O sol mal havia tocado o horizonte quando os sinos do Cl? Bai ecoaram pela vila. Era raro serem tocados, e quando eram, significava apenas uma coisa: o Despertar Espiritual dos Jovens.
Li Tian, de joelhos diante de um velho po?o, parou de esfregar o ch?o com a escova áspera. A água suja refletia seu rosto exausto, mas em seus olhos… havia algo novo. Algo que nem ele ainda compreendia.
— Vai tentar de novo, lixo? — disse uma voz familiar atrás dele.
Bai Ren, com seus cabelos presos por uma fita de jade e o rosto sempre curvado em um sorriso cruel, o observava de cima. Ao seu lado, três seguidores riam.
— Desta vez, talvez você consiga fazer o cristal espiritual… se mexer um pouquinho — zombou um deles.
Li Tian n?o respondeu. Levantou-se devagar, enxugando as m?os na túnica remendada.
— Eu vou participar. — Sua voz era baixa, mas firme como pedra.
As risadas cessaram.
— Você é só um servo, nem tem permiss?o — retrucou Bai Ren, agora com irrita??o real na voz. — N?o tem linhagem, n?o tem raiz espiritual. N?o tem nada.
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Li Tian o encarou, os olhos calmos como a água antes da tempestade.
— Eu n?o preciso da permiss?o de vocês. Se os céus ainda olham por este mundo… ent?o ver?o o que tenho.
“Muito bem…”
A voz de Yu Shen ressoou dentro dele. “é hora de testar a for?a da sua vontade.”
Mais tarde, diante do Sal?o Espiritual do cl?, jovens se alinhavam sob os olhos atentos dos anci?os. No centro, erguia-se uma pedra cristalina — o Monólito de Medi??o Espiritual. Dizia-se que aqueles com talento fariam o cristal brilhar em cores. Os sem talento… nada.
Um a um, os jovens colocavam a palma sobre a pedra. Vermelho, azul, verde, dourado… Cores vibrantes surgiam entre aplausos e suspiros.
Ent?o chegou a vez de Li Tian.
O sal?o ficou em silêncio. Até os anci?os franziram o cenho. Ele nem deveria estar ali.
— Está desperdi?ando nosso tempo — resmungou um.
Mas Li Tian avan?ou. Parou diante da pedra. E fechou os olhos.
“N?o se concentre na energia ao redor…”
“Vá mais fundo. Dentro de si. Onde a vontade arde.”
Ele estendeu a m?o.
Nada.
Por um instante, apenas silêncio e desprezo.
Mas ent?o… a pedra tremeu.
Uma rachadura surgiu em sua superfície. Uma linha negra, serpenteando como um trov?o abafado.
— O quê…? — exclamou um dos anci?os, levantando-se de súbito.
A luz n?o era vermelha, nem dourada. Era negra com reflexos púrpura, pulsando como um cora??o antigo. E o símbolo do pacto, oculto na palma de Li Tian, brilhou por um momento.
As pessoas recuaram, assustadas. Era uma energia desconhecida. Inclassificável.
Primordial.
— Isso n?o é… energia espiritual comum — murmurou o anci?o-chefe. — é…
— UMA ABERRA??O! — gritou Bai Ren, apontando. — Ele está usando magia demoníaca! Deveria ser expulso imediatamente!
Li Tian recuou, o peito arfando. N?o de medo, mas de exaust?o.
“Eles n?o entender?o. N?o ainda.”
Yu Shen sussurrou. “Mas deixe que temam. O medo é o primeiro passo para o respeito.”
Li Tian apertou os punhos.
— Eu n?o vou recuar.
Naquela noite, os anci?os discutiam às pressas. O nome de Li Tian come?ou a circular em sussurros, acompanhado de medo e curiosidade.
E ele, em silêncio, sentava-se na colina de sempre, fitando as estrelas.
Agora, ele sabia: o destino n?o seria mais imposto a ele.
Ele o escreveria. Letra por letra.
Com a lamina de um deus.