os céus estavam limpos — pela primeira vez em muito tempo.
E os heróis… estavam vivos.
Leon, o homem que enfrentou a Morte com as próprias m?os, agora vivia n?o como uma arma… mas como um pai.
Mas no fundo… todos sabiam que aquele era apenas um intervalo.
A verdadeira guerra… ainda estava por vir.
Era um final de tarde calmo.
Os pássaros voavam baixo, o céu estava limpo e a brisa leve balan?ava as folhas de uma árvore solitária no alto de uma colina.
Leon caminhava sozinho. Estava em paz — algo raro. Ele usava uma camiseta preta simples e cal?as leves. Seus olhos fitavam o horizonte enquanto sentia o calor do sol em seu rosto. Por alguns instantes, ele só… existia.
Até que uma voz atrás dele, baixa, trêmula, e cheia de memórias… o alcan?ou.
— Leon…?
Ele congelou.
Aquela voz…
Seu cora??o acelerou. As m?os tremiam. Ele se virou lentamente, o mundo girando em camera lenta ao redor dele.
Ali, parados alguns metros à sua frente, estavam duas figuras.
Um homem e uma mulher.
Ambos com olhares marejados, os cabelos mais grisalhos, mas os tra?os inconfundíveis. As mesmas fei??es que ele via no espelho.
Era impossível negar.
— …Pai? — Leon disse, a voz quase falhando.
— Meu Deus… Leon… — disse a mulher, cobrindo a boca com as m?os. — é mesmo você…
Leon sentiu seu peito queimar. As memórias invadiram sua mente como uma avalanche: sua infancia, os jantares em família, os conselhos, os abra?os. Tudo o que ele havia enterrado para sobreviver à guerra… agora voltava.
Ele caiu de joelhos.
Lágrimas grossas escorreram por seu rosto endurecido. Por um instante, ele n?o era mais o guerreiro que enfrentou a Morte.
Era apenas um filho.
— M?e… pai… me perdoem. — disse ele, com a voz embargada. — Eu… eu sumi. Eu me tornei uma arma. Um monstro. Eu devia ter procurado vocês…
Os dois correram até ele e o abra?aram com for?a.
— Shhh… — disse a m?e, segurando seu rosto entre as m?os. — Você sobreviveu, meu filho. E isso é tudo o que importa.
O pai apertou seu ombro com firmeza, o orgulho escorrendo dos olhos.
— Você… salvou o mundo, Leon. Nós sempre soubemos que você era especial. Só n?o sabíamos… o quanto.
Eles ficaram abra?ados por minutos. Em silêncio. Chorando.
E naquela tarde, sob o céu laranja e calmo, Leon n?o era um herói, nem um guerreiro. Era apenas um homem reencontrando suas raízes.
Barbara observava da sacada da base Leon caminhando entre os corredores, os pais ao lado dele, sorrindo. Rony vinha logo atrás, curioso.
— Esses s?o meus avós?! — perguntou ele, empolgado.
Leon se abaixou e sorriu.
— S?o sim. E vocês v?o se dar muito bem, eu garanto.
Barbara sorriu. Era um novo capítulo. N?o de guerra. N?o de dor.
Mas de cura.
CASA DOS PAIS DE LEON – SALA DE ESTAR, FIM DE TARDE]
O sol dourado entra pelas janelas, pintando a sala com uma luz aconchegante. Após oito anos sem vê-los, Leon está de pé diante de seus pais, com um leve sorriso no rosto. Ao lado dele, está Barbara — segurando a m?o de Rony, que observa tudo com curiosidade.
Leon: — Pai... M?e... Eu sei que faz muito tempo. Anos demais. Mas... eu queria que conhecessem minha família.
Mateo (olhos marejados): — Meu Deus, Leon... você cresceu tanto. — ele se aproxima, abra?a o filho com for?a — Eu senti tanto a sua falta, filho. — olha para Barbara e Rony — E essa é...
Leon (sorrindo): — Essa é Barbara, minha esposa. E esse garotinho aqui é nosso filho, Rony.
M?e de Leon (emocionada): — Ele é t?o lindo... esses olhos verdes, o cabelinho ondulado... puxou a m?e, com certeza.
Barbara (rindo): — Um pouquinho de mim, sim... mas ele tem o cora??o e a for?a do pai.
Mateo (ajoelhando-se na frente de Rony): — E aí, campe?o? Você sabe o quanto seu av? está feliz de te conhecer hoje?
Rony (tímido, mas sorrindo): — Oi... eu também t? feliz. Meu pai falou muito de vocês.
Leon (olhando para os pais): — Eu queria que soubessem... eu vou ser pai de novo. A Barbara tá grávida.
Os pais de Leon se entreolham, surpresos e emocionados.
M?e de Leon: — Meu Deus... mais um neto? Isso é um sonho?
Mateo (abra?ando todos de novo): — N?o é um sonho... é a recompensa por todo esse tempo longe. A gente tem muito a recuperar.
Barbara se emociona. Rony sorri, sentindo-se parte de algo maior. Leon fecha os olhos por um segundo, como se estivesse finalmente em paz.
Leon (voz baixa, porém firme): — Eu lutei com tudo que eu tinha... Mas esse momento aqui... é a verdadeira vitória.
A mesa está posta com uma comida caseira cheirosa. Tudo simples, mas feito com muito carinho. Mateo está servindo arroz enquanto a m?e de Leon coloca uma travessa de lasanha no centro da mesa. Todos já est?o sentados, inclusive Rony, com um sorriso no rosto.
Mateo (sentando-se com um prato cheio): — Barbara, espero que goste de lasanha. O Leon sempre dizia que detestava, mas comia só pra n?o magoar a m?e dele. — ri alto
Leon (rindo e se servindo): — Eu era uma crian?a, pai! Hoje em dia eu gosto. — olha para Barbara — Mas é verdade... eu comia com a maior cara de sofrimento.
Barbara (rindo): — Ent?o é daí que vem a cara que ele faz quando prova minhas panquecas de brócolis.
M?e de Leon (sorrindo): — Ele sempre foi bom em esconder o que sentia. Forte por fora, mas com um cora??o mole por dentro. Um dia, com uns nove anos, caiu de bicicleta e quebrou o bra?o. Disse que n?o doía, mas desmaiou assim que entrou no hospital!
Rony (rindo alto): — Sério?! O pai que luta com monstros desmaia por causa de uma bicicleta?
Leon (fazendo uma careta dramática): — Isso foi na outra vida, meu jovem. Hoje eu só desmaio se o monstro tiver... sei lá... seis bra?os e soltar laser pelos olhos.
Mateo (erguendo uma ta?a com suco de uva): — Ao futuro da nossa família. à nova gera??o que vai carregar esse espírito. E a essa mulher maravilhosa que agora faz parte da nossa vida.
Barbara (emocionada): — Obrigada, Mateo. Vocês n?o têm ideia do quanto isso significa pra mim.
M?e de Leon: — Você sempre terá um lugar aqui, Barbara. Você, o Rony e esse bebê que está por vir.
Todos brindam com suas ta?as. O ambiente é leve, cheio de amor. Após o brinde, os assuntos viram risadas e memórias.
Mateo: — E lembra aquela vez, Leon, que você tentou voar do telhado com uma capa feita de len?ol?
Leon (rindo): — Eu quase quebrei o pesco?o! Rony, nunca tenta isso, hein!
Rony (de boca cheia): — Relaxa... eu já consigo voar sem len?ol!
Mateo: — Espera... como assim?
Leon: — Longa história. Depois do jantar a gente conversa sobre superpoderes, tá?
M?e de Leon: — Antes de poderes, quero é mais um peda?o dessa lasanha.
E todos caem na gargalhada de novo. A camera se afasta da cena, mostrando a família unida, finalmente em paz, com a promessa de dias melhores pela frente... mesmo com a escurid?o à espreita.
VARANDA DA CASA – NOITE, APóS O JANTAR]
O céu está limpo, com estrelas brilhando intensamente. Mateo está sentado em uma cadeira de balan?o, olhando pro céu enquanto toma um gole de chá. Leon chega em silêncio e senta ao lado dele, os dois olhando pro horizonte iluminado apenas pela lua.
Mateo (sem olhar pra Leon): — Sabe... quando você era pequeno e dizia que queria voar, eu ria... mas no fundo, parte de mim sempre acreditou que você conseguiria.
Leon (sorrindo de lado): — E você conseguiu me empurrar até onde podia, pai. Teve um tempo em que eu pensava que você era louco por me fazer treinar tanto.
Mateo (rindo baixo): — Eu era. Um pouco. Mas no fundo, eu via algo diferente em você. N?o era só for?a... era... vontade. Instinto.
Leon se encosta na cadeira, o sorriso murchando levemente, mas sem perder o brilho nos olhos.
Leon: — E agora... t? vendo isso no Rony. — Pai... ele é diferente. Muito mais do que eu já fui. Ele herdou minha for?a. Minha resistência. E ainda tem os olhos e os cabelos da Barbara. — Só que... ele n?o é só uma mistura. Ele é uma nova gera??o. Uma evolu??o.
Mateo (olha pra Leon): — Você quer dizer...?
Leon (olhando pro céu): — Ele vai ser duas vezes mais forte do que eu fui no meu auge. E n?o é só ele. Meus filhos, e talvez os filhos deles... eles v?o carregar algo ainda maior. — Poderes, pai. Verdadeiros. N?o como os que a gente treinava quando eu era moleque... mas reais. Ele voa. Ele sente o mundo em volta. Ele entende o que é proteger — mesmo com dez anos.
Mateo (sorri, emocionado): — Ent?o o que eu plantei em você... vai continuar. Vai florescer. — Nunca pensei que viveria pra ver isso.
Leon (segurando o ombro do pai): — Você plantou uma floresta, pai. — E eu prometo... que enquanto eu respirar, ela vai continuar crescendo.
Mateo (com a voz embargada): — Só me promete uma coisa...
Leon: — Qualquer coisa.
Mateo: — Nunca deixe o peso do mundo apagar o brilho nos olhos do seu filho. — Ele vai precisar do Leon que eu conheci quando era só um garoto teimoso de alma gigante. Vai precisar do pai, n?o do herói.
Leon (sorri com os olhos cheios d’água): — Prometo.
JARDIM EM FRENTE à BASE DOS SAQUEADORES – MANH?]
A grama ainda está molhada pelo orvalho. A luz do sol atravessa as folhas das árvores, criando desenhos dourados no ch?o. Marina e Mateo est?o de malas prontas, enquanto Leon, Barbara e Rony os acompanham até a nave que os levará de volta para casa.
Marina (abra?ando Rony com for?a): — Promete que vai se alimentar direito, hein? E sem sair correndo por aí sem casaco!
Rony (rindo): — Prometo, vovó! Mas n?o precisa se preocupar... eu sou forte que nem o papai!
Ela sorri e beija a testa do neto antes de se virar para Barbara e abra?á-la também.
Marina (em tom caloroso): — Cuida bem deles, minha querida. Você tem um cora??o de ouro. Foi um presente conhecer você.
Barbara (emocionada): — Obrigada... por tudo. Vocês s?o sempre bem-vindos aqui.
Mateo se aproxima de Leon, os dois se encaram com respeito e carinho. Um aperto de m?o firme vira um abra?o apertado de pai e filho.
Mateo: — Você se tornou o homem que eu sempre soube que você poderia ser. — E mais ainda. Eu me orgulho de você, Leon.
Leon: — Eu sou quem sou por sua causa, pai. Obrigado... por nunca ter desistido de mim.
Mateo dá um leve tapa nas costas de Leon, com um sorriso.
Mateo: — A gente vai estar por perto. Mas agora é sua vez de guiar. — Ensine seu filho a amar o mundo, mesmo quando ele parecer cruel.
Marina entra na nave com um aceno carinhoso, e Mateo olha mais uma vez para a família, antes de seguir também. A porta da nave se fecha suavemente, e em poucos segundos ela decola, sumindo entre as nuvens.
Leon, Barbara e Rony ficam ali, em silêncio, observando a nave desaparecer no céu. Há um ar de paz no momento.
Barbara (segurando a m?o de Leon): — Foi uma visita maravilhosa.
Leon (olhando o céu): — Foi. — E agora… é hora de continuar construindo o que eles ajudaram a plantar.
Rony segura a outra m?o de Leon, sorrindo.
Rony: — A gente vai deixar eles orgulhosos.
Os três seguem caminhando juntos, de volta para casa, sob o sol suave da manh?.
PLATAFORMA DE TREINAMENTO NA MONTANHA – TARDE NUBLADA]
O vento sopra forte entre os picos altos. O som dos trov?es ao fundo mistura-se com os gritos de águias que voam ao redor. No centro da plataforma, Leon veste sua clássica armadura escura com detalhes metálicos. Em sua frente, Rony, com express?o determinada, veste uma roupa refor?ada, sob medida, com o símbolo dos Saqueadores no peito.
Leon (com um sorriso no rosto): — Certo, Rony. Primeira li??o... controle. For?a sem controle é caos.
Rony (firme): — Eu t? pronto, pai. Quero ser como você.
Leon: — N?o. — Você vai ser melhor.
Leon ativa seu núcleo levemente, criando uma aura azul-escura ao redor do corpo. Ele ergue um bra?o e faz um gesto com os dedos. Uma pedra de duas toneladas é arrancada da montanha e levita diante de Rony.
Leon: — Concentre sua energia. Sinta seu sangue vibrar, como quando você corre... mas canalize isso pelas m?os. — Quebre essa pedra. Com o seu poder.
Rony fecha os olhos. A terra ao redor dele come?a a tremer levemente. Pequenos raios azulados come?am a surgir em suas m?os, e sua respira??o acelera. Ele dá um grito e acerta um soco na rocha.
BOOM!
A rocha racha… mas n?o quebra completamente. Ele cai de joelhos, suando.
Rony (bufando): — Eu... eu falhei?
Leon (agachando-se ao lado dele): — Você aprendeu. — O que importa agora é levantar e tentar de novo. For?a n?o se mede só no impacto. Mas na persistência.
Rony respira fundo, levanta-se e encara a pedra novamente. Dessa vez, seu olhar brilha com uma luz intensa. Ele grita mais alto e, com um segundo soco, a pedra explode em mil peda?os.
Rony (olhando para a própria m?o, sem acreditar): — Eu... consegui.
Leon (orgulhoso): — Isso foi só o come?o.
Leon ent?o voa lentamente e estende a m?o para o filho.
Leon: — Vamos aprender a voar agora.
Rony (com os olhos brilhando): — Sério?
Leon: — Você já tem a for?a. Agora vai aprender a voar por entre as nuvens como um verdadeiro guardi?o. — Como um Saqueador.
Eles sobem ao céu juntos. Rony voa de forma instável no início, mas logo se equilibra. Pai e filho dan?am entre as nuvens, com a luz do sol refletindo nos seus rostos — um novo herói nascendo sob a orienta??o do maior de todos.
CAVERNA DE TREINAMENTO SUBTERR?NEO – NOITE]
O som das gotas de água caindo ecoa pela caverna escura. Em uma grande arena subterranea, o ar está pesado e a press?o de energia é palpável. Os Saqueadores e Barbara observam de longe, mas est?o em silêncio. Na frente de Rony, uma esfera flutuante de pura energia escura brilha intensamente.
Leon (sério, com voz grave): — Rony, o que você vai enfrentar aqui n?o é só poder. é o controle total sobre ele. — O mundo lá fora vai te tentar. Vai tentar te fazer perder o controle. O seu maior inimigo n?o será outro ser com poder... será você mesmo. — Você quer aprender? Ou prefere seguir o caminho fácil?
Rony (olhando a esfera de energia com determina??o): — Eu vou conseguir, pai. Eu sou seu filho. N?o vou falhar.
Leon acena com a cabe?a e dá um passo para trás. A esfera diante de Rony come?a a crescer, ficando maior e mais intensa a cada segundo. Ela come?a a girar violentamente, como um buraco negro em miniatura. A press?o no ambiente aumenta, e Rony sente a dificuldade de respirar.
Leon: — Primeiro teste: controle total da sua energia. Você vai manter essa esfera suspensa no ar... sem deixar ela te consumir.
Rony fecha os olhos, tentando sentir a energia em seu interior. Sua aura come?a a brilhar, mas n?o é suficiente. A esfera come?a a se contrair e aumentar de tamanho de maneira descontrolada, jogando pequenas pedras nas paredes da caverna.
Rony (ofegante): — N?o... N?o posso deixar ela me controlar!
De repente, a esfera explode em uma onda de energia destruidora. Rony é lan?ado contra a parede da caverna, rasgando sua roupa e se levantando com dificuldades. O sangue escorre de seu rosto.
Leon (com um olhar de desaprova??o): — Você quase se deixou consumir, Rony. N?o é assim que você controla o poder.
Ele se aproxima do filho e estende a m?o.
Leon: — Vamos de novo. Agora, com mais calma. A energia está aí dentro de você... mas você precisa aprender a guiá-la.
Rony, com os olhos cheios de raiva e frustra??o, se levanta e come?a a se concentrar. Ele sente a dor, mas a supera. Dessa vez, ele consegue controlar a esfera por mais tempo, até que ela pare de girar e fique suspensa de forma estática à sua frente.
Leon (sorrindo levemente): — Melhor. Agora, aumente. Fique confortável com o seu poder... e expanda.
Rony faz um gesto com as m?os, ampliando a esfera e fazendo ela emitir um brilho ainda mais forte. Mas a energia come?a a se distorcer e Rony perde o controle, a esfera desintegra tudo ao redor.
Leon (gritando): — CUIDADO!
Antes que a esfera destrua toda a caverna, Leon rapidamente utiliza uma barreira de energia, parando a explos?o. O ch?o treme, mas a caverna se mantém intacta.
Leon (com um tom de voz firme): — Você tem a for?a, mas falta foco. Faltou disciplina.
Rony (respirando pesadamente): — Desculpa, pai. Eu estava t?o perto... Eu consigo.
Leon (calmando-se, com um sorriso orgulhoso): — Eu sei que você consegue. Agora, controle. Mais uma vez.
O treinamento continua com Leon guiando Rony em uma série de desafios. Eles enfrentam simula??es de combate, manipulam a energia em ambientes diferentes e tentam superar os próprios limites de resistência física e mental. Rony come?a a dominar cada vez mais o uso da energia e os ataques diretos, mas Leon sabe que seu maior desafio será encontrar equilíbrio.
CAMPO DE TREINAMENTO AO AMANHECER]
Após um longo dia de treinamento, pai e filho est?o deitados na grama alta, olhando o céu. A luz do amanhecer ilumina seus rostos, revelando um Rony mais forte e confiante, com os olhos agora mais sérios, mas ainda com aquele brilho juvenil.
Rony (com uma voz mais tranquila): — Pai, o que mais eu preciso aprender? Eu... eu me sinto mais forte.
Leon (pensativo): — Você aprendeu o essencial, mas ainda falta muito, meu filho. O verdadeiro poder n?o vem de for?a pura ou de energia. Ele vem de saber quem você é, o que você está lutando para proteger e o que está disposto a sacrificar. — Eu estive errado em muitos momentos... mas agora sei que a verdadeira for?a está no controle dos próprios sentimentos. Você tem que aprender a controlar sua raiva, a dor, e usar isso a seu favor.
Rony (olhando o horizonte com um sorriso no rosto): — Eu vou ser o melhor, pai. Eu vou te superar. — E vou proteger a nossa família com tudo o que tenho.
Leon olha o filho com um sorriso, percebendo o qu?o longe Rony já chegou. Ele toca o ombro do filho com um gesto de apoio.
Leon (sorrindo): — N?o se trata de superar ninguém, meu filho. Se trata de proteger o que mais amamos. E, se algum dia você for colocado à prova... eu estarei aqui para te ajudar, até o fim.
CAMPO DE TREINAMENTO, NOITE – RECONHECIMENTO DOS LIMITES]
A caverna onde Leon e Rony est?o treinando está mais iluminada agora, com algumas luzes de energia espalhadas pelas paredes. O ar está mais denso e o som do vento frio que entra pela entrada da caverna é cortado pelo som das energias sendo manipuladas. Rony está em pé, suando e com o rosto determinado, olhando para seu pai.
Leon (sério, mas com um olhar esperan?oso): — Rony, o que mais você precisa entender é que n?o basta ser forte fisicamente. Seu corpo, sua mente e seu espírito precisam estar em perfeita harmonia. Hoje, n?o vamos mais trabalhar com poder bruto, mas com resistência mental e controle de situa??es extremas.
Leon se afasta, seus olhos atentos ao filho, enquanto cria uma série de obstáculos no campo. Ele projeta várias imagens ilusórias de inimigos em sua mente, e elas come?am a se materializar ao redor de Rony, como uma armada de sombras e destrui??o.
Leon: — Você deve ser capaz de se manter focado no objetivo, mesmo quando a sua mente estiver sendo atacada. Esses "inimigos" n?o s?o reais, mas as emo??es e pensamentos que eles representam, sim. Medo, dúvida, frustra??o... O que você vai fazer quando eles tentarem te derrubar?
Rony se prepara, sua aura iluminando a caverna, mas a cada movimento que faz, mais inimigos parecem surgir, atacando-o com golpes rápidos e imagens aterradoras. A press?o mental come?a a aumentar.
Rony (respirando pesado, tentando manter a calma): — N?o... n?o vou deixar... eles me controlarem.
Rony avan?a com velocidade, sua aura expandindo, e come?a a acertar os inimigos ilusórios. Mas, a cada golpe, mais surgem, até que ele se vê cercado. Sua respira??o fica ofegante, a press?o mental é pesada. Ele come?a a falhar, errando alguns golpes e se tornando visivelmente frustrado.
Rony (gritando para si mesmo): — Eu n?o posso falhar! Eu sou mais forte que isso!
Ele ataca com fúria, mas os inimigos se multiplicam e o cercam mais uma vez. Rony, sentindo o peso da situa??o, cai de joelhos. Suas m?os tremem e o suor escorre de seu rosto. Ele fecha os olhos, tentando ignorar o caos ao seu redor.
Leon (observando, com um olhar sério): — Rony... você está se deixando levar pelo medo. O que você teme n?o s?o os inimigos, é sua própria incapacidade de controlar sua mente. Isso é o que te enfraquece.
Leon se aproxima e coloca a m?o no ombro de Rony, fazendo-o se levantar. Ele olha nos olhos do filho, como se o estivesse vendo pela primeira vez, n?o apenas como seu filho, mas como alguém que possui um poder imenso, um poder que precisa ser controlado.
Leon: — Você só vai conseguir vencer a batalha quando conseguir calar as vozes da dúvida, da raiva, da frustra??o. Sua mente precisa ser mais forte que qualquer ataque. N?o importa quantos inimigos apare?am, se você perder sua paz interna, perderá tudo.
Rony respira fundo, sentindo o peso das palavras do pai. Ele percebe o erro, n?o era a for?a física que estava em jogo, mas o controle de sua própria mente. Ele fecha os olhos, tomando a decis?o de se acalmar, e logo seus inimigos come?am a desaparecer.
Rony (com a voz mais calma): — Eu entendi, pai. N?o vou mais deixar que eles me controlem.
Leon (com um leve sorriso de aprova??o): — Isso. Agora, continue o treino. Você tem o poder... mas é necessário controle.
ALVO EM MOVIMENTO]
Agora, Leon coloca Rony à prova de uma maneira diferente. Ele usa sua própria velocidade e for?a para criar um alvo em movimento que Rony precisa acertar. Ele come?a a projetar clones de si mesmo, cada um se movendo em velocidades diferentes, criando um campo de batalha mais dinamico.
Leon (sorrindo, com um tom desafiador): — Se você n?o conseguir me pegar, n?o estará pronto para o mundo que está esperando por você.
Os clones de Leon se movem em alta velocidade. Rony, agora mais focado e mais rápido, come?a a dar saltos poderosos, tentando acertar cada clone. Ele come?a a ficar mais ágil, seus reflexos se aprimorando, mas os clones continuam a se esquivar, dificultando suas tentativas.
Rony (pensando enquanto tenta): — Eu preciso me concentrar... N?o posso perder o foco... Tenho que ser mais rápido...
Rony fecha os olhos por um momento, sentindo a energia fluindo dentro dele. Ele come?a a liberar mais e mais poder, seus reflexos se tornando quase instantaneos. Ele salta para o ar e, com um movimento preciso, acerta o clone mais rápido de Leon no est?mago, fazendo-o desaparecer em uma explos?o de energia.
Rony (com um sorriso de vitória): — Eu consegui!
Leon (com um olhar orgulhoso, mas sério): — Isso foi bom, mas n?o é o suficiente. O verdadeiro teste vem quando você for desafiado a proteger algo que você ama. N?o estamos apenas treinando para batalhas, mas para garantir que você estará pronto quando for necessário.
FIM DO TREINAMENTO – CAMPO ABERTO]
Leon e Rony, agora exaustos mas orgulhosos de seus progressos, se deitam na grama do campo de treinamento, com as estrelas iluminando o céu. A lua brilha forte e o silêncio da noite é preenchido apenas pelos sons do vento.
Rony (pensativo): — Pai, eu sei que ainda tenho muito a aprender, mas... sinto que estou mais forte. Vou te superar. Vou fazer o que for necessário para proteger todos.
Leon (olhando para as estrelas, com um sorriso suave): — Eu sei, Rony. E um dia, você fará isso. Mas, lembre-se, é no controle que a verdadeira for?a se encontra. Quando você alcan?ar a paz dentro de si, o resto será só uma consequência do seu esfor?o.
Pai e filho olham para o céu, a caverna distante, refletindo sobre tudo o que foi aprendido. O treinamento continuará, mas o aprendizado vai além do físico. Rony está mais preparado do que nunca, e Leon sabe que ele está no caminho certo.
CAMPO DE TREINAMENTO – MANH? CEDO]
A caverna onde o treinamento de Rony ocorre é mais ampla, e o ambiente agora está mais preparado para acomodar as novas habilidades e desafios. Leon e Rony est?o em um campo aberto, cercados por hologramas de obstáculos e alvos que testam todas as habilidades que Leon possui.
Leon (observando o filho com um olhar sério, mas orgulhoso): — Hoje vamos come?ar a trabalhar em todos os seus poderes. O treino de velocidade, resistência, for?a, voo... Tudo. Vou te ensinar tudo o que sei, mas você terá que superar os limites de tempo. Você está pronto?
Rony (com os olhos brilhando de determina??o): — Vamos, pai. Eu sei que posso fazer isso.
Leon come?a a criar uma série de desafios: ele projeta um campo de batalha com diversos elementos, desde inimigos até obstáculos naturais, como montanhas e desfiladeiros, para testar as habilidades de voo e resistência. Mas o primeiro grande teste será a for?a.
TESTE DE FOR?A]
Leon cria uma grande pedra gigante, maior que qualquer coisa que Rony já tenha visto. Ele a coloca no centro do campo e, em seguida, o desafia.
Leon (com um tom de voz firme): — Levante-a. Vamos ver se você pode suportar esse peso.
Rony olha para a pedra, sua respira??o acelerada. Ele se concentra e, com um esfor?o tremendo, consegue levantar a pedra do ch?o. Mas, ao invés de a levantar lentamente, Rony a ergue rapidamente, seus músculos se expandindo e sua energia intensificando-se em uma explos?o de poder.
Rony (gritando, com os olhos brilhando): — Eu posso! Eu sou mais forte do que você pensa!
Ele joga a pedra para longe, destruindo uma rocha à distancia. O impacto da for?a é t?o grande que a terra treme.
Leon (surpreso, mas com um sorriso orgulhoso): — Você fez isso rápido demais. Está vendo? Seu corpo já está se adaptando a cada segundo. Mas n?o se empolgue. O treinamento n?o acaba aqui.
TESTE DE VELOCIDADE E VOO]
Agora, Leon coloca um novo desafio: eles come?am uma corrida de voo. Leon decola com grande velocidade, indo da caverna até uma montanha distante e voltando, deixando Rony para trás. Quando Rony come?a a correr atrás de seu pai, ele sente uma energia nova percorrendo seu corpo, e de repente, seus pés deixam o ch?o.
Rony (surpreso, mas empolgado): — Eu estou voando!
Ele acelera, sua velocidade se tornando mais rápida do que Leon esperava. Ele ultrapassa seu pai e come?a a voar entre as montanhas, fazendo acrobacias no ar.
Leon (gritando para ele, ainda impressionado): — N?o se distrai, Rony! Concentre-se na trajetória!
Rony n?o responde, mas continua voando, seu corpo se adaptando rapidamente às mudan?as de dire??o e velocidade. Ele já tem controle total do voo em quest?o de minutos, algo que Leon demorou meses para dominar.
Leon (pensando, surpreso com a rapidez de Rony): — Isso n?o é possível... Ele... Ele está indo mais rápido do que eu fui em toda a minha vida.
TESTE DE RESISTêNCIA E CORTES DE ENERGIA]
Com a velocidade e for?a dominadas, Leon decide colocar Rony à prova com seus poderes de corte de energia. Ele cria barreiras de energia ao redor do campo, e a miss?o de Rony é cortar todas as barreiras em menos de 10 segundos. No entanto, ao usar o poder de corte, as ondas de energia causam danos ao ambiente ao redor.
Leon observa atento, criando mais barreiras conforme Rony as destrói. O garoto, agora mais preciso com seus cortes, corta tudo com facilidade.
Leon (ficando surpreso): — Eu levei anos para aprender isso... E você já dominou de uma vez.
Rony (com um sorriso, exausto mas determinado): — Eu... Eu posso fazer mais, pai.
Agora, o teste final é um desafio completo: Leon desafia Rony a usar todos os seus poderes simultaneamente. Rony, já com suas habilidades aprimoradas, se prepara para o maior desafio de todos. Ele concentra sua for?a, resistência, velocidade e corte de energia.
Com um grito de determina??o, Rony voa ao redor de Leon, acertando em cheio as barreiras de energia, cortando-as como se fossem feitas de papel. Ele ent?o acelera ainda mais, até atingir uma velocidade nunca vista, deixando rastros de luz. Enquanto isso, sua energia cresce, e ele come?a a criar explos?es de poder, desintegrando qualquer obstáculo à sua frente.
Leon (com um sorriso orgulhoso, olhando o filho superar seus próprios limites): — Você... Você conseguiu. Tudo o que eu aprendi, você já superou. N?o sei nem o que dizer.
Rony pousa na frente de Leon, exausto mas satisfeito. Ele olha para o pai, que o observa com orgulho.
Rony (ofegante, mas sorrindo): — Eu estou pronto, pai. E n?o vou parar por aqui.
Leon (apertando o ombro de Rony com orgulho): — Eu sei, filho. Você vai ser mais forte do que qualquer um, mais rápido, mais inteligente. Mas sempre lembre-se... O maior poder que você pode ter n?o vem do seu corpo, mas da sua capacidade de controlar sua mente. Só com controle você será capaz de ir além.
Enquanto o treinamento de Rony chega ao fim, Barbara está em trabalho de parto. A tens?o no ar é palpável. Todos os saqueadores, incluindo Leon e Rony, est?o na área médica, esperando ansiosamente. O momento finalmente chega, e com um grito, o bebê nasce. O choro do bebê ecoa pela sala, trazendo um sentimento de alívio e alegria para todos.
Leon (com lágrimas nos olhos, sorrindo para Barbara): — é um garoto. Ele... ele está aqui.
Barbara sorri exaustivamente, segurando o bebê nos bra?os enquanto olha para Leon e Rony. O momento é perfeito. Rony, que já é um jovem forte e determinado, se aproxima da m?e e do bebê com um sorriso radiante.
Rony (emocionado, olhando para o irm?o recém-nascido): — O que você acha, pai? Vai ser o nosso próximo herói?
Leon (olhando para a família): — Ele será o nosso futuro. Eu tenho certeza disso.
Após o nascimento de seu segundo filho, Leon e Barbara est?o sentados juntos na sala de estar, ambos olhando para o bebê recém-nascido, que está dormindo tranquilamente no ber?o ao lado. O ambiente está calmo, iluminado pela luz suave do entardecer que entra pelas janelas. Barbara, com um sorriso leve no rosto, está mais relaxada, enquanto Leon parece pensativo, com os bra?os cruzados.
Barbara (sorrindo suavemente, olhando para o bebê): — Ele é t?o pequeno e perfeito... ainda n?o consigo acreditar que agora somos uma família maior.
Leon (olhando para o bebê, pensativo): — é... agora temos mais um motivo para lutar, para proteger. Um motivo ainda maior.
Barbara olha para Leon e suspira, como se estivesse lembrando de algo importante.
Barbara (com um sorriso doce): — Temos que escolher um nome, n?o é? Mas é t?o difícil... Um nome forte, que combine com o que ele vai se tornar. N?o é algo simples.
Leon olha para o bebê, refletindo, e depois olha para Barbara.
Leon (pensativo): — Sempre pensei que, se tivermos outro filho, seria legal algo que simbolizasse algo grande, uma sensa??o de poder e luz... mas também algo que se conectasse com a for?a de nossa família.
Barbara (pensativa, balan?ando a cabe?a): — Eu concordo... Algo forte, mas também que transmita gentileza, porque ele também precisa ser uma pessoa que entenda o valor da paz. N?o podemos colocar um nome apenas com for?a, ele precisa de equilíbrio. Algo com a leveza que a gente tem. N?o sei... talvez algo como... Victor, porque ele sempre será vitorioso em tudo que fizer?
Leon (co?ando o queixo, interessado na sugest?o): — Victor é bom. é forte. Tem um significado de conquista, de triunfo. Mas talvez algo mais... mais relacionado ao futuro, algo que mostre que ele tem um destino grande pela frente. O que acha de Alec? Tem a ver com luz, com o futuro brilhante, mas também com poder. Eu gosto dessa ideia. Tem um toque de grandeza, mas é mais suave que "Victor".
Barbara balan?a a cabe?a, pensando na proposta de Leon.
Barbara (pensativa, com um sorriso leve): — Alec, hm... é bonito. Tem esse sentido de luz, de algo novo. Mas e se colocássemos algo que significasse mais a nossa história, o que a gente passou juntos? Algo que mostre a conex?o com o nosso legado, nossa for?a e tudo que ele representa para nós. Talvez... Leandro? Fica perto de "Leon", como uma continuidade da nossa história.
Leon (pensativo, sorrindo): — Leandro... Eu gosto dessa ideia, é forte, tem um toque de família. E é fácil de se lembrar. Seria uma boa maneira de manter a conex?o com o nome que eu carrego, e ao mesmo tempo ele teria seu próprio caminho. Como uma homenagem à nossa jornada. Leandro... ele vai ser t?o grande quanto a gente espera. E mais.
Barbara olha para o bebê e ent?o volta a olhar para Leon, com um sorriso amoroso.
Barbara (com carinho, colocando a m?o sobre a de Leon): — Acho que Leandro é perfeito. Ele tem o melhor de nós dois. E ele vai ter o nome certo para tudo que está por vir.
Leon sorri, abra?ando Barbara e olhando para o bebê com um olhar cheio de esperan?a e orgulho.
Leon (com um sorriso tranquilo): — Ent?o, está decidido. Nosso pequeno Leandro. Ele vai carregar o peso da nossa história, mas também ser livre para construir a dele.
Barbara (sorrindo e apertando a m?o de Leon): — é o melhor nome. O nome do futuro.
O casal fica em silêncio, observando o pequeno Leandro em seu ber?o, sabendo que a vida deles agora é mais completa do que nunca. A decis?o sobre o nome traz uma sensa??o de paz, como se a história deles tivesse se encerrado e, ao mesmo tempo, se reescrito, com um novo capítulo prestes a come?ar.
A base dos Saqueadores estava mais viva do que nunca. Treinamentos intensos, momentos de descontra??o e um calor familiar que contrastava com os tempos sombrios que haviam enfrentado. Mas mesmo na calmaria, algo invisível espreitava, como uma respira??o silenciosa atrás de uma porta fechada.
Rony agora treinava todos os dias ao lado de seu pai, aperfei?oando técnicas de combate, controle de voo e domínio da for?a. Em menos de dois anos, havia superado as expectativas de todos — até mesmo as de Leon. Sua velocidade rivalizava com a de Zeke, seus golpes já deixavam marcas profundas em materiais refor?ados e sua resistência era absurda. Rony n?o era apenas talentoso, ele era determinado.
Leandro, por outro lado, crescia em um ritmo que desafiava qualquer lógica. Aos oito meses, já corria, ria alto, e come?ava a controlar pequenas quantidades de energia — era como ver um espelho do jovem Leon, só que em vers?o acelerada. Ele ainda era uma crian?a, mas o brilho em seus olhos mostrava que algo poderoso estava se formando ali.
— Vai, Rony! Mais rápido! — gritou Leon.
Rony cruzou o campo voando em alta velocidade, desviando de mísseis de treinamento e disparos automáticos. No final da pista, girou no ar e lan?ou uma onda de choque que desativou todos os drones de uma só vez.
— Ele tá ficando bom demais — comentou Zeke, de bra?os cruzados.
— Tá ficando pronto — respondeu Leon, com um meio sorriso no rosto.
Enquanto isso, Leandro estava sentado no colo de Barbara, observando tudo. A cada explos?o ou golpe, seus olhos brilhavam com excita??o. Quando via o irm?o vencer algum desafio, batia palmas, rindo alto.
Barbara beijou sua testa.
— Vai chegar a sua vez, meu amor.
Rony estava deitado na cama, com Leandro ao seu lado. Eles conversavam baixo, no escuro, com a lua banhando o quarto com sua luz prateada.
— Um dia você vai ser mais forte que eu — disse Rony, fazendo cócegas no irm?ozinho. — Eu! Fote! — respondeu Leandro, rindo. — Vai sim… Mas só se me prometer uma coisa. — Quá? — Que vai proteger a mam?e e o papai… e o mundo.
Leandro colocou a m?ozinha sobre o peito, como tinha aprendido com Leon.
— Eu pometo.
Rony sorriu e abra?ou o irm?o. E naquela noite, ambos sonharam com o céu.
Lá, onde ninguém ousava pisar, uma silhueta se arrastava pelas rochas frias. O som era como garras arranhando metal, e os olhos… olhos que ardiam em vermelho, observavam os dois irm?os desde longe.
Uma voz rouca e baixa ecoou:
— Eles est?o crescendo rápido… cedo demais. N?o podemos deixá-los prontos.
E a sombra se dissolveu, sumindo por entre as pedras.
A manh? era serena. O sol se estendia pelos campos ao redor da base dos Saqueadores como um manto dourado. A guerra parecia distante, os gritos, as dores, os sacrifícios… tudo havia sumido por um breve instante.
Era o aniversário de Rony. Dez anos cronológicos, mas com um corpo e mente de alguém com quase dezoito. Um prodígio que n?o apenas treinava como um guerreiro, mas já carregava o espírito de um protetor.
Leon acordou cedo. Preparou tudo com Barbara. Zeke trouxe frutas de planetas distantes, Luma cuidou da decora??o. Davi programou drones para soltarem fogos sincronizados, e até Luna fez quest?o de cantar algo — mesmo com a voz desafinada, foi de cora??o.
A manh? era serena. O sol se estendia pelos campos ao redor da base dos Saqueadores como um manto dourado. A guerra parecia distante, os gritos, as dores, os sacrifícios… tudo havia sumido por um breve instante.
Era o aniversário de Rony. Dez anos cronológicos, mas com um corpo e mente de alguém com quase dezoito. Um prodígio que n?o apenas treinava como um guerreiro, mas já carregava o espírito de um protetor.
Leon acordou cedo. Preparou tudo com Barbara. Zeke trouxe frutas de planetas distantes, Luma cuidou da decora??o. Davi programou drones para soltarem fogos sincronizados, e até Luna fez quest?o de cantar algo — mesmo com a voz desafinada, foi de cora??o.
Ao cair da noite, todos estavam do lado de fora. Fogos cortavam o céu em espirais coloridas. Rony estava deitado no gramado, com Leandro sobre seu peito, olhando para as estrelas.
— Um dia… a gente vai voar entre elas, sabia? — disse Rony. — Eu vou voá com você, maninho — respondeu Leandro, sonolento.
Leon e Barbara estavam alguns metros atrás, observando os filhos com olhos brilhantes.
— Eles s?o o nosso legado… — disse Barbara. — E v?o voar muito mais alto que a gente.
No topo da base, Zeke observava em silêncio, sério. Por mais que aquele momento fosse de paz, ele sentia. No fundo… essa calmaria era só o respiro antes da próxima queda.
Era a primeira vez que os três sairiam juntos. Leon ajustava a armadura de Rony, enquanto Barbara preparava o suporte no transporte aéreo. Leandro, ainda muito novo, ficaria sob os cuidados de Luna.
O alvo da miss?o parecia simples: uma base subterranea abandonada nas ruínas do Deserto de Verkh — mas algo nas leituras energéticas havia assustado até mesmo Zeke.
— Tá nervoso, Rony? — perguntou Leon, com um leve sorriso.
— Nervoso? Eu? — Rony estalou os punhos. — Eu sou filho de quem, pai?
Barbara riu do fundo do cockpit. — Só n?o se esquece que ser filho de herói também é saber quando n?o lutar.
— Relaxa, m?e. Eu aprendi com os dois melhores.
A nave cortou o céu com velocidade. Ao descerem, um silêncio estranho dominava tudo. O vento parava. O tempo parecia segurar a respira??o.
A estrutura era antiga. Tinha sinais de batalhas de eras passadas. Sangue seco. Marcas de garras. E uma energia no ar... que parecia viva.
Leon ativou seu sensor interno. — Tem algo aqui… algo escondido.
Barbara puxou a arma. — Movimentos a nordeste… muito rápidos.
De repente, o teto explodiu.
Uma criatura saiu como um raio. Parecia feita de ossos e sombras. Tinha olhos dourados e quatro bra?os. Seu nome ecoou em suas mentes como um sussurro de morte:
“Eu sou SOTHEN… O Arauto da Fome.”
Ele atacou. Barbara desviou e abriu fogo. Rony usou o impulso para cortar o ch?o e desequilibrá-lo. Leon surgiu por trás, desferindo um soco com for?a suficiente para quebrar uma montanha — mas Sothen apenas escorregou pelo impacto.
— ISSO é o melhor que os descendentes do Instinto têm a oferecer? — rosnou ele, com uma voz que parecia vir de dentro da cabe?a de cada um.
A luta foi intensa. A criatura n?o sangrava, apenas se despeda?ava e se remontava. Mas juntos, em sincronia perfeita, a família conseguiu derrubá-lo por tempo suficiente para recolher amostras da energia e recuar.
— Essa coisa… n?o era só uma aberra??o qualquer — disse Zeke, analisando os dados. — N?o. Era uma isca — disse Leon, sério. — Est?o nos testando.
Barbara se aproximou de Leon. — Acham que os Lordes est?o voltando?
Zeke negou com a cabe?a. — N?o… isso é pior. Isso n?o vem de nenhum universo conhecido.
Rony observava o céu. Leandro dormia ao lado. Ele falou baixo, só para si:
— Se isso foi uma miss?o de verdade… ent?o agora eu sei o que é ser um herói.
Leon se aproximou, com os olhos fixos nas estrelas.
— E essa… foi só a primeira.
Capítulo 3, Ato 5: Vestígios do Desconhecido
— SALA DE ANáLISE, BASE DOS SAQUEADORES
As luzes azuis pulsavam lentamente enquanto as amostras do corpo de Sothen giravam em camaras de análise. Zeke, com os olhos fixos nos dados, murmurava:
— Isso n?o devia existir...
Leon, ao lado, cruzava os bra?os. — O que você tá vendo?
Zeke apontou para o holograma:
— Isso n?o tem estrutura genética de nada conhecido. Nem humana, nem alienígena, nem mesmo dos Lordes. é... outra coisa. — Como assim “outra coisa”? — perguntou Barbara, se aproximando.
Zeke olhou para eles com uma express?o que ele raramente fazia: medo.
— Isso parece... cultivado.
Leon, Barbara e Rony desceram aos arquivos secretos dos Saqueadores. Lá, entre documentos com mais de mil anos, encontraram registros esquecidos. Um deles, rasgado e manchado de sangue, falava sobre uma seita chamada "Os Devotos do Vazio".
— Eles acreditavam que os universos foram criados por erro. E que tudo devia retornar ao Nada — murmurou Barbara.
— E esse “Sothen” pode ser um dos emissários deles... — disse Leon, lendo a parte final do registro:
“...quando o primeiro Arauto caminhar, os outros seguir?o. E quando todos os arautos forem reunidos, o Devastador surgirá…”
— Devastador? — perguntou Rony, com a voz baixa. — Provavelmente o verdadeiro inimigo… — disse Leon, cerrando os punhos.
Os dados apontavam uma origem: Nekhar, um planeta que havia desaparecido dos mapas estelares há séculos. Leon, Barbara e Rony foram até lá com uma pequena equipe de elite dos Saqueadores.
Ao chegarem, encontraram uma superfície devastada, cheia de símbolos esculpidos em pedra — todos com o mesmo padr?o: espirais que convergiam para um ponto preto.
Dentro de uma caverna, encontraram esqueletos… alguns ainda respirando.
Criaturas presas em cápsulas organicas. Algumas sussurravam em línguas mortas. Outras… choravam.
— Isso é um criadouro — sussurrou Barbara, com as m?os trêmulas.
— Eles est?o fabricando horrores. Como o Sothen.
Leon encontrou algo entalhado na pedra:
“O primeiro já caminhou. O segundo está se formando. O terceiro observará. Quando o quarto rasgar o céu, os mundos tombar?o.”
Rony olhou para o pai. — Quantos desses tem?
Leon n?o respondeu de imediato. Ele apenas ativou o comunicador:
— Zeke… a gente precisa se preparar pra guerra.
Do topo de uma torre caída em Nekhar, uma silhueta negra com olhos vermelhos observava tudo. Sorria. Tinha garras longas, presas afiadas e um nome que ecoava no vento morto:
"ZHAL'GOTH... O Terceiro Olho."
Capítulo 3, Ato 2: A Investiga??o e o Mistério dos Lordes
Depois do ataque da criatura, Leon, Barbara, Rony, e os Saqueadores se reúnem para planejar o próximo passo. Eles sabem que algo grande está por vir, e as pe?as come?am a se encaixar com a presen?a dos Lordes ainda sendo uma amea?a constante.
Leon e os Saqueadores seguem para o local onde a criatura foi avistada, uma regi?o isolada, rodeada por uma neblina estranha e um silêncio perturbador. A área parece desolada, com marcas de destrui??o e rastros que n?o se assemelham a nada que já tenham visto antes. O ch?o está rachado e há uma energia palpável no ar, como se algo sombrio estivesse prestes a emergir.
Barbara, com seus poderes de manipula??o de matéria prima, come?a a fazer uma análise minuciosa dos rastros deixados pela criatura. "Esses padr?es... n?o s?o naturais", diz ela, seu olhar focado enquanto suas m?os tocam a terra, absorvendo informa??es do ambiente. "Tem algo aqui que n?o podemos ver à primeira vista."
Rony, curioso como sempre, tenta analisar o ar e os sons ao redor, algo que Leon havia ensinado a ele no treinamento. "Parece que há uma distor??o na energia aqui", ele comenta. "Mas n?o conseguimos identificar a fonte ainda. Algo está obstruindo nossa vis?o."
"Isso n?o é normal", Leon responde, seus olhos firmes, mas com uma preocupa??o crescente. "Mas o que me intriga é que esses rastros... s?o semelhantes a algo que vi antes. Eles têm a assinatura dos Lordes."
A revela??o de Leon faz os outros pararem. "Como assim?", pergunta Theo, olhando para ele com um olhar atento.
"Eu estive investigando. Esses rastros, a destrui??o... tem o mesmo padr?o dos ataques dos Lordes. Eles est?o ligados de alguma forma. Mas como? E por que uma criatura seria criada para se opor a nós?"
O grupo fica em silêncio, absorvendo as palavras de Leon. A situa??o se complica mais a cada momento. Uma nova amea?a, mas com raízes que se conectam diretamente aos Lordes. Algo n?o estava certo.
Barbara olha para o horizonte, seu semblante preocupado. "Eles ainda est?o entre nós. N?o sei como, mas n?o podemos baixar a guarda."
Enquanto eles continuam a investigar, o terreno ao redor come?a a ficar mais denso, mais pesado. Rony sente algo vibrando no ar, um tipo de energia negra que parece ser capaz de manipular o ambiente ao seu redor. "Pai... o que é isso? Eu n?o estou conseguindo controlar minha respira??o, o ar está pesado."
Leon sente a mesma press?o, e seus instintos de combate come?am a se agu?ar. "Preparem-se. Algo está vindo."
Nesse momento, eles percebem que n?o est?o mais sozinhos. Uma figura sombria se aproxima, saindo das sombras, sua forma distorcida como se estivesse entre o mundo real e uma dimens?o paralela. A criatura que atacou antes agora se revela completamente.
"Essa coisa... é uma cria??o dos Lordes?", pergunta Davi, sua m?o sobre a espada, pronto para reagir a qualquer movimento.
Leon observa a criatura com mais aten??o. Ela n?o é apenas um monstro aleatório. Há algo familiar nela. "Sim... isso é uma cria??o deles, mas n?o é qualquer coisa. Ela foi enviada para testar nossas for?as, para nos enfraquecer."
A criatura faz um movimento brusco, atacando com uma rapidez impressionante. Antes que alguém tenha tempo de reagir, Leon desvia e impede o golpe, usando sua super velocidade e for?a para bloquear o ataque. Mas ele n?o consegue evitar que a criatura deixe uma cicatriz profunda em seu bra?o.
"Isso... está ficando feio", diz Leon, sua voz grave. "Parece que est?o nos cercando. Precisamos descobrir o que mais eles est?o planejando."
Ao mesmo tempo, o ambiente ao redor come?a a se distorcer mais, como se o próprio espa?o estivesse sendo manipulado. A criatura continua seu ataque, mas agora, Leon está mais atento. Ele consegue finalmente usar sua for?a de maneira precisa, desintegrando a criatura com um golpe fatal. Mas ele sente que isso foi apenas uma pequena pe?a do quebra-cabe?a maior que os Lordes est?o tentando montar.
"Vamos descobrir tudo isso", Leon diz, sua voz determinada. "E quando descobrirmos o que eles est?o planejando, vamos acabar com eles de uma vez por todas."
A equipe come?a a investigar mais a fundo, encontrando fragmentos da criatura e símbolos desconhecidos gravados na terra. Esses símbolos parecem ter uma conex?o direta com os Lordes, mas eles ainda n?o conseguem decifrá-los completamente.
A tens?o continua a crescer. Leon e os Saqueadores sabem que algo muito maior está por vir. Eles est?o se aproximando de uma verdade ainda mais sombria sobre os Lordes e seus planos. A batalha final pode estar mais perto do que imaginam, e eles precisam estar prontos para enfrentar o que vem a seguir.
Leon e Barbara estavam em casa, o ambiente tranquilo, mas com a sensa??o de que algo estava prestes a mudar. O calor da luz do fim da tarde entrava pela janela, criando uma atmosfera serena. Eles estavam no jardim, com Leandro e Rony brincando próximos a uma árvore, rindo enquanto se empurravam em uma pequena gangorra.
Barbara estava sorrindo enquanto observava os meninos, com o olhar carinhoso de quem vê algo mais profundo nas a??es simples da vida cotidiana. Leon, ao seu lado, sentia uma paz rara, especialmente considerando a constante amea?a dos Lordes e as batalhas que pareciam n?o ter fim. Mas ali, com sua família, ele sentia que tudo valia a pena.
Leon e Barbara estavam sentados em um banco, com a vista do horizonte como pano de fundo. O céu estava tingido de laranja e roxo, a paisagem se estendendo por quil?metros. A conversa entre eles fluía naturalmente.
Leon: — N?o posso acreditar como eles est?o crescendo rápido. Rony já está ficando t?o forte, e Leandro… esse menino tem uma energia única. às vezes, parece que os dois têm o destino tra?ado, mas ao mesmo tempo, eu só quero que eles vivam uma vida normal.
Barbara: — Eu sei, Leon. Eu só espero que eles nunca precisem enfrentar o que enfrentamos. Mas, por outro lado, sei que n?o podemos impedir isso. Eles s?o especiais, e a vida deles será diferente. Nós, como pais, temos que prepará-los, mesmo que o medo nos consuma de vez em quando.
Leon: — Eu ficaria feliz se pudesse protegê-los para sempre, mas sei que temos que confiar que eles ter?o for?a para lutar, se necessário. Eles têm nós dois como exemplos, e isso já é algo poderoso. — Ele sorriu, olhando para os meninos brincando. — Mas, espero que a paz dure por um tempo.
Barbara olhou para Leon com carinho, seus olhos refletindo tanto amor quanto uma preocupa??o silenciosa. Ela sabia que o medo de perder a família nunca desapareceria por completo.
Barbara: — Eu sei que você faria tudo para protegê-los, Leon. Mas lembre-se de que eu também estou aqui. Juntos, somos mais fortes.
Leon: — Eu sei. Você me lembra disso todos os dias. N?o importa o que venha, vamos passar por isso, juntos.
Eles se abra?aram, um momento de uni?o em um mundo cheio de incertezas. Mas, de longe, uma sombra observava.
No topo de uma montanha distante, o Lorde da Morte estava parado, observando a cena. Sua presen?a era uma distor??o no ar, uma forma de energia pura que se ocultava nas sombras, mas ainda assim ele podia ver tudo. Seus olhos vermelhos brilhavam, focados na família de Leon. Ele n?o estava perto, mas sua observa??o era nítida, como se cada gesto e movimento fossem capturados por uma lente sobrenatural.
O Lorde da Morte sabia o que Leon representava. E agora, com dois filhos, a linhagem de Leon se tornava mais interessante. Ele n?o se importava com o amor ou a paz que existia entre eles, mas ele sabia o qu?o poderosos poderiam se tornar. Ele sabia que o tempo estava se esgotando para sua própria vingan?a.
Lorde da Morte (pensando): — T?o patéticos… achando que est?o em paz. Mas há algo sobre esses filhos. Algo diferente. Eles podem n?o ter o potencial do pai, mas a linhagem, a for?a de Leon… será algo que pode ser moldado. E quando o momento chegar, farei com que esses pequenos se tornem meus maiores instrumentos de destrui??o. Eles n?o sabem o que est?o prestes a enfrentar.
Ele deu um passo para trás, a energia ao redor dele se distorcendo. Seus planos estavam sendo moldados nas sombras. Ele sabia que a hora de agir ainda n?o havia chegado, mas a semente do medo já estava plantada.
Lorde da Morte (sorrindo maliciosamente): — Vamos ver o qu?o fortes eles realmente s?o… no momento certo. A Paz Entre a Família
A tarde continuava calma, e o som da natureza parecia embalar o pequeno momento de paz que Leon e Barbara tanto desejavam. Os meninos estavam deitados na grama, olhando para as nuvens, com Rony apontando para as formas que se formavam no céu, tentando adivinhar o que elas representavam.
Rony: — Aquela ali parece um drag?o, n?o parece?
Leandro: — N?o, eu acho que parece uma espada. Tipo aquelas que o papai usa quando luta!
Rony: — Mas drag?o é mais legal, Leandro! Uma espada pode cortar qualquer coisa, mas um drag?o... um drag?o é imortal!
Leon (rindo): — N?o, Rony, os drag?es n?o s?o imortais. Até mesmo eles têm seus pontos fracos, assim como nós.
Barbara (olhando com carinho): — Acho que o importante é saber como lidar com nossas fraquezas, n?o é?
Leandro levantou-se de repente, correndo para pegar uma bola, e logo come?ou a fazer um mini jogo de futebol com Rony. Barbara e Leon se entreolharam, sentindo a profundidade daquele momento simples. O céu come?ava a escurecer, mas o calor da família parecia preencher o ar.
Leon: — Lembra de quando você estava grávida do Rony? Eu nunca imaginei que a nossa vida seria assim. Eu ficava preocupado com o futuro, achando que tudo iria desmoronar. Mas olha agora… aqui estamos. Somos uma família, e isso é tudo o que importa.
Barbara: — Eu também pensava que viveríamos uma vida cheia de incertezas. Mas quando vejo os meninos juntos, quando vejo a nossa casa, sinto que fizemos a coisa certa. Mesmo com todas as lutas, os sacrifícios... ainda assim, temos nossa felicidade.
Eles se sentaram em silêncio, observando os filhos brincando. O vento suave balan?ava as árvores ao redor, e o mundo parecia, por um breve momento, em perfeita harmonia.
Leon (pensando, em voz baixa): — Quebrar a corrente do medo... é isso que eu quero para eles. Para que eles nunca sintam o peso da escurid?o que tivemos que enfrentar.
Algumas horas depois, Leon e Barbara estavam em casa, com os Saqueadores reunidos para uma conversa informal. A sala estava cheia de risadas e histórias, com os amigos de Leon compartilhando momentos passados. Era um ambiente leve, longe das amea?as constantes que rondavam suas vidas.
Zeke (sorrindo): — Ent?o, é sério isso? O Leandro já está mostrando os sinais, é?
Leon: — Eu n?o sei... ele tem esse fogo dentro dele, como eu tinha quando comecei. Mas é cedo para saber, ele ainda é muito novo.
Theo (rindo): — Mas você n?o acha que, com essa linhagem, ele já tem um potencial que a gente nem imagina? N?o é sempre que você tem um super-herói em forma??o dentro de casa!
Davi: — Isso sem contar o Rony. Esse já tem o sangue do Leon correndo nas veias, e está indo muito rápido. Já está quase no nível de um Saqueador veterano!
Luna: — Você sabe o que isso significa, né? Que logo, logo a gente vai estar vendo os dois em a??o, protegendo o mundo. E quem sabe, em um futuro distante, pode ser até o Leandro liderando os Saqueadores.
Barbara (sorrindo, com um olhar de orgulho): — Eles s?o ainda t?o pequenos… Mas eu vejo tudo isso neles, como vocês veem. E, para ser sincera, fico feliz de ver que há alguém além de nós dois que vai estar pronto para enfrentar o que o mundo tem reservado.
O grupo continuou conversando por mais algum tempo, a atmosfera leve e cheia de risos, um pequeno escape da tens?o que aguardava lá fora. Mas, no fundo, sabiam que, eventualmente, o peso da responsabilidade cairia sobre os ombros dos meninos. Era apenas uma quest?o de tempo.
Mais tarde, naquela noite, Leon estava sozinho, olhando pela janela de sua casa. O luar iluminava a paisagem serena, e ele pensava em tudo o que havia passado até aquele momento. Ele pensava no que seus filhos seriam capazes de enfrentar no futuro, o qu?o fortes poderiam se tornar. E, por mais que ele desejasse que eles vivessem uma vida sem preocupa??es, sabia que isso n?o seria possível.
Leon fechou os olhos, tomando um longo suspiro. Quando a paz estava ao seu alcance, ele sabia que a tempestade estava sempre à espreita. Mas n?o importava o que o futuro traria. Ele estava pronto para lutar por sua família.
Leon (pensando): — Eu farei tudo para que eles tenham a chance de viver suas vidas como quiserem. Mesmo que eu tenha que enfrentar tudo o que a escurid?o ainda esconde... nossa família será minha for?a.
O sol come?ava a se p?r no horizonte, tingindo o céu de laranja e roxo. Leon e Rony estavam prontos para sair. Barbara havia dado um sorriso de despedida, ainda preocupada com o perigo, mas confiava no poder e na habilidade de ambos.
Barbara: — N?o exagerem, ok? Só o suficiente para Rony aprender, mas cuidado, Leon. Eu n?o quero perder ninguém.
Leon (sorrindo, com um olhar de confian?a): — Fique tranquila, querida. A cidade está em boas m?os. Só vamos nos certificar de que os civis est?o seguros, e Rony vai aprender muito com isso.
Rony olhou para o pai, seus olhos cheios de determina??o. Ele estava ansioso para se provar e mostrar que estava à altura do legado de seu pai. Leon podia ver a chama da coragem acesa nele, mas também sabia que precisava equilibrar os desafios para que seu filho n?o fosse exposto a perigos que ele n?o fosse capaz de enfrentar ainda.
Ao chegarem à cidade, o clima estava tenso. Edifícios haviam sido parcialmente destruídos, e o som das sirenes ecoava pelas ruas. Um pequeno grupo de saqueadores, que sempre causava distúrbios, havia invadido a cidade. Eles estavam saqueando, mas o pior ainda estava por vir: uma horda de criaturas e criminosos estava se aproximando. Era hora de agir.
Leon (com uma express?o séria): — Vamos dividir. Eu vou ir por aquele lado e garantir que os civis estejam evacuando, você fica por aqui e dá uma olhada no que está acontecendo. Quando encontrar algum inimigo, fa?a o que tiver que fazer para se defender, ok?
Rony (com confian?a): — Pode deixar, pai! N?o vou deixar ninguém em perigo.
Leon sorriu para o filho, sabendo que ele estava pronto para essa miss?o. Ele podia ver o poder do sangue que corria nas veias de Rony, o potencial que ele tinha. Mas essa seria uma verdadeira prova de resistência.
Logo, Rony se viu no meio de um confronto. Um grupo de bandidos estava saqueando uma loja. Eles estavam armados com fac?es e machados, rindo e intimidando os civis. Rony, sentindo a adrenalina, se preparou.
Rony (gritando): — Ei, vocês n?o v?o fazer isso! V?o parar agora!
Os bandidos riram, achando gra?a da ousadia de uma crian?a tentando desafiá-los. Mas Rony n?o recuou. Ele ativou sua for?a sobre-humana, avan?ando com velocidade impressionante. Em um piscar de olhos, ele deu um soco em um dos bandidos, fazendo-o voar para trás, batendo no muro de uma casa próxima.
Bandido (gaguejando): — O que... o que é isso?!
Rony avan?ou ainda mais, usando seu treinamento de velocidade e for?a para derrubar mais dois inimigos, um após o outro. Eles n?o tinham tempo de reagir, sendo rapidamente nocauteados pelo poder do jovem.
Leon (de longe, observando e sorrindo com orgulho): — Isso aí, Rony. Agora, lembre-se de n?o deixar o emocional te controlar. Mantenha o foco.
Rony, respirando pesadamente, se virou para os civis que observavam. Eles estavam assustados, mas aliviados por verem que alguém havia se levantado para ajudá-los. Rony, sentindo a responsabilidade de proteger as pessoas, foi até eles, ajudando-os a se afastar da área de perigo.
Depois de uma breve pausa, Rony sentiu o cansa?o come?ar a tomar conta. O treinamento havia sido intensivo, mas n?o havia nada como o combate real para forjar resistência. Ele precisava de mais. Por isso, ele se dirigiu para onde seu pai estava enfrentando outra horda de inimigos.
Leon, com um olhar experiente, estava lidando com um grupo de criminosos que haviam formado uma barricada improvisada. Ele usava uma combina??o de técnicas de combate corpo a corpo e seus poderes para desarmá-los, incapacitando-os com rapidez. No entanto, a batalha estava longe de ser fácil.
Rony (gritando, de longe): — Pai! Eu estou pronto para ajudar!
Leon (olhando para o filho e assentindo): — N?o é hora de brincar, Rony! Fique atento!
Rony avan?ou, com seu corpo agora mais resistente devido ao combate anterior. Ele usou seus poderes de voo para se aproximar rapidamente, mas, ao fazer isso, um dos inimigos foi mais rápido e disparou uma flecha em sua dire??o. O impacto fez Rony cair no ch?o com for?a, mas ele rapidamente se levantou, sentindo a dor pulsar em seu corpo. Sua resistência estava sendo testada.
Rony (respirando pesadamente): — Isso n?o vai me parar... Vou continuar!
Leon se virou para ver seu filho, impressionado com a for?a de vontade que ele estava mostrando. Ele sabia que Rony estava aprendendo mais sobre suas limita??es e como superá-las.
Quando a miss?o terminou, a cidade estava mais segura, e os civis puderam respirar aliviados. Leon e Rony se reuniram ao final do dia, suados e cansados, mas com um senso de dever cumprido.
Leon (olhando para Rony): — Você fez bem, filho. Mas lembra sempre, a resistência n?o é apenas sobre o físico. A verdadeira for?a vem de manter a mente clara, de saber quando atacar e quando se proteger.
Rony (com um sorriso): — Eu sei, pai. E estou pronto para mais!
Leon: — Isso é o que gosto de ouvir. Agora vamos voltar para casa. Barbara e o pequeno Leandro devem estar nos esperando.
Ao voltarem para casa, Leon e Rony estavam exaustos, mas satisfeitos. Barbara os recebeu com um sorriso, preocupada com os ferimentos de ambos, mas também orgulhosa.
Barbara (olhando Rony): — Você está bem, filho?
Rony (sorrindo): — Estou ótimo, mam?e! Já posso até fazer mais do que isso.
Barbara: — Tenho certeza que você vai fazer grandes coisas, meu amor.
Capítulo 3, Ato 3: O Novo Desafio
Os dias se passaram, e a tranquilidade que reinava no acampamento dos Saqueadores come?ava a ser sentida como um luxo que poderia desaparecer a qualquer momento. Enquanto Leon e sua família aproveitavam os momentos juntos, a paz também parecia come?ar a se desfazer com a chegada de novos desafios, e isso se tornava cada vez mais evidente para todos.
Era uma manh? tranquila quando Yuki convocou todos os membros dos Saqueadores para uma reuni?o. O líder parecia sério, seus olhos estavam fixos na miss?o que se aproximava, como se soubesse que algo estava prestes a mudar drasticamente. Ao redor da mesa, todos os membros estavam presentes, mas uma sensa??o de ansiedade pairava no ar.
"Ou?am, pessoal," come?ou Yuki, a voz grave, "temos uma nova fase pela frente. Precisamos de um capit?o para liderar os Saqueadores em nossa próxima miss?o. E, depois de uma longa considera??o, escolhi alguém para assumir esse papel."
Os olhares se cruzaram e a tens?o aumentou quando ele fez um gesto para que alguém se aproximasse.
A porta se abriu, e um homem alto, de olhar desafiador, entrou. Seu cabelo era cortado de maneira militar, e sua postura exibia uma confian?a exagerada, quase arrogante. Ele tinha um sorriso cínico, que parecia uma mistura de desafio e desdém. Nash, como foi anunciado, estava ali para comandar.
"Sou Nash", disse ele, com a voz suave, mas cheia de superioridade. "A partir de agora, sou o novo capit?o. N?o se preocupem, n?o preciso de f?s, só de pessoas que saibam como seguir ordens."
O silêncio que se seguiu foi palpável. Leon trocou um olhar com Barbara, que também n?o parecia agradada pela atitude do novo capit?o. Rony, ao seu lado, observava com aten??o, percebendo a mudan?a na dinamica que estava prestes a acontecer.
"Isso n?o é uma democracia", continuou Nash, percorrendo o olhar por todos os Saqueadores. "Eu vou comandar. Se alguém tiver alguma dúvida, agora é a hora de expressar."
Leon estava incomodado, sua m?o cerrada em punho. Barbara sentiu a tens?o crescente ao seu lado, e sabia que aquilo poderia dar errado. Ela puxou Leon levemente para o lado, tentando suavizar a situa??o.
"N?o precisamos disso agora," disse ela, com um sorriso for?ado, tentando disfar?ar o inc?modo. "Vamos ver o que ele tem a oferecer."
Mas a verdade era que o que Nash oferecia n?o era o que o grupo precisava. Ele já deixava claro que seu objetivo n?o era agradar, mas impor sua autoridade de maneira agressiva e sem espa?o para discuss?es.
"Eu espero que todos se acostumem com isso," Nash finalizou, virando-se para Yuki, que olhou com um leve sorriso para Leon e Barbara, sem dizer uma palavra. A atmosfera estava tensa, e o desconforto era evidente.
Agora, com o novo capit?o imposto ao grupo, os Saqueadores teriam que lidar com isso e também com os novos perigos que se aproximavam. Mas, no fundo, todos sabiam que a miss?o deles estava longe de ser concluída. O que Nash traria para o grupo, ninguém sabia, mas a desconfian?a pairava no ar. Eles precisavam estar mais unidos do que nunca.
Capítulo 3, Ato 4: O Peso do Novo Líder
Após a reuni?o, o clima no acampamento dos Saqueadores ficou denso. O novo capit?o, Nash, n?o era bem-visto pelos membros do grupo, mas Yuki insistiu que ele seria crucial para enfrentar os próximos desafios. Nash n?o estava ali para ser amado ou compreendido, e isso ficou claro para todos. Seu comportamento impositivo e sua atitude arrogante geraram um distanciamento ainda maior entre ele e os membros da equipe, especialmente Leon e Barbara.
Nos dias seguintes, a lideran?a de Nash come?ou a ser posta à prova. As primeiras ordens foram confusas e desorganizadas, o que fez com que alguns dos Saqueadores questionassem sua capacidade. Enquanto isso, Leon e Barbara observavam de longe, prestando aten??o nas a??es do novo capit?o, mas também se concentrando em treinar e manter a família segura.
Uma manh?, enquanto Leon treinava com Rony, a tens?o entre Nash e o restante do grupo se tornava cada vez mais evidente. Durante um exercício de combate, Nash tentou dar ordens sem entender completamente a situa??o, fazendo com que alguns dos Saqueadores vissem suas tarefas prejudicadas.
"Você está perdendo o controle!" gritou um dos membros mais antigos do grupo, que estava visivelmente frustrado com a maneira como Nash estava conduzindo o treinamento.
Nash, no entanto, n?o se deixou abalar. Seu sorriso arrogante permaneceu intacto, e ele apenas respondeu com um simples movimento de desdém. "Se você acha que é t?o fácil, ent?o venha aqui e mostre como se faz."
A provoca??o deixou o ar ainda mais pesado. Leon, observando de longe, sabia que aquele tipo de ambiente n?o era bom para os Saqueadores. Eles precisavam de um líder que inspirasse confian?a e unidade, algo que Nash claramente n?o fazia. Barbara estava ao seu lado, com um olhar preocupado.
"Leon," ela disse em voz baixa, "isso n?o vai terminar bem."
"Eu sei," ele respondeu, os músculos tensos. "Mas n?o podemos fazer nada agora. Yuki é quem escolheu ele."
Os dias seguintes passaram lentamente, com Nash tentando se impor, mas ganhando apenas a hostilidade silenciosa dos outros. Os Saqueadores estavam come?ando a se dividir, e isso era o oposto do que o grupo precisava neste momento de crescente amea?a dos Lordes.
Enquanto isso, Leon e Barbara continuavam a treinar, e Rony, com sua for?a recém-descoberta, tornava-se uma pe?a chave para o futuro do grupo. Mas a sombra do novo líder pairava sobre todos, e Leon sentia que algo precisava ser feito para restaurar a paz e a coes?o dentro do grupo.
Uma tarde, após mais um desentendimento entre Nash e outros membros, Leon se aproximou de Yuki. O líder dos Saqueadores parecia preocupado, mas ao mesmo tempo, ele sabia que algo precisava ser feito.
"Yuki, precisamos conversar sobre Nash. Ele está dividindo o grupo," disse Leon, sua voz calma, mas firme.
Yuki olhou para ele com um olhar grave. "Eu sei. Mas ele foi escolhido por uma raz?o. Precisamos dar-lhe tempo. Ele tem o que é necessário para lidar com os desafios à frente."
"N?o podemos esperar mais tempo," Leon insistiu. "Esse tipo de tens?o pode nos destruir mais rápido do que qualquer inimigo. Precisamos estar unidos."
Yuki ficou em silêncio por um momento, observando Leon com aten??o. Ele sabia que Leon tinha raz?o, mas também estava relutante em admitir que talvez tivesse cometido um erro. O grupo estava no limite, e ele sabia que a lideran?a de Nash precisaria ser desafiada, mas n?o sabia se estava pronto para lidar com isso.
Enquanto isso, Nash continuava a desestabilizar o ambiente. Sua arrogancia e necessidade de controlar tudo estavam come?ando a afetar até os membros mais leais dos Saqueadores. Leon sabia que, se nada fosse feito, o grupo correria o risco de ser quebrado internamente, o que os tornaria vulneráveis aos ataques dos Lordes.
Naquela noite, depois de um dia exaustivo, Leon se sentou com sua família. Rony, agora com um treino mais intenso, parecia estar se acostumando com a ideia de ser um herói como seu pai. A rela??o entre pai e filho estava cada vez mais forte, e Barbara, com seus olhos cheios de orgulho, observava os dois treinos intensos.
"Você está indo muito bem, Rony," Leon disse, enquanto ajustava os punhos de seu filho. "Lembre-se de que for?a n?o é tudo. A resistência mental também é essencial."
Rony sorriu. "Eu sei, pai. Eu vou ser t?o forte quanto você, e mais."
Barbara olhou para eles com carinho. "Eu vejo o quanto você dois est?o se esfor?ando. Estou orgulhosa de vocês."
Leon sorriu, mas sua mente estava longe. Ele sabia que a verdadeira batalha n?o era apenas contra os Lordes, mas também contra as amea?as internas que surgiam dentro de seu próprio grupo. O que mais o preocupava era o fato de que a divis?o entre os Saqueadores poderia ser o maior perigo de todos.
Na manh? seguinte, Leon decidiu confrontar Yuki de vez. Se Nash n?o pudesse ser controlado, ele precisaria ser removido da lideran?a, e isso teria que ser feito de forma estratégica. O futuro de todos estava em jogo.
Capítulo 3, Ato 5: O Experimento de Nash
O dia amanheceu tenso no acampamento dos Saqueadores. A lideran?a de Nash, embora constantemente desafiada pela falta de respeito dos outros membros, n?o estava mais disposta a ser ignorada. Ele havia convocado todos os Saqueadores para um experimento, algo que ele alegava ser uma maneira de aprimorar suas habilidades e garantir que estivessem preparados para enfrentar os desafios que viriam. A promessa era de um poder aprimorado, um potencial de combate que os tornaria mais fortes do que nunca.
Leon, Barbara e os outros Saqueadores estavam reunidos na área de treinamento, um espa?o normalmente reservado para práticas físicas, mas que agora estava sendo adaptado para o que Nash chamava de "experimento". O ambiente estava carregado de tens?o. Cada membro sabia que algo n?o estava certo, mas ainda n?o podiam definir exatamente o que era.
"Esse é um teste de resistência," Nash anunciou de forma arrogante, suas m?os estendidas como se fosse um mestre de cerim?nias. "Vocês ser?o aprimorados, suas capacidades aumentadas. Todos vocês têm potencial, mas eu serei o único a guiá-los."
Cada Saqueador foi chamado individualmente para um procedimento. A primeira parte do experimento parecia ser algo simples, uma série de medi??es e exames que testavam os limites físicos e mentais de cada um. No entanto, o que os membros n?o sabiam era que Nash tinha outros planos para eles, planos que ele n?o havia compartilhado.
Quando chegou a vez de Leon, o grupo ficou em silêncio. Todos sabiam o quanto ele era poderoso, e era claro que ele seria o mais difícil de controlar. Mas Nash já estava preparado para isso. Ele observou Leon se aproximando com um sorriso frio.
"Você, Leon, será a pe?a central do meu experimento," disse Nash, sua voz fria e calculada. "Prepare-se."
Leon olhou para ele, seus sentidos já alertas. Algo n?o estava certo. A tens?o no ar era palpável, e ele n?o gostava da forma como Nash o olhava. N?o parecia ser apenas uma quest?o de treinamento.
"Eu n?o confio em você, Nash," Leon respondeu, sua voz firme. "O que você está planejando?"
Nash sorriu, um sorriso que mais parecia um aviso do que uma express?o de prazer. "N?o confie em mim. Eu apenas estou aqui para aperfei?oar o que já é bom. Vamos come?ar."
Antes que Leon pudesse fazer qualquer movimento, Nash deu um sinal para um de seus assistentes. Sem aviso, um gás anestésico foi liberado na área ao redor de Leon. Ele tentou resistir, mas o gás era eficaz demais. Seu corpo come?ou a ceder, e em quest?o de segundos, ele caiu no ch?o, inconsciente, antes que pudesse reagir.
O som de Leon caindo foi ouvido por todos. Barbara tentou correr para ele, mas foi impedida por um dos assistentes de Nash, que segurou seu bra?o com for?a.
"N?o se mova," disse Nash, ainda sorrindo, enquanto se aproximava de Leon. "Este é o melhor para ele. Você verá."
Enquanto o corpo de Leon estava imerso no sono induzido, Nash se aproximou e, com uma precis?o cirúrgica, inseriu um pequeno dispositivo em sua cabe?a. O chip era minúsculo, mas possuía uma capacidade impressionante. A cada movimento de Leon, o chip poderia ser ativado, e ele ficaria inconsciente instantaneamente. Nash agora tinha o controle total sobre o homem mais poderoso do grupo.
"Com isso," Nash murmurou para si mesmo, "ele será completamente submisso. Agora, Leon n?o terá escolha. Quando eu desejar, ele será incapaz de lutar contra mim."
Enquanto o dispositivo era implantado, o resto dos Saqueadores olhava em silêncio. Alguns estavam cientes do que Nash estava fazendo, enquanto outros estavam em total ignorancia. Mas todos sentiam a gravidade da situa??o.
Barbara, com os olhos cheios de raiva, encarou Nash com intensidade. "Você vai pagar por isso," ela disse, sua voz tremendo de raiva. "N?o pode simplesmente fazer isso com ele!"
Nash olhou para ela com um sorriso maligno. "Eu posso fazer o que quiser. Leon n?o é mais o homem que você conhece. Agora ele é minha cria??o."
Quando o procedimento foi concluído, Leon foi deixado no ch?o, ainda inconsciente. Nash virou-se para o grupo, sem qualquer sinal de arrependimento. "Agora," ele disse, "vocês podem continuar com o experimento. Mas lembrem-se: quando eu falar, todos vocês devem obedecer. Qualquer resistência será tratada da mesma maneira."
O silêncio que se seguiu foi profundo, mas todos sabiam o que estava em jogo. O líder do grupo havia dado um passo perigoso. Ele tinha tomado o controle de Leon, o mais forte de todos, e agora o destino de todos os Saqueadores estava nas m?os de Nash.
Barbara olhou para o corpo de Leon, e seu cora??o apertou. Ela sabia que o que acontecera n?o poderia ser desfeito facilmente, mas ela também sabia que n?o poderia deixar Nash vencer. Ela daria tudo para salvar Leon, e junto com os outros, lutaria contra aquele líder autoritário e implacável.
"Eu vou tirá-lo disso," Barbara murmurou para si mesma. "Eu vou fazer qualquer coisa para tirar o controle dele."
Enquanto isso, os Saqueadores se preparavam para o que viria a seguir. O experimento de Nash estava longe de ser terminado, e a verdadeira batalha pela liberdade estava apenas come?ando.
Capítulo 4, Ato 1: A Farsa do Herói
Leon acordou aos poucos, sentindo uma leve dor na cabe?a, como se algo tivesse pressionado seu cranio de dentro para fora. Ele piscou algumas vezes, ainda meio atordoado, tentando entender o que havia acontecido. Tudo o que lembrava era de estar conversando com Nash... e depois, o vazio.
Ao seu lado, Barbara observava-o com os olhos carregados de preocupa??o. Rony estava ali também, apertando a m?o do pai com for?a. Leandro, ainda bebê, dormia nos bra?os dela, alheio à tens?o no ambiente.
Leon se sentou devagar, a m?o indo instintivamente à cabe?a. — O que aconteceu comigo? — ele perguntou, encarando Barbara. — Eu lembro de ter sido chamado por Nash... depois disso, tudo ficou preto.
Barbara hesitou. Seus olhos se desviaram momentaneamente, como se estivesse decidindo se devia contar. Mas ela sabia que n?o poderia esconder isso dele. — Leon... Nash colocou algo em você. Um chip. Um tipo de controle. — Sua voz falhou, mas ela manteve o tom firme. — Ele te apagou com gás, enquanto você estava desacordado, e... te manipulou. Você estava vulnerável.
O sangue de Leon gelou. — O quê? — ele sussurrou, incrédulo. — Ele me apagou? Me... implantou alguma coisa?
— Sim — Barbara respondeu, segurando sua m?o. — Ele pode te desativar a qualquer momento, Leon. Você n?o sentiu porque... ainda é você. Você tem o controle. Mas se ele quiser, ele pode desligar você como se fosse um bot?o.
Leon se levantou num pulo, os olhos brilhando de ódio, o punho cerrando com tanta for?a que os dedos estalaram. — Eu vou matar esse desgra?ado! — rosnou. — Ele ousou tocar em mim, me controlar como se eu fosse uma ferramenta!
Ele se virou para sair, o corpo já envolvido por uma aura densa e escura. As sombras reagiam ao seu estado emocional — dan?avam, vibravam como se compartilhassem da fúria do seu dono. Mas antes que pudesse atravessar a porta, duas figuras já estavam ali: Nash e Yuki.
Nash entrou como se fosse o próprio dono do mundo, com aquele sorriso arrogante colado no rosto. — Eu imaginei que você acordaria nervoso — disse ele, casualmente. — Mas vim justamente evitar que você cometa uma idiotice.
Leon deu um passo à frente, pronto para esmagar o homem com as próprias m?os, quando Yuki se colocou no meio. — Leon, escuta — disse ele, com o rosto sério. — As coisas mudaram. Nash... convocou mais quinhentos soldados. Est?o a caminho. Os Saqueadores agora s?o um exército.
— Quinhentos...? — Leon murmurou, pasmo.
Nash cruzou os bra?os e completou: — Isso mesmo. Treinados, leais, bem armados. Com armaduras energéticas e aprimoramentos físicos. Se você quiser brigar comigo agora, terá que enfrentar todos eles. E sabe o que é pior? Eu posso te desligar antes de você sequer tentar alguma coisa. E aí, quem vai proteger a sua esposa e seus filhos?
Leon ficou imóvel. O peito subia e descia em ondas pesadas, como se tivesse que conter uma fera dentro de si. — Você é um covarde, Nash. Mexer com minha cabe?a porque sabe que n?o conseguiria me derrotar cara a cara.
— Pode me chamar do que quiser — respondeu Nash, com um sorriso frio. — Mas o fato é que agora, você é meu trunfo. Um tit? com um interruptor. E eu pretendo usá-lo... com sabedoria.
Barbara se aproximou de Leon e pousou a m?o em seu bra?o, tentando acalmá-lo. — N?o é o momento... você sabe disso. Ele está cercado. Se você agir agora, vai deixar a gente desprotegido.
Leon encarou Nash, os olhos queimando em silêncio. Por dentro, o desejo de explodir o homem era quase insuportável. Mas ele sabia. Sabia que, por enquanto, teria que jogar o jogo dele.
Yuki, percebendo o clima, suspirou. — Eu n?o concordei com tudo isso, Leon. Mas agora... estamos em guerra. E precisamos de números. Você precisa ser inteligente.
Leon abaixou a cabe?a, respirando fundo. Sua mandíbula trincada mostrava que ele ainda segurava o impulso de matar. Mas ele cedeu. Por enquanto.
— Isso ainda n?o acabou — ele sussurrou para Nash. — Você pode ter me prendido por fora. Mas aqui dentro — ele apontou para a cabe?a — eu ainda sou livre. E quando esse chip sair, você vai desejar nunca ter me tocado.
Nash apenas sorriu, virando-se para sair. — Até lá... bem-vindo ao novo mundo, Leon.
Enquanto as portas se fechavam, a sombra do que Leon se tornaria come?ava a se formar — n?o por causa do chip, mas pela raiva contida, pelo desejo de justi?a. Ele sabia que precisava ser paciente. Mas uma hora... a fatura chegaria.
E Nash pagaria com juros.
Capítulo 4, Ato 2: Sementes da Rebeli?o
A noite caiu sobre a base dos Saqueadores. As estrelas acima mal brilhavam, escondidas pelas nuvens densas e pela atmosfera de tens?o que pairava sobre todos. Apesar da estrutura militar estar mais fortalecida do que nunca, o ambiente estava diferente... pesado.
Dentro de uma sala isolada do setor médico, Barbara ajustava os sensores de Leandro em silêncio, enquanto Rony treinava em um canto da sala com controle e precis?o. Mas seus olhos estavam atentos ao relógio na parede — o tempo exato para o início do plano.
Yuki apareceu na porta, vestindo uma capa cinza e com uma express?o séria no rosto. Fechou a porta atrás de si com cuidado.
— Ele está monitorando? — perguntou Yuki em voz baixa, se referindo a Nash.
Barbara balan?ou a cabe?a. — Ainda n?o. Mas ele confia tanto nesse sistema de controle que relaxou. A vigilancia sobre Leon está automatizada agora. Se agirmos rápido, podemos encontrar o chip sem disparar alarmes.
Yuki assentiu e abriu um pequeno compartimento de sua mochila, revelando um dispositivo complexo — um scanner neural alienígena, adaptado por ele mesmo com pe?as que havia conseguido em antigas miss?es.
— Isso vai nos permitir mapear a estrutura cerebral do Leon em tempo real. Mas... — ele hesitou — se errarmos, podemos causar danos permanentes.
Barbara olhou para ele com firmeza. — N?o temos escolha, Yuki. Eu n?o vou deixar o homem que amo ser controlado como um cachorro por esse bastardo.
De repente, a porta se abriu devagar. Leon entrou.
— Estou aqui. — Sua voz estava calma, mas havia tens?o nos olhos. — Vamos acabar com isso.
Barbara o guiou até a cadeira. Leon se sentou, respirando fundo. — Você confia em mim, amor? — ela perguntou, pegando sua m?o.
— Mais do que em qualquer um — respondeu ele, com um pequeno sorriso.
Yuki posicionou o scanner sobre a cabe?a de Leon, conectando os fios ao console improvisado. A máquina come?ou a vibrar levemente, emitindo sinais pulsantes e um zumbido baixo. Imagens cerebrais apareceram numa tela flutuante.
— Aí está... — sussurrou Yuki. — Localizei o chip. Baseado na arquitetura, ele foi conectado ao lobo pré-frontal, responsável pelo controle motor. Mas... há algo estranho. — Ele apertou alguns bot?es. — Parece que há um tipo de prote??o. Se tentarmos remover diretamente, ele pode liberar uma descarga neural fatal.
Barbara segurou mais forte a m?o de Leon. — Ent?o o que podemos fazer?
Yuki ficou em silêncio por um momento. — Podemos criar um loop neural. Em vez de tirar o chip, podemos enganar ele. Fazer com que Nash pense que ainda tem controle... enquanto Leon recupera o total domínio.
— Pode fazer isso? — Leon perguntou.
— Se tivermos tempo e ninguém interromper... sim.
Barbara se levantou e trancou a porta com um código especial. — Ent?o vamos terminar isso.
O procedimento come?ou. O tempo parecia se arrastar. A cada minuto, Leon sentia pequenas pontadas na mente, como se o próprio chip estivesse reagindo à invas?o. O suor escorria da testa de Yuki, que mantinha os olhos grudados nos gráficos. Rony observava de longe, pronto para ajudar se algo desse errado.
Até que, de repente, o scanner apitou com intensidade.
— Consegui! — exclamou Yuki. — O chip ainda está lá, mas agora ele responde aos nossos comandos. Se Nash tentar desligar você, Leon... nada vai acontecer.
Leon abriu os olhos lentamente. — Eu me sinto... livre.
Barbara o abra?ou com for?a, os olhos marejados. — Você tá de volta. De verdade.
Yuki desligou o scanner e destruiu os rastros do experimento. — Agora, precisamos manter isso em segredo. Se Nash descobrir, ele pode partir para algo ainda pior. Mas se jogarmos o jogo dele... podemos vencer no momento certo.
Leon se levantou, sentindo a leveza de estar finalmente fora das correntes invisíveis. — A partir de agora... o controle é meu.
E naquela noite, nas sombras da base mais protegida do planeta, nascia a semente da rebeli?o.
Capítulo 4, Ato 4: Pris?o Invisível
A manh? surgiu com um tom dourado no céu, tingindo as janelas da base dos Saqueadores com uma luz suave e calma. Tudo parecia normal. Rony treinava no campo aberto, Barbara caminhava com Leandro no colo e Leon... Leon estava mais leve. Mais confiante. Com a sensa??o de liberdade pulsando no peito.
Ele acreditava estar livre.
Mas nas profundezas do setor de tecnologia avan?ada da base, muito abaixo do solo, Nash observava uma tela holográfica com um sorriso enviesado.
— Eles realmente acharam que podiam me enganar — murmurou ele, enquanto analisava as ondas cerebrais de Leon em tempo real. Um sinal piscava em um ponto completamente diferente do mapeado por Yuki.
— Chip no2: Ativo e estável — disse um dos cientistas subordinados a Nash. — O protocolo de disfarce cerebral funcionou. Eles removeram o chip falso... mas o verdadeiro está intacto. Invisível para qualquer scan comum.
Nash cruzou os bra?os, satisfeito. — O orgulho sempre é a fraqueza de heróis como ele. Agora Leon acredita que tem controle... e isso o torna ainda mais manipulável.
O cientista hesitou. — Mas senhor... e se ele descobrir?
Nash olhou para ele com frieza. — Ele n?o vai. O segundo chip está acoplado diretamente ao sistema límbico — a parte emocional do cérebro. Qualquer tentativa de acessá-lo vai ativar surtos de raiva, dor ou até mesmo alucina??es. Ele vai achar que está ficando louco... ou fraco. Nunca vai pensar em um segundo implante.
Enquanto isso, Leon estava no alto de uma montanha fora da base com Barbara e Rony, sentindo o vento bater no rosto. — é estranho... — disse ele, franzindo o cenho.
— O quê? — perguntou Barbara.
Leon tocou a cabe?a. — é como se algo ainda estivesse... errado. Mas talvez seja só o trauma. Sei lá. T? livre, né?
Barbara o abra?ou por trás, suavemente. — Tá sim. Você venceu isso, amor.
Mas, naquele exato momento, uma luz vermelha brilhou por menos de um segundo na íris de Leon. Um reflexo imperceptível. Um sinal de que, mesmo nas asas da liberdade... ele ainda era uma marionete, preso por fios invisíveis que dan?avam ao comando de Nash.
E ninguém, nem mesmo Leon, fazia ideia disso.
—
CAPíTULO 4 — ATO 5: O COLISEU SANGRENTO
A reuni?o foi convocada por Yuki. O sal?o principal dos Saqueadores estava lotado. Os 500 novos soldados, todos posicionados, enfileirados e imponentes, causavam uma tens?o no ar que dava para cortar com uma faca. Yuki caminhava até o centro, erguendo a m?o.
— A partir de hoje, estamos prontos para qualquer guerra. Esses soldados... s?o o auge da prepara??o — disse, com firmeza.
Mas Leon estava de pé no fundo da sala, o olhar fixo em Nash. Cada músculo de seu corpo contraído, a raiva borbulhando. Ele já havia aguentado demais.
Num rompante de fúria, Leon voou com velocidade absurda até Nash, agarrando-o pelo pesco?o e o levantando do ch?o como se fosse uma crian?a.
— VOCê ACHA QUE PODE ME CONTROLAR? — rugiu Leon, olhos completamente tomados pela escurid?o.
Barbara tentou correr até ele, mas antes que pudesse chegar perto, Nash ativou um pequeno dispositivo no bolso. Imediatamente, uma frequência t?o alta explodiu nos ouvidos de Leon que ele gritou e se contorceu, soltando Nash e caindo de joelhos. A dor era insuportável, como agulhas perfurando o cérebro por dentro.
— ISSO é POR SEGURAN?A, LEON! — gritou Nash. — VOCê é UM MONSTRO EM POTENCIAL!
Barbara tentou voar até ele, mas Nash a interceptou com um chute seco na perna. O som de osso quebrando ecoou pela sala e ela caiu no ch?o, gritando de dor.
Leon continuava se contorcendo como um animal enjaulado, os gritos rasgando o ar.
Yuki correu até Nash, tentando tomar o dispositivo.
— CHEGA, NASH! DESLIGA ESSA MERDA!
Mas Nash empurrou Yuki com for?a, tomando controle da situa??o.
Foi nesse momento que Rony apareceu.
Seus olhos brilhavam em dourado, sua aura fervia com um poder latente. Com um único grito, ele voou com tanta for?a que o ch?o rachou sob seus pés. O impacto foi direto na m?o de Nash, fazendo o dispositivo voar longe.
Leon parou de se contorcer e, num único movimento, se lan?ou até Nash e o agarrou novamente pelo pesco?o.
Mas Nash sorriu.
— Já estava na hora — murmurou.
Num piscar de olhos, os dois desapareceram, teleportados para uma arena colossal de pedra, suspensa no vazio.
Leon caiu no centro do coliseu, sozinho. Quando olhou para cima, viu todos os Saqueadores, incluindo Barbara, Rony e Yuki, presos em correntes flutuantes, observando de longe, incapazes de agir.
No alto, como um deus manipulador, Nash flutuava com um sorriso presun?oso.
— Bem-vindo à arena, Leon. — A voz de Nash ecoava com sarcasmo. — Aqui, você vai mostrar do que realmente é feito.
Dezenas de portais se abriram ao redor da arena... 500 soldados surgiram, armados com tecnologia avan?ada, olhos brilhando em vermelho, prontos para matar.
Leon ofegava, a press?o na cabe?a ainda pulsando.
— Se quiser viver... você vai ter que me entreter.
Leon entendeu o que precisava fazer. Sem pensar duas vezes, canalizou toda sua energia e explodiu sua própria cabe?a, com um golpe preciso, livrando-se do chip.
O silêncio durou dois segundos.
BOOOOOOM!
Uma onda de energia negra e vermelha explodiu do corpo de Leon. Ele havia ativado seu sétimo núcleo.
Sua cabe?a se regenerou em segundos, os olhos brilharam com puro ódio.
— Vocês... escolheram o inferno.
Ele se lan?ou sobre os soldados como uma besta sanguinária. O primeiro teve o cranio esmagado com um único soco. O segundo foi partido ao meio com um corte de energia. O terceiro explodiu antes de sequer tocar o ch?o.
Sangue voava em todas as dire??es. órg?os eram arremessados como carne moída. Gritos, ossos quebrando, metal sendo rasgado, tudo preenchia a arena como um concerto macabro.
Leon era imparável. Rasgava os soldados como papel. Esfaqueava com os próprios ossos regenerados em forma de laminas. Quebrava colunas vertebrais com as m?os nuas. Estava em um transe de pura fúria.
Nash continuava observando, impassível.
— Vamos ver quanto tempo você aguenta antes de implorar para morrer — sussurrou, e come?ou a invocar Golens de pedra viva e lava negra.
Leon nem hesitou.
— VENHAM TODOS! EU SOU A MORTE DE VOCêS!
E assim continuava a carnificina.
A poeira se levantava com os corpos. Leon n?o parava. Seus olhos estavam tingidos de um vermelho denso, como se sangue tivesse substituído a íris. A energia que pulsava dele queimava o ch?o, rachava o coliseu em fragmentos e transformava o ar em vapor tóxico.
Cinquenta soldados já haviam morrido.
Suas tripas se espalhavam pelo ch?o como cordas encharcadas. Bra?os decepados, cabe?as explodidas, corpos partidos no meio. A fúria de Leon era quase demoníaca.
No alto, Barbara gritava:
— LEON! PARA! VOCê VAI SE PERDER! — lágrimas corriam por seu rosto, e o cora??o parecia que ia sair do peito. Ela se debatia nas correntes que a prendiam, seus punhos ensanguentados por tentar escapar à for?a.
Rony, preso ao lado dela, estava desesperado.
— Ele... ele n?o vai aguentar muito tempo. Ele tá usando núcleo demais!
Yuki, ferido, tentava manter a calma, mas até ele suava frio.
— Isso n?o é só um massacre... Nash tá querendo quebrar ele por dentro.
Enquanto isso, lá embaixo...
BOOM!
Um dos golens caiu do céu com os dois bra?os estendidos. Leon foi arremessado por dezenas de metros, atravessando uma fileira de soldados como uma bala atravessa vidro.
Quando parou, seu corpo estava coberto de sangue — n?o só dos outros... mas do próprio Leon também.
Ele tossiu, cuspindo sangue. Partes de sua pele estavam queimadas pelos golpes, sua perna esquerda estava deslocada. Mas ele sorriu.
— Tá achando... que isso aqui é o meu limite?
Um estalo.
Leon girou a perna com as m?os e a encaixou de volta com um grito grotesco. O osso rangeu. Um dos olhos estava parcialmente pendurado. Ele rasgou um peda?o do uniforme e o amarrou em volta da cabe?a.
— Vocês querem guerra... ent?o v?o ter.
Um dos golens investiu. Gigante. Bra?os como torres, corpo feito de pedra fundida com metal vivo. A boca cuspia lava.
Leon correu, pisando em cima dos próprios inimigos mortos. Num salto, cravou os dedos nos olhos do golem, puxando sua cabe?a inteira com for?a bruta, arrancando o topo do cranio da criatura. A lava jorrou como uma fonte de sangue fervente, queimando tudo ao redor — menos ele.
Dois soldados vieram por trás.
CRAC!
Leon virou o pesco?o de um com a m?o esquerda, e enfiou os próprios dentes no pesco?o do outro, arrancando um peda?o da jugular.
Gore. Real. Cru. Sem freio.
No alto, Rony estava surtando.
— ELE VAI MORRER! ELE VAI EXPLODIR SE CONTINUAR ASSIM!
— Ele já passou do limite... — murmurou Yuki. — Isso é o resultado do chip, dos núcleos, da raiva. O Nash... fez ele virar uma máquina.
Barbara gritava, as m?os cobrindo a boca, com sangue escorrendo de tanto tentar soltar as algemas energéticas.
— LEON, POR FAVOR! VOLTA PRA GENTE!
Lá em cima, Nash observava com um sorriso sádico.
— Isso... isso sim é entretenimento.
Mais três golens desceram. Agora feitos de energia negra e metal vivo. Mais ágeis. Mais brutais.
Leon girou o corpo e estendeu os bra?os. Dois cortes energéticos saíram de seus punhos, atravessando os golens no meio. Um deles ainda tentou se recompor, mas Leon já estava em cima dele, chutando sua cabe?a contra o ch?o até virar uma polpa incandescente.
O ch?o da arena agora era um lago de sangue. Os gritos ecoavam, misturados aos sons de ossos partindo, carne rasgando, e o rugido sobrenatural de Leon em modo quase feral.
Rony fechou os olhos e chorou.
— Ele n?o é mais só meu pai... ele é o monstro que todos temem.
Barbara segurou a m?o do filho, apertando forte.
— Mas ainda tem o cora??o... eu sei que tem. Ele tá lutando por nós.
Lá embaixo, Leon, coberto de sangue, respirava ofegante.
Já eram centenas de corpos ao redor. Seu uniforme rasgado, pele exposta em vários lugares. Mas seus olhos, apesar da loucura... ainda tinham algo.
— Eu vou voltar pra casa... com vocês.
Ele se levantou de novo.
A luta ainda n?o acabou.
Leon arfava, mas seus punhos continuavam cerrados. Seu rosto era uma pintura macabra — dentes vermelhos, cabelo empapado de sangue, e o corpo coberto por uma combina??o grotesca de carne, metal, e cortes pulsando. Ao redor, uma pilha de mais de duzentos corpos, retorcidos, esmagados, estra?alhados.
Do céu, mais soldados caíam. Com armaduras negras energizadas, armas que pareciam brotar do inferno, e implantes cibernéticos em forma de laminas saindo dos bra?os.
Um rugido abafado ecoou da garganta de Leon.
— VEM TODO MUNDO ENT?O, CARALHO!!! —
E vieram.
DEZ... VINTE... CINQUENTA DE UMA VEZ.
Leon girou o corpo como uma furac?o de sangue. Sua m?o atravessou o est?mago de um, puxando o intestino como uma corda. Com ele, girou e la?ou o pesco?o de outro, arrancando a cabe?a com a for?a da chicotada.
Um terceiro soldado cortou o rosto de Leon com uma lamina de plasma — a pele derreteu instantaneamente no lado direito. Leon gritou, mas usou a dor como impulso: agarrou a lamina com as próprias m?os, mesmo queimando os dedos, e a quebrou ao meio com os dentes.
O sangue dele já evaporava de t?o quente que estava.
Do alto, Nash ria, bra?os cruzados.
— Vamos ver quanto tempo você aguenta, heróizinho.
BOOM!
Um golem ainda maior caiu na arena. Este tinha três metros de altura, bra?os como martelos, e olhos que brilhavam em vermelho carmesim.
Leon correu, mesmo com o corpo quebrado. Saltou, socando o peito do monstro com tanta for?a que o ch?o afundou.
Mas o golem reagiu.
CRACK!
O bra?o esquerdo de Leon foi torcido ao contrário. A dor foi surreal. Ele cambaleou, sangue jorrando. O golem ergueu o punho para esmagá-lo.
— LEON!!! — gritou Barbara, desesperada.
MAS FOI ENT?O...
Leon usou os dentes para morder o próprio ombro deslocado, e puxou o bra?o de volta pro lugar, num estalo grotesco. Gritando com fúria pura, ele saltou direto no rosto do golem, cravando os dedos pelos olhos e explodindo o cranio de dentro pra fora.
CéREBRO MISTURADO COM LAVA, estourou como uma melancia. Fragmentos do golem foram lan?ados pra todo lado.
Rony, preso, assistia boquiaberto.
— ...Ele virou um deus da guerra.
Leon, coberto por peda?os de carne, metal e tripas, caiu de joelhos por um segundo. Mas n?o descansou.
Mais três golens vinham, acompanhados de mais cem soldados, todos armados com canh?es de plasma e laminas bi?nicas.
— ...Preciso de mais.
ELE GRITOU. E ENT?O, MAIS UM NúCLEO ATIVOU.
O TERCEIRO.
Seu corpo explodiu em luz escarlate, sua pele queimava, regenerava, e rachava. Músculos aumentaram. As veias pulsavam como rios. Um novo par de olhos brancos e brilhantes abriu-se no centro da testa.
— Vocês acham que isso é luta? Isso aqui é GUERRA!
Leon desapareceu.
Velocidade absurda. Som sumindo. Corpos explodindo em sequência.
Golens cortados ao meio com um único gesto. Soldados partidos como bonecos. Sangue escorrendo do teto.
Uma camera flutuante de vigilancia mostrou a cena para todos os membros dos Saqueadores espalhados pelo mundo.
A frase que ecoou em todos os comunicadores foi:
"Leon é um monstro. Um monstro que está do nosso lado."
No céu, Nash come?ava a ficar sério.
— Se ele matar todos os 500... eu vou ter que descer lá.
Yuki tentava contato por rádio com a arena, mas a frequência estava bloqueada.
— Aquele desgra?ado do Nash trancou tudo. Ele tá usando Leon como experimento de combate total.
Barbara caía de joelhos, exausta, com lágrimas escorrendo.
— Por favor... volta... volta logo...
Enquanto isso, na arena…
Mais 100 soldados foram mortos. Restavam pouco mais de 150.
O ch?o parecia o cenário do apocalipse. Os corpos formavam uma muralha de sangue, peda?os de membros voavam a cada segundo. Um soldado tentou fugir, mas Leon pulou em cima dele e entrou com o punho pela boca do homem, saindo pela nuca, puxando o cérebro junto.
O olhar de Leon? Um vácuo entre raiva e dor.
Mas no fundo...
Ele ainda lutava por eles. Por Barbara. Por Rony. Por Leandro. Por todos.
Mesmo que tivesse que matar o mundo inteiro pra isso.
A arena agora era um campo de ossos quebrados, sangue escorrendo e tripas abertas como serpentes rastejantes no ch?o. Os últimos 150 soldados estavam paralisados de medo. A figura de Leon no centro — coberta por sangue seco e vapor de energia nuclear — era a imagem do fim dos tempos.
Ele caminhava, lento.
O som de seus passos era abafado pelos ossos esmagados no ch?o.
— Um por um... — murmurou ele, com voz grave.
O primeiro correu. Leon surgiu atrás e arrancou sua mandíbula com uma cotovelada. Em seguida, cravou os dedos nos olhos do homem e puxou o cranio inteiro pra fora, deixando o corpo cair de joelhos.
O segundo tentou implorar por sua vida.
Leon olhou nos olhos dele, e sussurrou: — Vocês sabiam o que estavam fazendo.
Ele ent?o agarrou as pernas do soldado, girou no ar e o partiu ao meio, espalhando sangue como uma tempestade.
Os próximos dez tentaram atacar juntos.
Leon ergueu o punho e golpeou o ch?o, fazendo uma onda de energia partir as pernas de todos eles em uma explos?o devastadora. Um a um, rastejando e gritando, foram pisoteados e esmagados, enquanto o sangue formava uma nova piscina ao redor do anti-herói.
Mas ent?o...
Leon avistou um dos soldados mais fortes — um comandante equipado com laminas de plasma duplas.
Leon sorriu.
— Eu conhe?o essa espada...
Era a mesma que ele havia visto em um antigo campo de batalha. O homem veio com tudo, tentando cortar a garganta de Leon.
Leon desviou, e ent?o usou o bra?o para quebrar as costelas do inimigo com apenas um giro. O homem caiu de joelhos, cuspindo sangue.
Foi aí que Leon se lembrou de algo...
Do machado que havia conquistado ao derrotar o Lorde das Trevas. Um artefato negro, com inscri??es antigas e aura maldita.
Ele olhou pro lado. O machado estava lá. Cravado no ch?o.
Leon agarrou o soldado pelo cabelo, o arrastou com brutalidade e...
— Quer saber o que é puni??o divina?
CRAAACK!!!
Ele enfiou a cabe?a do homem direto no machado, atravessando o cranio de cima a baixo, fazendo o sangue jorrar em todas as dire??es.
A cabe?a ficou cravada no machado como um troféu infernal.
Leon ent?o pegou a espada do próprio soldado e, com um só movimento...
— VAI COM ELE. —
ZAAAAAAASH!!!
Cortou a cabe?a.
O corpo tombou de lado, e a cabe?a ficou presa na lamina do machado como um adorno grotesco.
Os últimos trinta soldados gritaram em panico e tentaram correr.
Mas Leon sumiu numa velocidade invisível, aparecendo no ar, caindo como um meteoro, despeda?ando o ch?o e pulverizando os corpos.
Em menos de um minuto, todos estavam mortos.
Silêncio absoluto.
No céu, Nash já tremia. Ele n?o achava que isso aconteceria. Ele achava que controlava Leon.
Mas agora... Leon era imparável.
BOOOOM.
Leon voou na velocidade da luz, quebrando a barreira do som, e em menos de um segundo apareceu no laboratório, agarrando Nash pelo colarinho.
— TIRA. O. CHIP. AGORA.
Nash tentava manter a pose arrogante, mas sua voz tremia:
— V-você tá ficando louco, Leon...
Leon apertou seu pesco?o, com os olhos completamente brancos e pupilas pulsando energia escarlate.
— Eu n?o vou repetir.
Desesperado, Nash digitou os comandos. O sistema fez um som: "Chip cerebral removido."
Leon o soltou... por um segundo.
— Agora... teletransporta a gente.
— O quê? — Nash engasgou.
— PARA A ARENA. Eu quero que todo mundo veja.
Com medo, Nash obedeceu.
FLASH!
Eles surgem no centro da arena. O céu vermelho-sangue cobria os corpos espalhados. Todos os Saqueadores, inclusive Barbara, Yuki, Rony, Leandro e Luna, assistiam.
Leon virou-se para o público.
— ISSO é O QUE ACONTECE QUANDO VOCêS BRINCAM COM A LIBERDADE DE UM HOMEM.
Ele agarrou Nash pelo pesco?o, suspendeu no ar com apenas uma m?o.
Nash chorava, esperneava.
— Por favor, n?o... eu tava tentando... ajudar... eu...
— Cê Já FEZ O MAL QUE TINHA QUE FAZER.
Leon ent?o esticou o bra?o livre, encheu de energia, e...
— ACABOU. —
BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!!
A m?o de Leon esmagou o cranio de Nash, explodindo os miolos como uma bomba.
Sangue, ossos e peda?os de cérebro caíram do céu como chuva maldita.
O corpo sem cabe?a tombou no ch?o.
Silêncio mortal.
Leon olhou ao redor. Caminhou até Barbara, coberto de sangue. Ela o abra?ou. Chorando.
— Você tá livre agora... — ela sussurrou.
Leon fechou os olhos. E pela primeira vez desde o massacre...
Ele respirou em paz.
Após a execu??o de Nash, a arena caiu num silêncio profundo.
Os soldados restantes dos Saqueadores observavam o corpo sem cabe?a de seu ex-líder, e ninguém ousava falar. Alguns estavam em choque, outros… aliviados. A tens?o que Nash havia trazido consigo estava finalmente desfeita com sangue.
Leon ficou parado no centro da arena por alguns segundos. Seu peito subia e descia devagar. O sangue pingava de seus dedos, escorria pelo seu rosto… Mas seus olhos n?o carregavam fúria. Carregavam vazio.
Foi ent?o que Barbara caminhou até ele, com passos lentos, e o envolveu num abra?o apertado, como se abra?asse um monstro... e ao mesmo tempo o homem que ela amava.
— Você fez o que tinha que ser feito, Leon... — ela sussurrou, com a voz falha. — E eu t? aqui... a gente tá aqui. Com você.
Logo atrás, Rony e Leandro vieram correndo. Rony, mesmo ainda meio assustado com a fúria do pai, o abra?ou por trás. Leandro segurou a m?o ensanguentada de Leon.
— Papai... você tá bem agora?
Leon fechou os olhos, ajoelhou no ch?o, e puxou os dois filhos para junto de si. Ali, naquele instante... o instinto assassino sumiu. Ele voltou a ser um pai. Um marido. Um homem.
Yuki se aproximou também, com um olhar calmo e sereno.
— O que aconteceu aqui foi horrível… mas foi necessário. — ele disse. — Nash n?o era o futuro dos Saqueadores. Você mostrou isso pra todos, Leon.
— E agora? — Leon perguntou, de cabe?a baixa. — Eu explodi a cabe?a de alguém na frente de todo mundo. E tem algo... ainda dentro de mim.
Barbara olhou pra ele com seriedade.
— O chip. Ainda tem um dentro de você... mesmo que esteja desativado. A gente vai remover isso. Agora.
Algumas horas depois, Leon estava deitado numa cama cirúrgica. Barbara estava ao lado dele, segurando sua m?o. Yuki autorizou o melhor neurocientista dos Saqueadores para o procedimento.
— Encontramos um segundo dispositivo. Discreto, minúsculo… mas real. Nash havia escondido ele entre os impulsos sinápticos, fingindo que era apenas um transmissor desativado.
Barbara cerrou os punhos.
— Eu quero ele fora da cabe?a do meu marido.
O procedimento come?ou. Luzes azuis se acendiam. O chip, camuflado, come?ou a piscar lentamente quando identificado.
— Pronto, estamos localizando o ponto exato de conex?o... e…
CLACK.
O chip foi removido.
Leon abriu os olhos lentamente. Sentia como se uma névoa tivesse se dissipado dentro de sua mente.
— Tá feito. — disse o médico.
Barbara segurou o chip na m?o, observando aquele pequeno fragmento metálico que quase tirou tudo do homem que ela amava.
Ela jogou no ch?o e pisou em cima com for?a.
— Agora sim... você tá livre de verdade.
Leon sorriu pela primeira vez em muito tempo. Um sorriso cansado, mas verdadeiro.
— Obrigado... por n?o me deixarem sozinho nisso.
Capítulo 5, Ato 2: Reconstru??o e Promessas
A base dos Saqueadores estava em peda?os. O campo de treinamento, as áreas médicas, as torres de defesa… tudo havia sido destruído ou danificado durante os ataques de Nash, seus soldados e os golems colossais. Mas mesmo com tanta destrui??o, o espírito de uni?o permanecia firme. Todos, desde os soldados rasos até os veteranos dos Saqueadores, juntaram-se para reconstruir o lugar que chamavam de lar.
Leon, após a remo??o do segundo chip e dias de recupera??o intensiva, finalmente conseguia caminhar com tranquilidade pelos corredores. Suas feridas cicatrizavam lentamente, mas seu olhar já n?o era mais o mesmo: havia uma calma rara em seus olhos, uma paz silenciosa... e amor.
Barbara caminhava ao lado dele, observando os trabalhadores reconstruírem os port?es da base. O cheiro de concreto fresco e metal quente pairava no ar. Ela segurou sua m?o com delicadeza, e Leon apertou suavemente a dela.
— Tá tudo se reconstruindo... n?o só a base — Leon disse, olhando para o céu cinzento, ainda manchado pelo caos recente. — Mas também eu. Por dentro.
Barbara sorriu, inclinando a cabe?a no ombro dele.
— E agora você tá livre... de tudo. Dos chips, das correntes. Finalmente.
Leon parou, respirou fundo e a olhou com intensidade.
— Sabe o que eu tava pensando?
— O quê? — ela perguntou, erguendo uma sobrancelha com curiosidade.
— Que a gente devia se casar. Mas n?o só casar... fazer algo bonito, algo nosso. Aqui mesmo. Na igreja da base dos Saqueadores. O lugar onde tudo come?ou... e renasceu.
Barbara ficou em silêncio por um instante, os olhos se enchendo de brilho.
— Você tá falando sério? Um casamento... aqui?
— Com todos que importam por perto. Com Rony, Leandro, nossos amigos... até os sobreviventes da batalha. N?o seria só nosso casamento, seria um símbolo. Um novo come?o.
Barbara sorriu, emocionada, e pulou nos bra?os de Leon, abra?ando-o com for?a.
— Ent?o vamos planejar. Vai ser o casamento mais bonito que essa base já viu.
—
Nos dias seguintes, enquanto a base era reformada, Leon e Barbara dedicaram tempo para organizar cada detalhe. Rony e Leandro participavam também, empolgados. Rony ajudava decorando as laterais da igreja com bandeiras feitas à m?o. Leandro — ainda pequeno — se divertia brincando com os tecidos que seriam usados no altar.
Yuki cedeu a igreja da base sem hesitar. Os Saqueadores, gratos a Leon, se ofereceram para ajudar com tudo: montagem de palco, decora??o, comida, música. Pela primeira vez em muito tempo, sorrisos surgiam espontaneamente pelos corredores.
Era o come?o de um novo capítulo.
Capítulo 5, Ato 3: Ecos de Um Novo Amanh?
Sentados na varanda da base dos Saqueadores, Leon e Barbara observavam o p?r do sol tingindo o céu com tons dourados e alaranjados. A base estava mais silenciosa do que o normal — talvez fosse o efeito da reconstru??o, talvez o peso do que todos haviam passado. Mas, para Leon e Barbara, havia uma brisa diferente no ar: a sensa??o de paz. Ainda que breve… era real.
Barbara apoiou a cabe?a no ombro de Leon e sorriu.
— Sabe... com tudo o que a gente passou — ela come?ou — eu nunca achei que teríamos tempo pra pensar nisso. Mas agora que as coisas acalmaram...
Leon olhou pra ela com o mesmo olhar que tinha quando a viu pela primeira vez, e completou:
— Tá pensando no mesmo que eu?
— Casamento — responderam os dois ao mesmo tempo, rindo.
Barbara apertou levemente a m?o de Leon. — Eu quero que seja na igreja da base… aquela que reconstruíram perto dos jardins, lembra?
Leon assentiu. — é perfeita. Simples, mas cheia de significado. Vai ser o nosso recome?o.
Os dias seguintes foram tomados por preparativos.
Rony ficou encarregado de chamar os Saqueadores mais próximos — os que sobreviveram e que agora eram parte da família. Leandro, curioso e cheio de energia, ficava testando os ternos no quarto, mesmo sem entender o motivo da cerim?nia. Barbara escolheu um vestido branco que parecia fundir elegancia e for?a, com detalhes inspirados nas flores da base, que só nasciam após tempestades. Leon, por outro lado, n?o ligava tanto pro terno — desde que fosse confortável o suficiente para ele lutar, caso algum Lorde aparecesse de surpresa.
Yuki, que agora via Leon como o verdadeiro cora??o dos Saqueadores, aceitou ser o mestre de cerim?nias. — Vou manter tudo sob controle — disse ele — inclusive os que chorarem. Olhou para Davi de canto de olho.
A base come?ou a ganhar vida. Cada peda?o reconstruído agora ganhava cor, adornado com bandeiras brancas e detalhes em dourado. As crian?as treinadas por Barbara ajudavam a montar o altar improvisado com placas de a?o recicladas, e até mesmo os soldados mais carrancudos contribuíram carregando flores ou ajustando cadeiras.
— Nunca pensei que veria algo assim aqui — comentou um deles. — Amor… no meio da guerra.
Barbara observava a movimenta??o, segurando Leandro nos bra?os, com Rony ao lado. Leon surgiu com um sorriso largo no rosto, pegando Rony no colo e beijando a testa dos dois. — A gente n?o pode mudar o passado… mas pode construir o que vem pela frente.
— E se os Lordes voltarem? — perguntou Rony, curioso.
— Eles v?o — disse Leon, com firmeza. — Mas quando isso acontecer… vamos estar prontos. Juntos.
Capítulo 5, Ato 4: Convites e Preparativos
Três dias se passaram desde que a decis?o foi tomada. E na base dos Saqueadores, o clima de batalha deu lugar a algo raro… felicidade. O casamento de Leon e Barbara se espalhou como uma onda entre todos os aliados — um sinal de esperan?a em meio aos escombros.
O céu estava limpo naquela manh?. Pássaros metálicos — uma cria??o de Davi e Luna — sobrevoavam a base entregando convites estilizados com o bras?o pessoal de Leon: o símbolo do “Instinto”, esculpido em prata e tecido negro. Cada convite era gravado com uma frase simples:
"Mesmo em meio ao caos, o amor floresce. Leon & Barbara convidam você para um novo come?o."
Os convites foram enviados para todos os nomes que marcaram a vida dos dois.
— Luna recebeu o dela no topo da torre de vigia, e sorriu ao ler. — Finalmente… — Theo, agora mais recluso, ficou em silêncio por um momento antes de guardar o convite com cuidado em uma gaveta. — Yuki estava ajudando a montar o altar e nem precisou de convite, mas Leon fez quest?o de entregar em m?os. — Mateo e Marina, pais de Leon, ficaram emocionados ao saber da notícia. — Até alguns antigos inimigos que haviam se redimido foram convidados — como uma forma de selar novos tempos.
A igreja improvisada dentro da base estava quase irreconhecível. As flores trazidas por Barbara formavam um corredor natural, e Rony treinava sua entrada como pajem com a espada de madeira na m?o, orgulhoso.
— Eu vou proteger o casamento! — gritava, fingindo lutar contra inimigos invisíveis.
Leon e Barbara, por sua vez, estavam lado a lado observando o progresso. Leon com um sorriso cansado, mas verdadeiro. Barbara com os olhos brilhando, acariciando a barriga onde crescia o próximo herdeiro de poder.
— Acha que vai chover? — ela perguntou, olhando pro céu. — Nem se o próprio Lorde da Morte mandar uma tempestade — Leon respondeu, com aquele tom firme de sempre. — Hoje vai ser só nosso.
Davi e Luna cuidavam da música. Theo ajudava com as luzes. Yuki organizava os assentos com uma prancheta na m?o e express?o irritada com os atrasos. — Se mais um convidado disser que quer “sentar mais perto pra ver melhor a noiva”, eu jogo pro último banco! — resmungou.
Leandro, ainda bebê, dormia no colo de Marina, enquanto Mateo observava os últimos retoques na seguran?a com o velho olhar protetor.
— Ainda parece um sonho ver meu filho chegando até aqui — disse o pai de Leon.
— Ele é mais do que isso — respondeu Marina. — Ele é a prova de que mesmo quando o mundo tenta nos quebrar… a gente levanta mais forte.
E a cada segundo que passava, a base se enchia com mais risadas, vozes conhecidas, e uma sensa??o de que aquele momento n?o era apenas um casamento. Era um símbolo.
O símbolo de que o amor — mesmo entre guerras, poderes e tragédias — ainda podia ser o que salvava tudo.
Capítulo 5, Ato 5 — Tranquilidade Antes da Promessa
Os dias que seguiram foram de paz. Pela primeira vez em muito tempo, Leon n?o acordava com o som de sirenes, gritos ou alarmes. Em vez disso, era o riso suave de Barbara na cozinha, preparando algo especial para ele e os filhos, ou o calor do sol tocando seu rosto pela janela da base dos Saqueadores. A guerra parecia distante — como se o universo tivesse dado a ele uma pausa merecida.
Na primeira manh? tranquila, Leon acordou e se virou para o lado, encontrando Barbara ainda dormindo. O cabelo dela se espalhava pelo travesseiro, e seu rosto estava sereno. Ele sorriu, acariciando a bochecha dela com delicadeza. Ela murmurou algo e se aconchegou nele. Leon a abra?ou forte, sussurrando: — Você é meu lar, Barbara.
Mais tarde, eles saíram juntos, de m?os dadas, caminhando pelos jardins da base. Rony e Leandro estavam correndo por ali, brincando, com uma energia contagiante. Barbara e Leon apenas observavam, sentados num banco. Ela recostou a cabe?a no ombro dele. — Nunca pensei que viveria algo assim… — ela disse. — Nem eu — Leon respondeu. — Mas se é um sonho… que dure pra sempre.
Naquela noite, Leon preparou o jantar. Era desajeitado com panelas, mas tentou com todas as for?as. Fez uma massa simples com molho — quase queimou — mas o esfor?o fez Barbara rir. Ela gravou tudo com um dispositivo da base, dizendo que mostraria pros filhos no futuro. — Esse é o herói mais poderoso da Terra… sendo derrotado por uma panela — ela brincou. — Derrotado por amor, isso sim — respondeu Leon, roubando um beijo dela no meio da cozinha.
No segundo dia, eles fizeram um piquenique na área mais alta da base, com vista para o p?r do sol. Leandro dormia no colo de Barbara, e Rony ajudava Leon a montar a toalha no ch?o. Eles comeram frutas, doces que Barbara trouxe da cidade, e apenas conversaram sobre o futuro — sem planos de batalha, sem táticas de guerra. Só... a vida. — Depois do casamento, quero que a gente viaje. Só nós quatro — Barbara disse, com os olhos fechados, sentindo o vento. — Pro lugar mais longe possível… pra um planeta onde a única guerra seja contra o tédio — Leon brincou. Ela riu, e o som dela preencheu tudo ao redor.
No terceiro dia, antes de dormir, Barbara sentou-se com Leon na varanda da base. Eles olharam as estrelas juntos, em silêncio por um tempo. Depois, ela disse: — Eu nunca tive uma vida fácil, Leon. Mas com você… parece que tudo valeu a pena. — Você me salvou. Mais de uma vez. — Ele apertou a m?o dela. — Quero te dar o mundo… mesmo que esteja quebrado.
Ela olhou para ele e sorriu. — O mundo só precisa de um peda?o de paz. E eu encontrei o meu em você.
E naquela noite, dormiram abra?ados, com o universo inteiro silenciado ao redor. Uma calmaria antes do novo capítulo que se aproximava.
O quarto dia amanheceu com uma brisa suave entrando pelas janelas. Barbara acordou primeiro dessa vez, e em silêncio, ficou olhando para Leon dormindo, com o bra?o esticado como se estivesse protegendo-a mesmo nos sonhos. Ela sorriu, passou a m?o nos cabelos dele e cochichou: — Você nem imagina o quanto eu te amo.
Leon resmungou um pouco, os olhos ainda fechados, mas sorriu de leve. — Eu ouvi… — ele disse, sonolento. — Te peguei no flagra — ela respondeu, rindo baixinho.
Mais tarde, eles saíram para um pequeno passeio pela cidade próxima à base. Disfar?ados com roupas comuns, conseguiram passar despercebidos entre os civis. Tomaram um sorvete simples sentados no meio-fio, como dois adolescentes em um encontro.
— Isso aqui… é melhor que qualquer miss?o — Leon comentou, lambendo o sorvete. — Acho que esse é o verdadeiro poder: paz.
Barbara concordou com um aceno e apontou para um casal de velhinhos andando de m?os dadas. — Quero ser assim com você um dia. — Ela olhou pra ele. — Velhinha, cheia de rugas… e ainda chamando você de "meu idiota favorito".
Leon riu e entrela?ou os dedos nos dela. — Prometo continuar sendo seu idiota, até o fim dos tempos.
à noite, eles fizeram uma fogueira improvisada no terra?o da base. Os filhos dormiam dentro, sob os cuidados de alguns aliados confiáveis. Só os dois, deitados em cobertores e olhando o céu estrelado. — Me conta de novo aquela história do seu primeiro voo? — Barbara pediu, deitada com a cabe?a no peito dele.
Leon deu uma risada. — Ah, aquela vez que eu quase quebrei a parede da escola? — Essa mesma.
E ele contou. E ela riu. E o mundo pareceu desacelerar, como se tudo estivesse certo, pelo menos por aquela noite.
No quinto dia, Leon passou a manh? ajudando Barbara com coisas simples: dobrar roupas, cuidar do jardim da base, até limpar o quarto do bebê com ela. Era um herói, um guerreiro… mas também um pai, um noivo. E ele se sentia mais completo assim.
Durante a tarde, sentaram no sofá com os filhos no colo. Leandro dormia nos bra?os de Barbara, enquanto Rony cochilava escorado no ombro de Leon.
— Eles v?o ser melhores do que a gente. — Leon comentou, acariciando os cabelos de Rony. — Eles já s?o — Barbara disse, olhando para Leandro. — E a gente vai estar aqui pra guiar eles… juntos.
Leon beijou a testa dela. — Sempre juntos.
E assim, mais um dia terminava. Sem batalhas, sem poderes, sem dor. Apenas amor, calmaria… e a certeza de que, mesmo num mundo destruído, ainda existia espa?o para construir algo belo.
O sexto dia chegou com o som suave de uma garoa caindo no telhado da base. Leon e Barbara estavam sentados na varanda, cobertos por um cobertor, tomando chocolate quente e olhando o horizonte cinza com um certo brilho no olhar. — Sabe… — Barbara come?ou, olhando a chuva. — Quando eu era pequena, sempre pensei que ia me casar em um lugar bem simples. Nunca imaginei que seria numa base de heróis.
Leon sorriu. — E eu nunca imaginei que alguém como você ia querer casar comigo. — Idiota. — Ela sorriu, encostando o rosto no ombro dele. — Você é tudo que eu sempre quis.
Naquela noite, quando colocaram as crian?as para dormir, Leon ficou sentado por alguns minutos na beirada da cama, observando Leandro respirar devagar e Rony abra?ado ao seu travesseiro.
Barbara apareceu encostada na porta, com um sorriso calmo. — Eles s?o a nossa paz. Leon assentiu. — E você é meu lar.
Ela caminhou até ele e o puxou pela m?o. — Ent?o vamos descansar. Amanh? é o grande dia.
E pela primeira vez em muito tempo… eles dormiram em paz, sem preocupa??es, apenas com o cora??o batendo forte pela vida que estavam construindo.
Após alguns dias de calmaria…
Leon e Barbara Rommy caminhavam lado a lado pelo jardim interno da base dos Saqueadores. As flores estavam em plena flora??o, o clima era calmo e uma leve brisa soprava entre os corredores da constru??o. Leon, com a m?o entrela?ada na de Barbara, sorria com um olhar que exalava tranquilidade — algo raro depois de tudo o que tinham vivido.
— Acho que nunca pensei que um dia a gente teria paz assim… — disse Leon, com a voz baixa.
— E você merece muito mais do que isso — respondeu Barbara, deitando levemente a cabe?a no ombro dele. — Eu esperei tanto tempo por esse tipo de dia. Só nós. Só o silêncio… e amor.
Rony corria ao redor deles, rindo enquanto perseguia Leandro, que ainda engatinhava rápido demais para uma crian?a comum. Leon olhou os dois e n?o segurou o riso.
— Eles v?o dar trabalho — comentou.
— V?o. Mas s?o nossa maior conquista — disse Barbara, olhando para os filhos com os olhos brilhando.
Naquela tarde, eles passaram o tempo juntos no campo, fizeram um piquenique, Rony contou suas ideias para o futuro — dizendo que queria ser um herói ainda maior que o pai — e Barbara e Leon apenas se perderam no momento. Conversas bobas, carinhos trocados, beijos leves… tudo o que parecia impossível tempos atrás, agora se tornava real.
E ent?o… após toda essa calmaria…
Capítulo 5, Ato 6 — O Grande Dia
A manh? nasceu com o céu límpido, e a base dos Saqueadores estava decorada com flores, tecidos brancos e símbolos de uni?o e esperan?a. O casamento entre Leon e Barbara Rommy aconteceria na igreja central da base — um lugar construído justamente para representar recome?os.
O grande sal?o da igreja da base dos Saqueadores estava iluminado com tochas azuis e cristais flutuantes que emanavam uma luz suave. Todos os assentos estavam ocupados — heróis, amigos, civis salvos por Leon, e até alguns antigos inimigos que agora tinham respeito pelo guerreiro. O ambiente carregava uma aura mágica e solene.
No altar, Yuki, vestido com uma túnica branca especial da Ordem dos Saqueadores, esperava com um pequeno sorriso nos lábios. Ao lado dele, Rony, com um traje cerimonial infantil, segurava as alian?as em uma almofada dourada. Ele olhava tudo com os olhos arregalados, nervoso por estar no centro de tudo, mas orgulhoso do papel que lhe foi confiado.
A música come?ou a tocar — suave, melódica, e poderosa como a história dos dois.
Leon entrou primeiro, usando um traje escuro com detalhes prateados que lembravam suas batalhas e conquistas. Seus olhos, fixos no altar, estavam serenos. Cada passo dele fazia ecoar a for?a e o peso da jornada até ali.
E ent?o… os port?es se abriram.
Barbara Rommy surgiu no corredor central com um vestido branco simples, mas deslumbrante. O tecido se moldava ao corpo dela como se fosse feito de luz, e uma capa azul clara arrastava-se atrás dela, representando a uni?o dos seus poderes com os de Leon. Seus cabelos estavam presos de forma delicada, e seus olhos estavam cheios de lágrimas contidas.
Ela caminhava lentamente, e todos os presentes pareciam prender a respira??o. Leandro, ainda bebê, estava com Mateo e Marina, os pais de Leon, que o seguravam com lágrimas nos olhos.
Leon mal conseguia respirar. Para ele, Barbara parecia irradiar mais do que qualquer estrela, mais do que qualquer explos?o cósmica que ele já havia enfrentado. E quando ela finalmente parou diante dele, ele pegou sua m?o com firmeza e carinho.
Yuki come?ou o discurso:
— Hoje n?o celebramos apenas um casamento. Celebramos sobrevivência. Supera??o. Amor que atravessou a guerra, a dor, a morte e a escurid?o. Leon… Barbara… vocês n?o s?o apenas heróis. S?o prova viva de que ainda há esperan?a no meio do caos.
Os dois se olharam. O mundo inteiro parecia sumir.
— Leon… — come?ou Barbara, com a voz tremendo. — Desde o momento em que te conheci, eu senti que havia algo diferente em você. Algo que o mundo tentaria destruir, mas que nunca conseguiria. Você é minha luz, meu caos e minha paz. E é com toda minha alma que eu prometo caminhar ao seu lado… até o fim de tudo.
Leon respirou fundo, segurando firme as m?os dela.
— Barbara Rommy… você foi meu abrigo nos dias mais sombrios. Foi minha for?a quando eu n?o tinha mais for?as. E hoje, diante de todos, eu prometo… que nunca deixarei de lutar por você. Nem por esse amor. Nem por nossa família.
Yuki fez um sinal com a cabe?a, e Rony caminhou até os dois, estendendo as alian?as. Leon pegou uma e colocou no dedo de Barbara. Ela fez o mesmo.
— Com os poderes que me foram dados pelos céus e pelos Saqueadores — disse Yuki, erguendo as m?os — eu os declaro, para sempre… unidos.
Leon beijou Barbara.
Todos aplaudiram. Gritos, risos, emo??o. Marina chorava abra?ada com Mateo. Leandro dava gritinhos no colo da avó. E Rony pulava de felicidade ao redor dos dois.
O casal saiu da igreja sendo aclamado. Flores voavam no ar, e todos pareciam esquecer, pelo menos por um dia, de toda dor que aquele mundo já tinha causado.
Era um recome?o.
A grande sala de banquetes da base dos Saqueadores estava iluminada com milhares de lanternas flutuantes, criando uma atmosfera acolhedora e calorosa. O aroma de comida deliciosa enchia o ar, enquanto risos e conversas ecoavam por todo o ambiente. Aqueles que antes haviam se enfrentado em batalhas agora se reuniam como aliados, celebrando a vida e a uni?o de Leon e Barbara.
No centro, uma enorme mesa com alimentos típicos das terras distantes e pratos sofisticados preparados pela melhor chef de todas as bases dos Saqueadores. Os frascos de bebida borbulhavam, e o som de ta?as batendo ecoava no sal?o.
Leon e Barbara estavam sentados ao centro, rodeados por amigos e familiares. Rony estava ao lado de Leon, fazendo piadas e tentando impressionar as meninas com seu charme. Leandro, nos bra?os de Marina, observava tudo com os olhinhos curiosos, encantado com a movimenta??o ao seu redor.
Yuki, sempre com uma express?o mais séria, foi um dos primeiros a erguer a ta?a.
— A todos aqui! A todos que lutam, que sobrevivem, que se importam. Leon, Barbara, o amor de vocês é o que nos mantém vivos. à uni?o!
Todos levantaram as ta?as e brindaram com entusiasmo.
Mateo, o pai de Leon, estava mais relaxado do que o normal. Talvez fosse a felicidade do filho, ou o sentimento de que as coisas estavam come?ando a se ajeitar. Ele levantou a ta?a para Leon.
— Filho, você sempre foi forte, mas agora vejo que sua verdadeira for?a está na sua capacidade de amar e proteger aqueles que s?o importantes para você. Estou muito orgulhoso. Que essa nova etapa traga a paz que vocês merecem.
Barbara, emocionada, sorriu e deu um beijo em Leon, enquanto ele apertava sua m?o. N?o era apenas uma promessa de amor eterno, mas também de um futuro cheio de desafios, mas que agora, eles enfrentariam juntos.
A música come?ou a tocar, uma melodia alegre e contagiante. Rony n?o perdeu tempo, puxando Leon e Barbara para dan?ar. Os três come?aram a dan?ar com leveza, rodeados de amigos e aliados.
Mas, no meio da festa, algo chamou a aten??o de todos. Luna, a jovem amiga do grupo, levantou-se e anunciou com uma risada:
— A tradi??o dos Saqueadores! Quem quiser tentar vencer o desafio de dan?a da base, se prepare!
Todos riram e come?aram a se levantar, cada um tentando se exibir na pista de dan?a. Era uma competi??o amistosa, mas cheia de energia.
Yuki, com sua postura rígida, se afastou da pista e se manteve observando tudo de longe, mas logo foi desafiado por Davi, um dos aliados mais próximos de Leon, que se aproximou com um sorriso travesso.
— Vamos ver se o grande Yuki tem alguma habilidade para além da lideran?a.
Yuki tentou manter a postura, mas, ao ver Davi t?o confiante, deu um sorriso sutil e aceitou o desafio. Todos ao redor come?aram a animar-se, formando uma roda ao redor dos dan?arinos.
A festa continuou, e entre risos e desafios, Leon e Barbara passaram a noite desfrutando do carinho de seus amigos e da alegria daquele momento. N?o era só uma festa. Era uma celebra??o da vida que continuava, da esperan?a renovada e do amor que, no final das contas, sempre prevaleceria.
E ent?o, no fim da noite, Leon e Barbara se afastaram um pouco, para um momento a dois, longe da festa, olhando para as estrelas no céu.
— A gente ainda tem muito pela frente, mas… depois de tudo isso, eu sinto que conseguimos algo que muitos nunca conseguir?o, né? — Leon comentou, olhando para ela com um sorriso tranquilo.
Barbara se aproximou de Leon, acariciando sua m?o.
— Isso é apenas o come?o, Leon. Mas eu prometo, vou sempre estar ao seu lado. Em todas as batalhas, e em todos os momentos de paz. Porque agora, a nossa família está completa.
E, naquele momento, enquanto o som da festa ainda ecoava ao fundo, Leon e Barbara se perderam no abra?o um do outro. O futuro podia ser incerto, mas juntos, eles estavam prontos para enfrentá-lo.
A base dos Saqueadores estava, de certo modo, mais tranquila do que nunca. As vitórias, as batalhas e os sacrifícios já haviam ficado para trás, e agora, a prioridade de Leon e Barbara era garantir que seus filhos crescessem em um ambiente seguro e saudável, longe dos horrores que haviam enfrentado no passado.
Leon, com seus reflexos rápidos e aten??o aos detalhes, sabia que precisaria come?ar a construir uma rotina para seus filhos. Ele queria que eles crescessem sabendo que a paz era algo pelo qual se lutava, mas também para que tivessem momentos de felicidade, longe das dificuldades.
A base tinha muitos espa?os, mas era essencial que o pequeno Leandro e o recém-nascido crescessem com um espa?o próprio. Por isso, Leon decidiu fazer algo simples, mas cheio de significado para sua família: ele montou uma beliche para os dois filhos.
Ele trabalhava cuidadosamente no processo de montagem. A beliche foi colocada em um canto da casa, próximo à janela que dava para o céu estrelado. Leon sabia que esse seria um lugar especial, onde seus filhos poderiam brincar e descansar. Ele sabia o quanto isso era importante para garantir que ambos se sentissem acolhidos e seguros.
— Barbara, me ajuda com a última parte aqui. Vamos deixar isso perfeito para eles — Leon sorriu, convidando-a a se aproximar.
Barbara entrou no quarto, observando o trabalho de Leon. Ela se aproximou dele e, com um sorriso, pegou uma das partes da madeira para ajudar a fixar a estrutura. A cada movimento, sentia-se mais e mais grata pela vida que estavam construindo juntos.
— Está ficando perfeito, Leon. Eles v?o adorar isso — ela comentou enquanto observava a constru??o da beliche.
Leandro, que já come?ava a engatinhar, se aproximou da madeira e tentou alcan?ar as ferramentas. Leon deu uma risada, com um olhar de carinho para o filho.
— Você vai ser mais rápido que eu nisso, n?o vai? — Leon disse, fazendo uma piada para distraí-lo.
Após algum tempo, a beliche ficou pronta. Leon a posicionou de forma que ficasse bem ao lado da janela. Quando o trabalho terminou, ambos se olharam satisfeitos com o resultado.
— Eu me sinto t?o realizado, Barbara. Ver nossos filhos crescendo e criando seu próprio espa?o, em paz… é tudo o que sempre sonhei — Leon disse com a voz cheia de emo??o.
Barbara se aproximou de Leon, abra?ando-o de lado.
— Eu também, Leon. Estamos criando algo único, algo que vai durar.
Enquanto Leon e Barbara se abra?avam, o recém-nascido estava em seus bra?os, adormecido e tranquilo, e Leandro, embora pequeno, observava os pais com curiosidade, tentando entender a movimenta??o ao seu redor. A base, agora mais acolhedora, parecia ser um lar de verdade para todos.
Ao longo dos dias que seguiram, Leon e Barbara se acostumaram com a rotina de cuidar dos filhos. Cada momento era uma conquista. Leon aprendeu rapidamente o que significava ser pai e, mais importante, o que significava ser parceiro de Barbara em todos os aspectos da vida familiar.
Mas algo que realmente marcou os dias seguintes foi o simples ato de Leon e Barbara dormirem juntos ao lado dos filhos. A noite, antes de deitar, Barbara sempre ficava ao lado de Leon enquanto ele ajudava a embalar Leandro e a ajeitar a cama para o pequeno.
Era o momento perfeito para trocar palavras doces e planos sobre o futuro. Era uma forma de reafirmar o compromisso que haviam feito um com o outro, de estar sempre ao lado, em qualquer situa??o.
Naquela noite, Barbara se deitou ao lado de Leon, abra?ando-o antes de dormir.
— Eu amo você, Leon — ela sussurrou, com um sorriso sereno.
— Eu também te amo, Barbara. Estamos juntos nisso para sempre — Leon respondeu, com um sorriso suave.
Eles adormeceram entrela?ados, com o som suave do vento batendo nas janelas e a sensa??o de paz preenchendo o quarto. A base dos Saqueadores, antes um lugar de batalha, agora era um refúgio para sua família. E Leon sabia que isso era apenas o come?o.
Na base dos Saqueadores, a vida parecia finalmente ter encontrado um novo ritmo, mesmo para aqueles que, como Yuki, Nash e os outros membros da equipe, haviam passado por tantas batalhas e prova??es. A tranquilidade ainda era um conceito novo, e a maioria dos antigos guerreiros estava se ajustando à nova forma de viver.
Yuki, agora mais centrado do que nunca, assumiu uma posi??o de lideran?a junto aos Saqueadores. Embora os eventos mais intensos tivessem passado, ele sabia que os Saqueadores ainda precisavam de orienta??o. Ele continuava a treinar e aprimorar os membros da equipe, mas a intensidade dos treinos diminuiu para dar espa?o ao fortalecimento da uni?o do grupo.
Yuki agora se dedicava a ajudar os jovens Saqueadores a se adaptarem a um estilo de vida mais pacífico. O treinamento físico foi substituído por treinamentos de resistência mental e emocional, incentivando os soldados a encontrarem o equilíbrio entre a for?a física e a paz interna.
Ele passava boa parte do tempo conversando com os membros, dando conselhos sobre como manter a calma e o foco em tempos de paz, algo que muitos n?o sabiam lidar depois de anos em guerra. Yuki, com seu jeito calmo e ponderado, tornou-se uma figura quase paternal para aqueles que estavam dispostos a aprender.
Por outro lado, Nash estava tentando se adaptar à sua nova posi??o na base. Embora ainda estivesse longe de ser querido por todos, ele sabia que precisava provar seu valor, especialmente agora que a lideran?a n?o estava mais em suas m?os. A tens?o entre ele e Leon, além de sua atitude arrogante, dificultava a integra??o dele na rotina do grupo.
Mesmo assim, Nash n?o deixava de lado sua miss?o: ele passava grande parte de seu tempo no laboratório da base, investigando novos métodos de aprimoramento físico e mental para os Saqueadores, trabalhando em experimentos com novos dispositivos que poderiam aumentar ainda mais a for?a dos membros do time. Seus experimentos estavam muito mais focados em melhorar o potencial dos outros do que em suas próprias capacidades, o que, de certa forma, o ajudava a ganhar algum respeito.
Porém, Nash ainda guardava um segredo sobre os chips e as manipula??es que ele havia feito com Leon, algo que ele sabia que, se descoberto, poderia destruir qualquer chance de integra??o com o grupo. Para ele, a paz ainda era uma ilus?o — ele n?o estava disposto a abrir m?o da sua busca por poder, nem mesmo com a família de Leon vivendo ao seu redor.
Rony, agora mais maduro, passava a maior parte do tempo com Leon, treinando e aprimorando suas habilidades. O jovem parecia ter absorvido tudo o que Leon lhe ensinou, desde os poderes mais simples até os mais complexos. Ele n?o apenas queria se tornar forte para se proteger, mas também para proteger aqueles que amava.
Sua rotina estava focada no treinamento físico e no desenvolvimento de sua resistência mental. Ele também ajudava Leon em tarefas do dia a dia, como o treinamento de novos membros ou a manuten??o da base. Rony sentia uma grande responsabilidade de manter sua família segura, mas também queria ajudar os outros membros dos Saqueadores a se ajustarem à nova realidade.
Mesmo que ele n?o tivesse a mesma experiência de combate que Leon, Rony estava come?ando a entender o valor da paciência e da disciplina. Ele sabia que, mesmo com todos os poderes que havia adquirido, o maior desafio ainda seria aprender a controlar suas emo??es e usar sua for?a com sabedoria.
Luna e Theo, que também estavam presentes na base, eram agora parte fundamental do dia a dia dos Saqueadores. Luna continuava a treinar seus poderes, mas com um foco mais voltado para a cura e a prote??o, sempre atenta a qualquer ferimento ou necessidade dos outros membros.
Theo, por sua vez, havia se tornado mais envolvido em estratégias de combate e táticas de grupo. Ele ainda estava desenvolvendo suas habilidades, mas sabia que precisava de uma abordagem mais disciplinada para ser útil à equipe. Ele frequentemente passava o tempo treinando com Yuki, tentando entender melhor como lutar de maneira mais eficiente em grupo, e com Rony, para desenvolver resistência física.
A rotina deles também era mais tranquila, com Luna focada em ajudar a todos que precisavam, enquanto Theo ajudava nos treinamentos e na manuten??o das táticas de combate. Eles eram mais próximos agora do que nunca, sempre se apoiando nas pequenas coisas do cotidiano, como preparar refei??es ou organizar o espa?o da base.
Leandro, o filho mais novo de Leon e Barbara, agora estava come?ando a engatinhar com mais confian?a. Ele passava os dias explorando o espa?o ao redor da base, curioso sobre tudo. Leon e Barbara o acompanhavam atentamente, sempre protegendo-o enquanto ele descobria o mundo ao seu redor.
Rony adorava brincar com o irm?ozinho e tentava interagir com ele sempre que podia. Era uma alegria imensa ver os dois irm?os interagindo, com Leandro tentando imitar Rony em suas a??es. Mesmo com a intensidade das batalhas que já haviam enfrentado, esse momento de simplicidade e inocência proporcionava uma paz difícil de se expressar em palavras.
A base dos Saqueadores, agora em paz, era muito mais do que um local de descanso. Era um lugar onde cada um dos membros havia encontrado um novo propósito, e onde a luta pela sobrevivência foi substituída pela luta para garantir um futuro melhor. Leon e sua família eram o centro disso tudo, e todos ao redor deles estavam come?ando a ver que a verdadeira for?a n?o estava apenas na luta, mas na uni?o.
Capítulo 6 - Ato 3: O Passar dos Dias
A base dos Saqueadores agora estava mais organizada, com setores claramente definidos para treinamento, descanso e administra??o. Depois da destrui??o provocada pelas batalhas anteriores, a estrutura física da base foi fortemente refor?ada, e novos dispositivos de seguran?a foram implementados. Mas n?o foi só o exterior que mudou, o interior da base também foi afetado pelas dinamicas e pela presen?a crescente de famílias, como a de Leon e Barbara. Havia uma sensa??o de comunidade, onde todos os membros estavam mais unidos, apesar das adversidades.
Leon e Barbara - A Vida Familiar e a Cria??o dos Filhos:
As manh?s de Leon e Barbara come?avam cedo, com o som das crian?as acordando e correndo pela casa. Leandro ainda estava em fase de adapta??o à vida na base, o que significava que ele estava sempre curioso sobre os novos ambientes e as pessoas que conhecia. Rony, por outro lado, já estava mais acostumado e tinha até come?ado a fazer amizades com os outros jovens da base. Ele estava se tornando mais maduro, a for?a que herdara de Leon agora com mais controle, algo que o pai se esfor?ava para garantir.
Leon sempre come?ava o dia conversando com os filhos. De manh?, ele sentava com Rony e Leandro, explicando sobre o controle de seus poderes. Ele sabia que seus filhos teriam muito mais facilidade para desenvolvê-los do que ele próprio teve, mas isso n?o significava que o aprendizado seria mais fácil. Ele queria que ambos entendessem que o poder n?o era apenas uma ferramenta, mas uma responsabilidade. Leon falava com eles sobre como manter a calma em momentos de crise, um lembrete que ele nunca deixava de enfatizar, mesmo para si próprio.
Barbara, com sua paciência natural, se concentrava no cuidado dos filhos. Ela preparava o café da manh?, cuidava das roupas e ajudava Rony e Leandro com o aprendizado escolar. Ela sabia que a educa??o deles era t?o importante quanto os treinos físicos e que um bom equilíbrio entre a mente e o corpo era essencial. Apesar de ser m?e, ela também n?o abandonava suas responsabilidades como esposa de Leon e como uma das líderes da base. Ela come?ou a interagir mais com Yuki, criando uma amizade mais forte e um entendimento sobre como poderiam trabalhar juntas para garantir o futuro da equipe.
A Vida dos Outros - A Rotina dos Saqueadores:
Com a base crescendo, os Saqueadores passaram a ter uma rotina mais organizada. Yuki, agora completamente dedicada ao treinamento dos membros e à lideran?a da equipe, estava sempre observando o desempenho dos Saqueadores. Ela tinha uma abordagem prática, focada em melhorar as habilidades de combate e estratégia de cada um. Ela estava come?ando a formar uma equipe de elite, composta pelos mais poderosos membros da base. No entanto, Yuki n?o se importava em se misturar com os outros, conversando com todos e garantindo que a moral se mantivesse alta.
Zeke, um dos veteranos da base, tinha um papel essencial no treinamento de resistência física e mental dos membros. Ele n?o era apenas um grande combatente, mas também um excelente estrategista, o que o tornava um mentor crucial para Leon e para os outros mais novos. Ele sempre estava ao lado de Leon quando este precisava de conselhos sobre como lidar com as responsabilidades de ser um líder e pai ao mesmo tempo. Zeke entendia as press?es que Leon enfrentava e frequentemente oferecia palavras de encorajamento.
Rony e Leandro: O crescimento dos filhos de Leon foi visível a cada dia. Rony já estava se destacando em treinamentos e até se aventurava com os Saqueadores mais velhos em miss?es de reconhecimento. Ele ainda era jovem, mas seu poder e inteligência estratégica come?avam a ser notados. Seu desejo de proteger os outros o impulsionava a se esfor?ar ainda mais.
Leandro, com sua inocência e curiosidade, estava come?ando a dar os primeiros passos na descoberta de seus poderes. Embora ele fosse mais retraído do que Rony, ainda assim, Leandro tinha uma aura especial que o tornava querido por todos. Ele tinha uma inteligência natural para as coisas e adorava ajudar sua m?e a organizar as tarefas mais simples, como fazer o café ou arrumar a casa. às vezes, ele pedia para Leon lhe ensinar como voar, mas por enquanto, Leon achava que o filho ainda n?o estava pronto para esses desafios. Mas Leon sabia que, com o tempo, Leandro superaria qualquer obstáculo.
Rela??es dentro da Base:
A convivência dentro da base dos Saqueadores se tornou um aspecto crucial da vida de todos. As pessoas come?aram a formar la?os mais fortes, n?o só por causa das batalhas e treinamentos, mas pela necessidade de manter uma moral alta e um espírito de uni?o em tempos t?o turbulentos. Yuki e Zeke, especialmente, passaram a ser figuras centrais em várias dinamicas, tanto como líderes quanto como mentores para os mais novos.
O contato entre as famílias de Leon e os outros membros da base também estava se tornando mais comum. Leon e Barbara come?aram a se aproximar mais de Zeke, que se tornou um amigo para eles, além de ser um grande aliado na prote??o e ensino dos filhos. Todos estavam cientes de que o futuro traria desafios ainda maiores, mas por enquanto, estavam aproveitando a oportunidade para descansar, aprender uns com os outros e fortalecer seus la?os.
Nos dias seguintes ao casamento, a vida de Leon e Barbara come?ava a se estabilizar. A rotina na base dos Saqueadores era um pouco diferente para todos, mas a presen?a de uma nova família dava um toque especial àqueles momentos.
Leon e Barbara: Durante as manh?s, Leon e Barbara passavam mais tempo juntos em tarefas simples, mas significativas. às vezes, eles saíam para explorar áreas da base que ainda n?o conheciam bem, levando Rony e Leandro com eles para que os meninos se acostumassem ao ambiente.
Leon, embora extremamente ocupado com os treinamentos e com o monitoramento das amea?as externas, fazia quest?o de passar o máximo de tempo possível com sua família. Ele, junto com Barbara, arrumou o quarto das crian?as, comprando uma beliche especial para Rony e Leandro. No início, parecia que a rotina de Leon e Barbara n?o mudaria muito, mas com o tempo, o casal estava criando uma nova dinamica de vida, com mais carinho e cumplicidade.
Rony: Rony, agora com mais poderes, come?ava a se destacar entre os jovens guerreiros dos Saqueadores. Mesmo com toda a for?a herdada do pai, ele n?o queria que o fato de ser filho de Leon fosse a única raz?o para sua evolu??o. Ele se dedicava aos treinos com Zeke, aprendendo a dominar suas habilidades em voos e a controlar a sua for?a recém-adquirida. Rony passava grande parte do tempo tentando treinar como se fosse o primeiro dia, sempre mais humilde e focado.
Leandro: Leandro, por outro lado, come?ava a demonstrar suas habilidades. Ele ainda era jovem, mas já mostrava sinais de uma habilidade incomum com os elementos naturais ao seu redor. Ele se divertia com os treinamentos, sempre incentivado por Leon, que o encorajava a explorar suas próprias habilidades sem pressa. Leandro, sendo um pouco mais retraído do que Rony, aproveitava os momentos com sua m?e e seu pai, assistindo e imitando os treinos de Leon e Rony.
Os outros Saqueadores: Nash, agora sendo parte fundamental dos Saqueadores, sempre mantinha uma postura séria e disciplinada, mas alguns dos outros membros ainda desconfiavam dele. Seu caráter arrogante e seu desejo de poder n?o passavam despercebidos, e Leon, embora mantendo a paz pela família, continuava a desconfiar de suas inten??es. Yuki e os outros membros dos Saqueadores sabiam que Nash era uma grande adi??o ao time, mas ainda existia um senso de desconfian?a pairando sobre todos.
Por enquanto, no entanto, o grupo estava em um momento de relativa tranquilidade. Isso se refletia no dia-a-dia dos Saqueadores, onde os treinos se misturavam com atividades normais, como cuidados com a base e intera??es pessoais entre os membros.
As noites eram mais tranquilas. Leon, Barbara, Rony e Leandro sentavam juntos para jantares simples, com todos os Saqueadores reunidos ao redor. Era um tempo de uni?o e for?a, mas ainda com a tens?o constante de que uma grande amea?a estava por vir, o que ainda pesava no cora??o de Leon.
Conclus?o do Momento: Naqueles dias, Leon refletia sobre a estabilidade recém-conquistada e, embora soubesse que os desafios nunca estariam longe, ele também sabia que sua família era o que mais importava para ele. Uma paz temporária, mas importante, tinha se instalado, e Leon apreciava os pequenos momentos ao lado de Barbara e dos filhos.
Capítulo 6, Ato 5: A Ca?ada ao Lorde das Mortes
O vento cortante batia contra o rosto de Leon enquanto ele pairava no ar, seus olhos fixos no horizonte. Ele sabia que estava perto. O Lorde das Mortes, a entidade que havia destruído tantas vidas, agora estava à vista, mais próximo do que nunca. Ele havia sentido sua presen?a, mas sabia que estava apenas come?ando a ca?ar. A verdadeira batalha estava prestes a come?ar.
As pistas estavam se acumulando, e agora o terreno parecia indicar que a resposta estava em algum lugar dentro de um antigo complexo, escondido nas profundezas de uma floresta sombria, longe dos olhos de todos. Leon tinha pouco tempo, e a cada segundo que passava, sentia a angústia de n?o saber o que o aguardava.
Ele desceu rapidamente até o solo, seus pés tocando a terra com uma leveza inumana. A floresta à sua volta estava silenciosa, mas o tipo de silêncio que indicava algo muito mais sinistro. Era um lugar onde o medo se enraizava nas árvores e no próprio solo.
— Aqui é onde ele está — murmurou Leon, os olhos passando por cada detalhe ao seu redor.
A atmosfera estava carregada de uma energia podre, e ele soubera que a manifesta??o do Lorde das Mortes estava prestes a come?ar. Leon sentiu uma press?o em seu peito, como se algo o estivesse observando, esperando. Ele ativou seus sentidos, tentando detectar qualquer movimento ao seu redor, qualquer distúrbio no ar.
De repente, uma onda de energia sombria se materializou na frente dele. Uma sombra massiva, com olhos vermelhos brilhando como brasas, emergiu do terreno abaixo. Era como se a própria terra tivesse se rasgado, dando passagem a um ser antigo, imenso e cheio de poder.
— O Lorde das Mortes... — Leon sibilou, seus olhos se estreitando enquanto ele analisava o monstro.
Ele sabia que enfrentaria algo além de sua compreens?o, mas estava preparado. Seu corpo inteiro se ajustou para a batalha, a energia fluindo por suas veias enquanto ele se preparava para enfrentar o mal que havia assombrado o mundo por tanto tempo.
O Lorde das Mortes olhou para ele com uma frieza que gelava a alma. Seus olhos brilhavam com uma malícia imensa, e sua voz ressoou como um trov?o.
— Você acha que pode me derrotar, Leon? — disse o Lorde, sua voz distorcida pelo poder que emanava dele. — Eu sou eterno. Eu sou a morte.
Leon se adiantou, seu poder de velocidade acionado em um piscar de olhos. Ele apareceu diante do Lorde com um soco rápido e poderoso, mas a criatura desviou com uma agilidade inesperada para seu tamanho e o golpe foi desviado com uma facilidade perturbadora.
A luta come?ou com uma intensidade que parecia nunca acabar. O Lorde das Mortes atacava com uma for?a esmagadora, seus golpes capazes de estilha?ar o solo. Cada movimento de Leon, porém, parecia uma dan?a mortal. Ele usava sua velocidade e for?a, mas o Lorde parecia antecipar cada um de seus movimentos.
O campo de batalha era devastador. árvores eram arrancadas do ch?o, pedras se despeda?avam e a energia da luta corrompia a terra ao redor. Leon sentia sua resistência sendo testada a cada momento. O Lorde n?o era apenas uma for?a da natureza, mas também uma mente calculista, tentando minar Leon, fazer com que ele cometesse um erro fatal.
Enquanto trocavam golpes ferozes, Leon percebeu que a única forma de derrotar o Lorde seria destruindo sua essência, seu núcleo de poder. Mas ele sabia que n?o seria fácil. O Lorde das Mortes n?o era apenas físico, mas uma entidade que também controlava as sombras e o próprio medo.
— Você n?o entende, Leon... — disse o Lorde, rindo de maneira gélida. — A morte n?o é apenas o fim... Ela é o come?o da verdadeira liberdade.
As sombras ao redor do Lorde come?aram a se mover, transformando-se em criaturas feitas de pura escurid?o. Leon lutava contra essas criaturas, suas laminas cortando a escurid?o, mas para cada uma que caía, outras surgiam, cada vez mais imponentes.
Ele estava come?ando a perceber que a batalha seria mais difícil do que ele imaginara. N?o era apenas um confronto físico. Ele precisava encontrar o ponto fraco do Lorde das Mortes, algo que sequer ele próprio entendia completamente.
Foi ent?o que Leon teve uma ideia. Ele precisaria sacrificar algo mais, algo que ele temia perder. Sua humanidade.
Com um grito de raiva, Leon ativou seu núcleo mais uma vez, seus músculos se contraindo e sua energia disparando. Sua for?a aumentou a tal ponto que ele sentiu sua aura se expandir como uma tempestade prestes a engolir tudo ao seu redor.
O Lorde das Mortes tentou resistir, mas a for?a de Leon era avassaladora. Ele golpeou o monstro com um soco t?o poderoso que o impacto fez a terra tremer.
A batalha estava longe de ser vencida, mas Leon sabia que, se quisesse derrotar o Lorde das Mortes, precisaria n?o só da for?a física, mas de sua vontade inquebrantável.
O campo de batalha estava pesado, saturado com a energia escura que emanava do Lorde das Mortes. Leon sabia que enfrentava algo muito além de qualquer inimigo anterior. N?o era apenas uma batalha de for?a física — era uma batalha de resistência, inteligência e, acima de tudo, de sobrevivência.
O Lorde das Mortes, colossal e imponente, estava rodeado por uma aura negra e gelada. Seus olhos vermelhos brilhavam com uma fúria maligna enquanto sua presen?a distorcia o ambiente, como se a própria realidade fosse entorpecida pela sua existência.
Leon sentiu uma press?o forte no peito, como se o ar ao seu redor fosse mais denso, mais pesado, dificultando sua respira??o. O terreno estava sendo corrompido pela presen?a do Lorde. As árvores ao redor murchavam, as folhas caíam sem vida, e a terra rachava sob o peso do mal que ali estava.
Com um rugido, o Lorde das Mortes avan?ou, suas enormes m?os erguidas como se quisesse esmagar Leon com um simples movimento. Leon saltou para o lado, seus músculos trabalhando em harmonia com a velocidade incomparável, mas o Lorde estava rápido, surpreendentemente ágil para um ser de seu tamanho.
O soco do Lorde esmagou o ch?o onde Leon estava segundos antes, criando uma cratera profunda. Leon se afastou, mas o poder de destrui??o do Lorde era claro — cada movimento dele parecia capaz de arrasar o mundo ao redor.
Leon fez uma breve pausa, analisando o inimigo. O Lorde estava esperando, com uma calma aterradora. A cada movimento de Leon, ele parecia antecipar. O Lorde n?o era apenas forte fisicamente, mas uma entidade com imenso controle sobre as sombras. De repente, o ar ao redor de Leon se distorceu, e figuras sombrias come?aram a emergir do ch?o — criaturas feitas de pura escurid?o, com garras afiadas e bocas monstruosas.
Leon rapidamente come?ou a lutar contra as criaturas. Ele cortava e golpeava, mas para cada um que caía, mais surgiam. As sombras pareciam se multiplicar, quase como se o próprio Lorde estivesse tirando for?a delas.
Ele usava sua velocidade para desviar e atacar, mas sabia que n?o podia gastar toda sua energia assim. Essas sombras, por mais fracas que fossem comparadas ao Lorde, ainda representavam uma amea?a constante.
O Lorde observava com uma express?o impassível enquanto suas criaturas atacavam Leon. Ele sabia que sua estratégia era desgastar Leon, for?ando-o a cometer um erro.
Com um movimento rápido, Leon cortou a última sombra ao seu redor, mas o pre?o de sua energia estava come?ando a se mostrar. Ele sentia seu corpo exausto, sua mente come?ando a se cansar com a luta. Mas n?o poderia parar. Ele n?o podia se dar ao luxo de falhar.
O Lorde, agora mais próximo, usou sua própria aura sombria para tentar desorientar Leon. Ele invocou mais sombras e atacou diretamente, seus socos pesados arrasando o solo. Leon conseguiu desviar de um golpe que rachou uma árvore gigantesca, mas o próximo soco acertou-o de lado, jogando-o para o ch?o.
Leon se levantou rapidamente, seus olhos brilhando com uma intensidade feroz. O Lorde das Mortes come?ou a rir de maneira gutural, vendo que ele estava conseguindo finalmente desgastar Leon.
— Você é forte, Leon. Mas a morte é uma adversária inevitável. Ela vem para todos... até para você.
A risada do Lorde ecoava pela floresta enquanto ele avan?ava. Mas Leon n?o hesitou. Ele se concentrou, fechando os olhos por um momento, recalibrando sua mente e corpo. Sabia que precisava se adaptar, encontrar uma maneira de se igualar ao poder do Lorde.
Com um grito, Leon avan?ou em velocidade absoluta, sua for?a aumentando enquanto ele disparava para o Lorde das Mortes. O impacto foi brutal, mas o Lorde estava pronto. Com um movimento ágil, o Lorde se preparou para defender e, em um momento de pura intensidade, usou suas garras de sombra para bloquear o golpe de Leon. O choque de for?as criou uma onda de energia que destruiu árvores ao redor, deixando uma clareira de destrui??o no campo de batalha.
Por um momento, Leon ficou paralisado, sua for?a igualada pela resistência sobrenatural do Lorde. As sombras come?aram a consumir o campo, envolvendo-o completamente. Leon foi arrastado para o solo, seus músculos quase congelados pela energia maligna que o cercava.
Mas, ent?o, algo dentro dele se acendeu. A raiva, a dor de tudo que perdeu, a vontade de proteger sua família, a necessidade de vencer para que o mal n?o prevalecesse — isso o impulsionou a lutar com tudo o que tinha.
Ele se levantou, rompendo as sombras ao seu redor com um grito de for?a. O Lorde tentou atacá-lo, mas Leon estava mais rápido agora. Ele usou cada centímetro de sua velocidade, cada grama de sua energia. Seus punhos come?aram a acertar o Lorde com uma for?a avassaladora. O impacto de cada golpe era como se o próprio mundo estivesse sendo quebrado.
O Lorde das Mortes recuou pela primeira vez, claramente surpreso com a for?a crescente de Leon. Ele usou suas sombras para proteger-se, mas Leon n?o desistia. Cada golpe de Leon era mais poderoso que o anterior, sua fúria alimentando a for?a de seu corpo.
No entanto, Leon sabia que ele estava se esgotando. Cada movimento estava se tornando mais difícil, mais doloroso. Ele precisava acabar com isso, mas para isso, precisaria fazer um sacrifício.
Com um grito de raiva, Leon ativou seu núcleo mais uma vez. Seu corpo se iluminou com uma aura pura, e sua for?a aumentou a um nível inédito. Ele desferiu o golpe mais forte que já havia lan?ado, acertando diretamente o peito do Lorde das Mortes.
O impacto fez o Lorde soltar um grito de dor. Ele se curvou, mas n?o caiu. A batalha estava longe de ser terminada, mas Leon agora sabia que a vitória estava ao seu alcance. Ele n?o pararia até derrotá-lo.
A batalha entre Leon e o Lorde das Mortes agora se intensificava, com cada um tentando ao máximo destruir o outro, levando a luta a um nível ainda mais brutal e desgastante. Mas Leon sabia que, por mais que estivesse à beira da exaust?o, ele n?o poderia parar. A vitória estava à frente, e ele precisava alcan?ar o final dessa luta.
A atmosfera da luta estava pesada, uma sensa??o de tens?o que poderia ser cortada com uma faca. Leon e o Lorde das Mortes estavam em um confronto que n?o parecia ter fim. As sombras do inimigo se estendiam como um manto escuro, cobrindo cada pedacinho de terreno, e o campo de batalha era uma mistura de terra estilha?ada, árvores queimadas e corpos caídos, com ecos das explos?es e dos impactos ressoando pelo ar.
O Lorde das Mortes continuava se mantendo firme, uma presen?a imponente que parecia estar em todo lugar e ao mesmo tempo em lugar nenhum. Ele n?o era um inimigo fácil de ser vencido. Cada vez que Leon o atingia, o Lorde se desfazia em sombras, retornando de uma forma ainda mais amea?adora. Sua habilidade de se regenerar rapidamente fazia com que qualquer golpe fosse em v?o, como se a luta fosse uma luta contra a própria escurid?o.
Com garras afiadas e uma velocidade imensa, o Lorde atacava de diferentes angulos, uma onda de escurid?o depois da outra, cada uma mais poderosa e destrutiva que a anterior. Leon tentava bloquear, desviar, mas a press?o estava aumentando. Seus músculos estavam se desgastando com cada movimento. Seu corpo sentia os efeitos da luta prolongada, mas a vontade de vencer o impulsionava a continuar.
Ele disparou um golpe com sua energia escura, esperando acertar o Lorde de forma definitiva, mas o inimigo se dissipou no último momento, emergindo atrás de Leon com uma lamina de sombra. O golpe cortou seu ombro, e Leon foi arremessado para longe, o impacto fazendo o ch?o tremer. O Lorde das Mortes n?o mostrou misericórdia. Ele parecia estar se divertindo com a luta, cada movimento seu era como uma dan?a da morte.
Leon se levantou com dificuldade, sentindo a dor tomar conta de seu corpo. Mas ele n?o parou. Ele estava come?ando a sentir que a chave para derrotar o Lorde das Mortes estava em conhecê-lo. N?o podia derrotá-lo apenas pela for?a bruta, isso já estava claro. Precisava se adaptar, precisa encontrar uma brecha.
Enquanto isso, os Saqueadores, que tinham demorado para chegar, finalmente apareceram, mas a situa??o n?o era nada favorável. Yuki, Barbara, Rony e Theo estavam todos feridos, com os corpos cansados e cobertos de sangue. Eles n?o eram páreo para o Lorde das Mortes, que os atacava com movimentos rápidos e mortais. A luta estava fora de controle.
Rony tentou avan?ar, mas foi atingido por uma onda de escurid?o que o atirou para longe, sua perna quebrada e corpo sangrando. Theo tentou desferir um golpe em cima do Lorde, mas sua lamina foi facilmente desfeita por uma explos?o de sombras. Barbara, furiosa, tentou usar sua velocidade para desestabilizar o inimigo, mas a habilidade de regenera??o do Lorde fazia seus ataques ineficazes.
Enquanto o Lorde das Mortes dominava os Saqueadores, Leon, mesmo sangrando e com dificuldades para se manter em pé, come?ou a perceber uma brecha. O Lorde n?o se regenerava instantaneamente. Havia um atraso. No momento em que o Lorde se regenerava, ele ficava vulnerável por uma fra??o de segundo. Era nessa fra??o de tempo que Leon precisava atacar.
Ele saltou para frente, com um grito primal, acertando o Lorde das Mortes com um golpe direto ao cora??o. O impacto da energia escura foi t?o forte que a terra ao redor foi literalmente dilacerada, mas o Lorde, mais uma vez, se desfez em sombras, escapando do golpe. Leon estava exausto, mas ele n?o desistiu. Cada vez que o golpe falhava, ele se levantava e tentava novamente.
A luta continuou por mais de uma hora. O Lorde das Mortes era imortal, mas Leon estava se tornando mais astuto. Seus ataques estavam come?ando a se tornar mais coordenados, mais rápidos, com ele antecipando os movimentos do inimigo. A batalha estava desgastando ambos, mas o Lorde das Mortes estava mais confortável com sua imortalidade do que Leon estava com sua resistência limitada.
Quando Leon finalmente come?ou a ver algum progresso, o Lorde das Mortes usou sua última carta. Ele invocou golens formados por suas próprias sombras. Criaturas imensas de ossos e escurid?o, com bra?os t?o grandes quanto árvores, come?aram a sair do ch?o, cercando Leon e os Saqueadores.
Os Saqueadores, ainda lutando, tentaram enfrentar os golens, mas a diferen?a de poder era absurda. Rony foi atropelado por um dos golens, Theo foi lan?ado contra uma parede de rochas com um soco do outro golem, e Barbara, tentando resgatar um dos membros, foi derrubada com um golpe feroz. Os Saqueadores estavam perdendo terreno rapidamente.
Leon, vendo seus amigos em perigo, sentiu uma fúria crescer dentro de si. Ele n?o podia permitir que o Lorde das Mortes vencesse. Com um grito, ele come?ou a atacar os golens com uma for?a renovada. Seus golpes se tornaram mais rápidos, mais letais, mas os golens eram resistentes e continuavam a aparecer, como se o Lorde das Mortes tivesse um número infinito de seguidores de sombras.
Com cada ataque, Leon estava for?ando o Lorde a se regenerar constantemente, mas o inimigo estava se tornando cada vez mais imponente. Seus ataques se tornaram mais poderosos e mais concentrados. Ele foi capaz de lan?ar uma explos?o de escurid?o massiva que atingiu Leon diretamente, fazendo-o ser arremessado para longe, seu corpo rasgado e sangrando.
Leon sabia que, se n?o encontrasse uma forma de finalizar a luta, ele e seus amigos seriam destruídos. Sua energia estava no limite, mas ele sabia que n?o poderia parar. A adrenalina de sua luta estava lhe dando for?as, mas isso estava come?ando a desvanecer.
Após várias tentativas frustradas, Leon finalmente percebeu que ele estava perto de vencer, mas a luta já havia se arrastado por horas. Ele se posicionou, respirando pesadamente, observando cada movimento do Lorde das Mortes. Ele se preparava para um último ataque desesperado.
Com um último grito, Leon canalizou toda sua energia escura em um único golpe, um soco imbuído com a mais pura energia do caos. O golpe acertou o Lorde das Mortes diretamente no peito, e essa vez, ele n?o se regenerou.
O impacto foi t?o grande que a explos?o de energia destruiu a forma física do Lorde, e sua presen?a escura desapareceu no ar. O ch?o estremeceu, e o campo de batalha ficou em silêncio.
Leon caiu de joelhos, seu corpo exausto, suas m?os sangrentas. Ele tinha vencido, mas o pre?o foi imenso. Seu corpo, esgotado ao máximo, tremia com o esfor?o. Ele olhou para os Saqueadores, que estavam igualmente exaustos, e se sentiu aliviado, mas também ciente de que aquela vitória havia custado muito.
Mas o que Leon n?o sabia é que essa batalha era apenas o come?o de algo ainda maior. A vitória tinha vindo, mas o custo foi alto.
Enquanto Leon estava no meio de suas lutas intensas, algo em seu cora??o come?ou a apertar, uma sensa??o que ele n?o conseguia explicar. Ele olhou para o horizonte, com os olhos fixos no distante céu, e ouviu, quase como um sussurro em sua mente:
"A Estrela que resplandece as outras, vem com uma proposta incrível."
Aquelas palavras, simples mas carregadas de um significado misterioso, reverberaram em sua mente, como se fosse uma mensagem de um futuro incerto. Algo profundo e desconhecido estava por vir, e ele n?o sabia o que aquilo poderia significar. Mas sabia que, de alguma forma, Isabelle ainda teria uma parte importante nessa história — se n?o com ele fisicamente, talvez com ele espiritualmente.
O que quer que estivesse prestes a acontecer, Leon sentiu que a presen?a dela, sua energia, sua luz, ainda estava de alguma forma conectada à sua jornada.
Capítulo 7 - Ato 1: A Recupera??o após o Fim
Após a derrota do Lorde das Mortes, a base dos Saqueadores se tornou um refúgio onde Leon, Barbara e os outros membros podiam finalmente respirar. O peso das batalhas estava sendo deixado para trás, e o silêncio que envolvia o local parecia um sinal de renova??o. Um novo ciclo come?ava, e a recupera??o era essencial.
Durante o mês que se seguiu, Leon e os Saqueadores passaram os dias se reabilitando, tanto fisicamente quanto mentalmente. Os treinos eram intensos, mas agora havia uma tranquilidade no ar. O casal, Leon e Barbara, encontrou um novo equilíbrio em sua vida. Depois de tantas perdas e lutas, o amor entre eles floresceu de uma forma mais profunda e inabalável. Juntos, n?o eram apenas guerreiros, mas também companheiros, com um amor que se transformou e amadureceu.
Leon e Barbara passaram a construir uma nova rotina. N?o era mais apenas sobre guerras e batalhas, mas sobre momentos de paz, de redescoberta do amor. Os filhos deles, Leandro e os outros, estavam crescendo e come?ando a entender melhor o mundo ao seu redor. Leon, por mais que fosse o líder dos Saqueadores, agora via sua família como a sua maior miss?o. Cada gesto de carinho entre ele e Barbara era um lembrete de que, no final, era isso que mais importava.
Durante esse período, a base foi se tornando um lugar mais forte e unido. Os Saqueadores, antes um grupo fragmentado e em constante luta, agora se viam mais coesos, unidos pela lideran?a de Leon e Barbara. A presen?a deles como casal servia de exemplo para todos. Rony, por exemplo, sentia-se mais confiante com o apoio de Leon e Barbara, tanto em rela??o aos seus filhos quanto ao seu papel no time. Ele, assim como os outros membros, estava come?ando a se reconstruir, tanto nas habilidades quanto nas rela??es pessoais.
Com o tempo, Leon e Barbara se tornaram os pilares n?o apenas para seus filhos, mas para toda a base. A uni?o entre eles inspirava for?a, coragem e, acima de tudo, resiliência. A batalha contra o Lorde das Mortes parecia distante, mas sua vitória tinha trazido consigo uma paz temporária, e agora era hora de aproveitar a tranquilidade conquistada.
Os momentos a dois entre Leon e Barbara eram frequentes e cheios de significado. Entre treinos e discuss?es sobre o futuro, eles se encontravam em espa?os mais privados, onde podiam falar sobre os sonhos, medos e esperan?as para o que estava por vir. O ambiente na base agora era mais leve, e até mesmo os outros membros, com a recupera??o de suas energias e for?as, pareciam mais próximos.
A base, agora renovada, funcionava como um símbolo de renascimento. O som das crian?as brincando ao fundo e os risos dos membros espalhados pelos corredores mostravam que uma nova era estava se iniciando. Leon e Barbara estavam prontos para o que viesse a seguir, n?o mais como guerreiros isolados, mas como um casal forte e unido, com uma família para proteger.
Foi nesse período que Leon, em um de seus momentos de descanso, olhou para Barbara com um sorriso suave no rosto. Ela, sempre atenta e carinhosa, retribuiu o olhar. Estavam mais fortes do que nunca. Os dias de luta contra os Lordes ficaram para trás, e agora a guerra era contra o tempo, contra as amea?as que poderiam surgir. Mas, mais importante do que qualquer batalha, era a certeza de que, juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa.
O amor entre Leon e Barbara agora era um reflexo de tudo o que tinham passado, da dor que enfrentaram e da supera??o que os uniu ainda mais. Eles passaram a olhar para o futuro com um novo foco: seus filhos, a base e o legado que estavam criando. Tudo o que haviam conquistado era apenas o come?o de um novo capítulo.
Com o tempo, a base dos Saqueadores se tornou um lugar de for?a, mas também de reconcilia??o e amor. Leon e Barbara eram os exemplos de como, mesmo nas piores adversidades, o amor e a família podiam ser os maiores impulsionadores para seguir em frente. E assim, com o equilíbrio restaurado e a paz momentanea, eles se preparavam para o que viria a seguir, sabendo que o maior desafio de todos era manter o que tinham conquistado. Após todos esses desafios e tempos passados juntos, Os Saqueadores decidem fazer um passeio em um parque em Toronto - Canadá, ent?o lá v?o eles.
No parque em Toronto, o sol brilhava intensamente no céu às 12:00. Leon e Barbara, caminhando de m?os dadas, aproveitavam um momento de paz depois de tanto tempo em batalhas. As risadas e conversas casuais preenchiam o ar enquanto eles desfrutavam do simples prazer de estar juntos, sem preocupa??es ou amea?as. O parque estava repleto de vida, com crian?as brincando e casais passeando como eles.
De repente, o ch?o come?ou a tremer suavemente. Leon olhou para Barbara, notando que algo estava errado. A terra se partiu com um estrondo, e do buraco que se formava, surgiu uma figura imponente e aterradora. A Morte. Ela se erguia diante deles, envolta em uma capa escura, com os olhos brilhando como estrelas na escurid?o. O ar ao redor parecia pesar, e o silêncio instantaneamente envolveu o parque.
Antes que Leon ou Barbara pudessem reagir, A Morte estendeu a m?o, e ambos foram lan?ados a cerca de 5 metros para trás com uma for?a brutal, caindo pesadamente no ch?o. Leon se levantou imediatamente, seu instinto de luta ativado, mas a presen?a da entidade era esmagadora. Barbara tentou se levantar, mas sua energia parecia drenada pela própria presen?a de A Morte.
Com um sorriso sombrio, A Morte falou, sua voz profunda e fria cortando o silêncio como uma lamina afiada:
"Me dê uma luta digna, e eu te darei a chance de trazer uma alma importante para você de volta à vida. Posso ser a Morte, mas também sou a Vida. O poder que você busca tem um pre?o, Leon."
Ela se aproximou, seus olhos brilhando como chamas no escuro, e a aura de morte que a envolvia parecia fazer o ar se tornar mais denso, mais difícil de respirar.
"Você tem uma chance, Leon. Se me der uma luta digna, você sairá vivo, e com isso, a proposta aceita. Se n?o, seu fim será selado."
Leon olhou para A Morte, o peso de suas palavras ecoando em sua mente. Ele sabia o que isso significava. A Morte n?o estava ali para conversar, ela estava ali para desafiar.
Leon trocou um olhar com Barbara, que, apesar da situa??o desesperadora, sorriu com confian?a. Ela sabia que Leon n?o fugiria de um desafio, principalmente quando o destino de alguém importante estava em jogo.
"Uma luta digna... huh?", Leon disse, sua voz firme. "Você vai ter uma luta, ent?o. Uma luta que você nunca vai esquecer."
O ar ao redor de Leon se aquecia, sua energia come?ava a se acumular à medida que ele se preparava para o confronto. A Morte se preparou também, seu semblante sério e implacável, pronta para testar até onde Leon iria para salvar alguém querido.
A Morte olhou profundamente nos olhos de Leon, sua presen?a amea?adora mais intensa do que nunca. Sua voz cortou o silêncio pesado do parque, carregada com um tom de desafio e expectativa.
"Aceita?" A palavra pairou no ar como um eco, ressoando no fundo da mente de Leon.
Leon ficou em silêncio por um momento, absorvendo as palavras de A Morte e o peso da situa??o. Ele sentia o peso da proposta em suas costas — o que ela oferecia era tentador, mas também perigoso. Uma alma importante para ele. Alguém que poderia retornar. Era a oportunidade de trazer Isabelle de volta, mas a condi??o era dura: ele precisava enfrentar a Morte em uma batalha, uma luta que definiria seu destino e o dela.
Ele olhou para Barbara, que, embora apreensiva, confiava nele. Seus olhos transmitiam a confian?a de que, independentemente do que acontecesse, Leon daria o seu melhor. Ele ent?o virou-se para A Morte, sem hesita??o. Sua respira??o se acentuou, e uma onda de determina??o percorreu seu corpo.
"Sim," Leon respondeu com firmeza, a palavra saindo de seus lábios como uma promessa. "Eu aceito."
A Morte sorriu, um sorriso sombrio, mas satisfeito. "Prepare-se, Leon. Você terá que dar tudo de si. Uma luta digna de mim."
Num instante, a aura de A Morte se intensificou. O céu ao redor de ambos parecia escurecer, e a terra tremia com sua presen?a. Um vento gelado surgiu de lugar nenhum, como se a própria morte estivesse tomando forma.
Leon se preparou, seus músculos tensos e seus sentidos agu?ados. Ele sabia que A Morte n?o era uma adversária qualquer. Ele poderia ser forte, rápido e resistente, mas ela era a personifica??o do fim. Ele n?o tinha ideia do que esperar, mas estava disposto a ir até o fim.
Com um movimento rápido, A Morte levantou a m?o, e uma onda de energia negra e gelada disparou em dire??o a Leon. Ele esquivou-se para o lado, sentindo a press?o da energia em seu peito, como se estivesse sendo puxado para o abismo. Mas ele n?o podia vacilar. Ele estava determinado a dar a luta que A Morte queria.
Leon usou sua velocidade para se aproximar rapidamente, desferindo um soco carregado de poder em dire??o à A Morte. Mas ela, com um movimento ágil, levantou uma m?o, bloqueando o golpe com facilidade. Ele sentiu o impacto, mas n?o foi o suficiente para detê-lo.
"A Morte n?o se rende, Leon," ela disse, sua voz soando como um sussurro gélido em sua mente. "Você terá que fazer muito mais do que isso."
Leon n?o recuou. Ele se concentrou, seu corpo vibrando com poder. Ele sabia que esta n?o seria uma batalha simples. A cada ataque que ele desferia, A Morte respondia com uma for?a avassaladora, desviando, contra-atacando e manipulando as sombras ao seu redor como uma extens?o de si mesma.
Os golpes de Leon estavam cada vez mais rápidos, mais fortes, enquanto ele tentava encontrar uma brecha, um ponto fraco. Mas A Morte era implacável, controlando as trevas e o tempo ao seu redor de uma maneira que deixava Leon at?nito. Ele come?ou a perceber que a luta seria uma maratona, n?o um sprint.
A cada troca de golpes, o impacto dos ataques reverberava pelo ambiente. Quando Leon socava A Morte, ela respondia com uma onda de escurid?o, fazendo com que ele fosse lan?ado para trás. Mas, com determina??o, ele se levantava novamente, sem dar um único passo para trás. Ele n?o podia falhar, n?o agora.
"Você me oferece muito mais do que uma simples luta, Morte," Leon grunhiu, se recuperando de um golpe que quase o derrubou. "Você me oferece o que eu mais quero. E por isso, vou lutar com tudo."
A batalha continuava a se intensificar, e o céu parecia se rasgar com a violência do confronto. As for?as de Leon e A Morte se colidiam, criando explos?es de luz e escurid?o por todo o parque, alterando a realidade ao redor deles. A luta estava apenas come?ando, e Leon sabia que ele teria que se superar ainda mais para garantir que essa oportunidade de trazer Isabelle de volta fosse sua.
A Morte sorriu ao ver a determina??o de Leon. Ele estava provando que era digno da proposta. Mas ela ainda n?o havia mostrado seu verdadeiro poder. E quando ela o fizesse, seria uma prova final de sua for?a.
Mas Leon n?o iria desistir. Ele estava disposto a lutar até o fim, com tudo que tinha. Ele sabia que essa luta n?o seria fácil, mas também sabia que, no final, ele sairia vitorioso.
O ar tremia. O céu, outrora azul e sereno, agora estava coberto por nuvens negras e densas que giravam em círculos acima do parque em Toronto. A grama queimava lentamente sob os pés de Leon e A Morte, criando um contraste cruel entre a vida e o fim dela.
Barbara observava de longe, com os olhos arregalados, o corpo de Leon emanando energia em espirais douradas e vermelhas. Era a mesma energia que ele havia usado contra o Lorde das Sombras — mas dessa vez, era mais concentrada, mais pura. Ele n?o lutava apenas por si. Lutava por uma promessa. Por Isabelle. Pela chance de restaurar o que foi perdido.
A Morte avan?ou primeiro, abrindo portais negros em sequência no ar. De cada um, saíam cópias dela — sombras espectrais que flutuavam como espectros antigos, prontos para dilacerar Leon com foices de osso e fuma?a.
Leon rugiu, e uma onda de energia explodiu dele, destruindo várias cópias no ato. Mas cada vez que destruía uma, duas voltavam. Ele girou no ar, socou uma criatura no abd?men, atravessou outra com um chute impulsionado por sua velocidade, mas ainda assim estava cercado.
A Morte original observava do alto, imóvel, avaliando.
— "Sua alma grita por reden??o, Leon. Mas será suficiente?"
Com um grito de fúria, ele disparou para cima dela. Suas m?os se envolveram em pura luz, como se canalizassem os próprios raios solares. Ele socou A Morte no rosto, uma explos?o de energia cortando o céu. A Morte recuou, o impacto sendo sentido por quil?metros.
Mas ela riu.
— "Interessante..."
Ela estendeu os bra?os, e o mundo ao redor pareceu congelar. O tempo desacelerou. As árvores pararam de balan?ar. Pássaros, paralisados no ar. Até o próprio Leon sentiu seus músculos se tornarem mais pesados, como se a existência estivesse sendo for?ada a parar.
Mas Leon ativou mais energia. Os dois núcleos já ativados pulsaram com fúria, e ele resistiu ao colapso temporal. Com esfor?o, avan?ou em camera lenta e acertou um soco no est?mago de A Morte, que rachou o espa?o atrás dela.
Ela sangrou.
— "Você... me feriu. N?o acontece há milênios."
Ela finalmente levou a sério.
O combate se tornou cósmico.
Ambos atravessaram dimens?es durante a batalha. A cada golpe trocado, surgiam fendas no espa?o. Em um momento, estavam lutando sob a Aurora Boreal, no Alasca. No outro, no meio do oceano, com ondas engolindo tudo. Em outro instante, flutuavam no espa?o, ao redor da Terra, em uma dan?a brutal de vida contra fim.
A Morte, com uma guinada cruel, cortou Leon no peito, o sangue se espalhando no vácuo silencioso. Mas Leon gritou e usou a for?a do impacto para girar e acertar uma joelhada na mandíbula dela, mandando-a contra a atmosfera terrestre.
Eles caíram, engolidos por chamas, como meteoros. O impacto na Terra formou uma cratera colossal — as placas tect?nicas tremeram.
Ambos levantaram. Leon ofegava, machucado, mas em pé. A Morte, pela primeira vez, parecia ofegante também.
— "Você continua de pé..." — disse ela, quase admirando. — "Você n?o tem medo de mim?"
— "Tenho." — Leon respondeu, cuspindo sangue. — "Mas mais do que medo de morrer... tenho medo de deixar quem eu amo preso na morte."
Ela sorriu.
— "Ent?o dance comigo até o fim."
E a batalha continuou.
Golpes com energia suficiente para destruir montanhas eram trocados. Leon ativou novas técnicas, canalizando os instintos mais profundos de sua alma. Uma nova forma come?ava a emergir — n?o um novo núcleo, mas um estado de foco absoluto, onde tudo desacelerava em sua mente, e ele via os movimentos da Morte em tempo real.
Ele come?ou a vencer.
Com uma sequência de socos que distorciam o espa?o, Leon empurrou A Morte contra o ch?o, e, com um grito poderoso, segurou o próprio destino nas m?os.
Mas a Morte contra-atacou com uma foice feita de almas perdidas. Ela cortou seu ombro, deixando um ferimento que brilhava em branco, como se estivesse queimando sua alma. Leon caiu de joelhos.
— "Você está no limite..." — ela sussurrou.
Ele sorriu.
— "Eu ainda... n?o mostrei tudo."
Com o que parecia ser seu último sopro de energia, Leon deu um passo à frente. Um... depois outro. Ele cambaleava, mas seus olhos brilhavam com algo maior que poder. Com propósito.
Ele socou A Morte no peito — o soco mais puro e carregado de sentimento que já deu na vida. O impacto atravessou a realidade. O ch?o se partiu. O universo estremeceu.
A Morte caiu de joelhos.
— "Você é digno." — ela disse, encarando-o com respeito. — "Finalmente... alguém me deu a luta que eu merecia."
Ela estendeu a m?o.
— "Nos veremos em breve... e... manterei minha palavra."
Leon caiu ao lado dela, exausto, enquanto a paisagem lentamente se reconstruía ao redor deles, e o céu voltava ao normal.
Cinco dias haviam se passado desde a batalha entre Leon e A Morte. A base dos Saqueadores estava mais calma, porém ainda marcada pelas cicatrizes daquela luta brutal. Leon permanecia em recupera??o, mas já caminhava normalmente pelos corredores, sempre acompanhado por Barbara e os filhos. O clima entre os Saqueadores era de alívio... e também de certa expectativa silenciosa.
Afinal, A Morte havia prometido algo.
E foi numa manh? tranquila, durante uma reuni?o informal no refeitório principal da base, que tudo mudou.
A porta se abriu.
No primeiro instante, ninguém reagiu — apenas mais uma entrada comum. Mas, quando os olhos da figura encontraram os de Leon, algo diferente tomou o ar. Uma energia familiar, nostálgica, quase fantasmagórica... mas cheia de vida.
Leon se virou, e seus olhos se arregalaram.
Barbara congelou, sem palavras.
Davi deixou a caneca cair no ch?o, que se espatifou em peda?os.
— “...n?o pode ser...” — murmurou Luna, com a voz embargada.
Era Isabelle. Viva.
Ela estava em pé, usando um casaco branco, o cabelo solto balan?ando com a brisa da ventila??o da base. Seus olhos brilhavam como antes, mas havia algo novo neles... uma paz. Uma serenidade. Ela sorria.
— “Oi... pessoal.” — disse ela, com a voz doce e firme. — “Acho que tenho que agradecer a alguém por estar aqui de novo.”
Ela olhou direto para Leon.
Ele ainda estava paralisado, os olhos marejados, sem saber se sorria ou corria até ela. Mas foi ela quem deu o passo. Caminhou até ele com calma, e sem nenhuma tens?o, apenas gratid?o, o abra?ou.
— “Obrigada.” — sussurrou. — “Você... realmente fez o impossível.”
Leon respirou fundo e respondeu com um sorriso: — “Você prometeu que sempre estaria aqui... só cumpri minha parte.”
Barbara se aproximou, e num gesto de maturidade e carinho, também abra?ou Isabelle. As duas se olharam e sorriram. O passado podia ter tido suas dores, mas o presente era um momento de paz.
Ent?o os Saqueadores se reuniram ao redor. Todos queriam falar. Contar. Compartilhar.
Luna come?ou:
— “Você perdeu muita coisa... tipo... MUITA.”
Davi riu.
— “Come?a pelo Leon. Ele finalmente criou coragem, assumiu a Barbara, e olha só... agora eles têm dois filhos!”
Isabelle arregalou os olhos, surpresa.
— “Dois?!”
— “Sim!” — respondeu Leon, rindo — “Leandro e Rony. E, bom... a gente casou também.”
Ela olhou para Barbara, depois para Leon, e seus olhos se encheram de lágrimas. Mas ela sorriu — um sorriso genuíno, cheio de emo??o, sem tristeza. Apenas amor.
— “Eu t? muito feliz por vocês... de verdade.”
Yuki completou:
— “A base cresceu. Os núcleos foram estudados melhor. E Leon virou tipo... o cara mais forte do grupo agora. Teve lutas insanas.”
— “E a última foi contra A Morte em pessoa.” — disse Theo, boquiaberto. — “Foi a luta mais absurda que já vimos.”
Isabelle riu, limpando uma lágrima.
— “Acho que eu tenho muita coisa pra recuperar, né?”
Leon colocou a m?o no ombro dela.
— “A gente tem tempo. Você voltou... e isso é o que importa.”
E pela primeira vez em muito tempo, os Saqueadores estavam completos de novo. Entre abra?os, risadas, histórias e reencontros, Isabelle se reintegrava ao grupo — como uma estrela que havia sumido, mas agora brilhava mais forte do que nunca.